sábado, 2 de agosto de 2025

São Pedro Fabro

*SANTO DO DIA*

*SÃO PEDRO FABRO, SACERDOTE*
Pedro Fabro nasceu num pequeno vilarejo em Sabóia (França) em 13 de abril de 1506. Filho de pastores de ovelhas, Fabro foi também pastor desde a infância. Criado numa família muito cristã, teve desde cedo grande interesse de aprender, como ele mesmo revelou em seus escritos autobiográficos: “por volta de dez anos, senti o desejo de estudar. Mas era pastor e para tal destinado ao mundo por meus pais. Assim, não podia sossegar e chorava pelo anseio de escola”. Aprendeu as primeiras letras numa escola modesta próxima à sua casa. Seu mestre, um fervoroso cristão, após iniciar em Pedro o gosto pelas letras, notou a grande inteligência do menino. Passada a formação inicial, o mestre reuniu dinheiro para uma bolsa de estudos para o garoto. Assim, Pedro Fabro pôde ir a Paris continuar os estudos. Ficou dez anos em Paris e, no ambiente universitário, conheceu seus futuros companheiros de missão: Francisco Xavier e, depois, Inácio de Loyola: “Neste ano [de 1529] veio Inácio para entrar no mesmo colégio de Santa Bárbara e em nosso mesmo cubículo (…). Bendita seja para sempre a divina Providência que ordenou tudo isso para o meu bem e minha salvação.”. Pedro fez logo amizade com Inácio, que tocou seu coração e foi o grande responsável pela sua conversão. É o próprio Pedro quem revela os pormenores desse encontro: “No princípio eu o ensinava, ou, pelo menos tinha a intenção, mas havia sempre uma particularidade: nossas aulas de repetição terminavam com conversas espirituais, onde meu coração ardia como os dos discípulos de Emaús (Lc 23,13-35). E quando descobri que Inácio era um mestre de espírito, comecei a abrir-lhe minha consciência escrupulosa.”. Depois de um intenso período de reflexão e oração, Inácio propôs a Fabro seus Exercícios Espirituais e Pedro tornou-se, após a experiência, o primeiro companheiro do futuro santo fundador da ordem dos jesuítas. Em 1534, Pedro Fabro foi ordenado sacerdote, o primeiro dentre os sete companheiros iniciais da Ordem. Sua missão foi a de propagar a Fé através de um intenso serviço apostólico itinerante: Itália, Alemanha, Espanha, novamente Alemanha, Bélgica, Portugal… Inicialmente em Parma, Pedro Fabro alojou-se no hospital, recusando hospedagem no palácio do cardeal. Dessa forma, vivia de esmolas. Pedro se colocava a disposição de todos, dia e noite, para ensinar e confessar. Dirigiu os Exercícios aos sacerdotes e promoveu uma grande mudança na vida religiosa em Parma. Diziam que “era como se todo domingo fosse domingo de Páscoa”, tamanha renovação religiosa. No entanto, foi chamado a Roma para nova destinação. Em Roma, recebeu a missão de integrar a comissão do Dr. Pedro Ortiz, importante eclesiástico, conselheiro de Carlos V. Ortiz foi quem, em 1529, denunciou Inácio de Loyola à Inquisição por suspeita de heresia. No entanto, após fazer os Exercícios Espirituais sob a direção de Loyola em 1538, mudou completamente de opinião sobre a Companhia, tornando-se grande entusiasta e benfeitor da Ordem. Partiram para a Alemanha em 1540. Ali, Pedro notou que as pessoas se rebelavam contra a Igreja romana não por discordarem das Escrituras, mas pela má conduta dos eclesiásticos. Diante disso, passou a dirigir os Exercícios a teólogos, prelados e a toda a corte. Em julho de 1541, a comitiva de Ortiz partiu para a Espanha. Fabro teve uma estada curta em território espanhol, pois logo foi mandado de volta às terras germânicas, onde o avanço do protestantismo era grande. Fabro era considerado indispensável na defesa da Fé Católica diante deste cenário. Obedecendo às ordens dos superiores, Fabro retornou à Alemanha e retomou seu apostolado, principalmente junto ao clero local. O trabalho era enorme, mas, mesmo com pouco pessoal, precisava atender aos chamados dos superiores. O então Superior Geral da Companhia de Jesus recebeu um pedido de D. João III, grande benfeitor da Ordem dos jesuítas, por pessoal qualificado em sua corte. Loyola decidiu enviar Fabro. Depois de um ano em Portugal, Fabro partiu para o trabalho apostólico na Espanha. Durante sua atividade como jesuíta, Pedro Fabro percorreu toda a Europa ocidental à pé ou em lombo de mula. Foram anos de grande entrega e árduo trabalho. Já com a saúde debilitada, Fabro recebeu nova ordem: a de regressar a Roma para assistir, como teólogo, ao Concílio de Trento ao lado dos companheiros Lainez e Salmerón. Apesar da dificuldade da viagem, Fabro conseguiu chegar a Roma no dia 17 de julho de 1546. As dificuldades e as expectativas com essa viagem, que viria a ser a última de Pedro Fabro, foram descritas por ele mesmo em uma carta datada de 31 de julho, destinada ao seu amigo e companheiro de missão nas terras ibéricas, António Araoz. É por meio desta carta que percebemos que, apesar de prostrado pela febre, Fabro acreditava que logo se recuperaria: “Há uns dias, Antônio, escrevi a Mestre Lainez, Mestre Salmerón e Mestre Jayo, que já estão no Concílio, que me juntaria a eles dentro de mais uns dias, quando me recupere. Pois, como em outras ocasiões, já passará. Estou certo que estas febres passarão…”. No entanto, as febres não passaram. No mesmo dia 31, Fabro pediu um confessor. Morreu no dia seguinte, prostrado pela febre e, em seu leito, encontraram a referida carta. Tinha exatos 40 anos. De caráter amável e suave, Fabro foi responsável por um grande número de vocações nestes anos iniciais da Companhia de Jesus. Sua palavra era persuasiva e tinha grande poder de conversão. Quando interpelado por um jovem jesuíta sobre como conseguia converter tantas pessoas, mesmo os mais céticos, ele respondeu: “Quando vós encontrares pessoas, mesmo soldados, estejais persuadido de que eles são melhores do que vós. Então, vós os conquistareis para Cristo”. Mesmo diante do protestantismo crescente, Fabro propunha um diálogo amistoso e conciliador: “Creio que, daqui para frente, as relações com os luteranos devam fazer-se numa conversação fresca e serena e que comecemos a buscar as coisas em que coincidimos, de modo a ganhar-lhes bom ânimo de reformar suas vidas e ser seguidores de Nosso Senhor,com mais ardor apostólico e zelo das almas”. Pedro Fabro foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1872 e canonizado pelo Papa Francisco em 2013. Ao canonizar São Pedro Fabro, o Papa Francisco ressaltou o caráter piedoso, simples e bondoso do santo jesuíta e seu “atento discernimento interior”. “Fabro era um «homem modesto, sensível, de profunda vida interior e dotado do dom de estabelecer relações de amizade com pessoas de todas as categorias» (Bento XVI, Discurso aos jesuítas, 22 de Abril de 2006). Contudo, era também um espírito inquieto, hesitante, nunca satisfeito. Sob a guia de Santo Inácio, aprendeu a unir a sua sensibilidade irrequieta mas também dócil, diria requintada, com a capacidade de tomar decisões. Era um homem de grandes desejos: assumiu os seus desejos, reconheceu-os. Aliás, para Fabro, é precisamente quando se apresentam situações difíceis que se manifesta o verdadeiro espírito que move a ação (cf. Memorial, 301). Uma fé autêntica exige sempre um desejo profundo de mudar o mundo. Eis a pergunta que nos devemos fazer: temos também nós grandes visões e estímulos? Somos também nós audazes? O nosso sonho voa alto? O zelo devora-nos (cf. Sl 69, 10)? Ou somos medíocres e satisfazemo-nos com as nossas programações apostólicas de laboratório? Recordemo-nos sempre disto: a força da Igreja não habita em si mesma nem na sua capacidade organizativa, mas esconde-se nas águas profundas de Deus. E estas águas agitam os nossos desejos e os desejos alargam o coração. É o que diz Santo Agostinho: rezar para desejar e desejar para alargar o coração. Precisamente nos desejos Fabro podia discernir a voz de Deus. Sem desejos nada se conclui e é por isto que se devem oferecer ao Senhor os próprios desejos. Nas Constituições diz-se que «se ajuda o próximo com os desejos apresentados a Deus nosso Senhor» (Constituições, 638). Fabro sentia o desejo verdadeiro e profundo de «ser dilatado por Deus»: estava completamente centrado em Deus, e por isto podia ir, em espírito de obediência, muitas vezes também a pé, por todas as partes da Europa, para dialogar com todos com doçura e anunciar o Evangelho. Mas pode-se pensar na tentação, que talvez nós possamos ter e que tantos sentem, de relacionar o anúncio do Evangelho com golpes inquisitórios, de condenação. Não, o Evangelho anuncia-se com doçura, com fraternidade, com amor. A sua familiaridade com Deus levava-o a compreender que a experiência interior e a vida apostólica caminham sempre juntas. Escreve no seu Memorial que o primeiro movimento do coração deve ser o de «desejar o que é essencial e originário, ou seja, que o primeiro lugar seja deixado à solicitude perfeita de encontrar Deus nosso Senhor» (Memorial, 63). Fabro sente o desejo de «deixar que Cristo ocupe o centro do coração» (Memorial, 68). Só estando centrados em Deus é possível orientar-se rumo às periferias do mundo! E Fabro viajou ininterruptamente também nas fronteiras geográficas a ponto que dele se dizia: «parece que nasceu para não se deter em parte alguma» (MI, Epistolae I, 362). Fabro sentia-se arder pelo desejo intenso de comunicar o Senhor. Se nós não tivermos o seu mesmo desejo, então precisamos de nos deter em oração e, com fervor silencioso, pedir ao Senhor, por intercessão do nosso irmão Pedro, que nos fascine de novo: aquele fascínio do Senhor que levava Pedro a todas estas «loucuras» apostólicas.
[…] Como escrevia São Pedro Fabro, «nunca procuremos nesta vida um nome que não se reate ao de Jesus» (Memorial, 205). E peçamos a Nossa Senhora para podermos estar com o seu Filho.
*SÃO PEDRO FABRO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, CATÓLICO ORANTE, CIC, DEHONIANOS, FRANCISCANO, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*02/08/2025 - SÁBADO DA 17ª. SEMANA DO TEMPO COMUM*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Mt 14,1-12)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus*
*1  Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes.  2  Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”.  3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.  4  Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”.  5  Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta.  6  Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou tanto a Herodes,  7  que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8  Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”.  9  O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10  E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere.  11 Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe.  12  Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Santo Afonso Maria de Ligorio

*SANTO DO DIA*

*SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, BISPO, DOUTOR DA IGREJA E FUNDADOR*
Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, escritor, poeta, musicista, Doutor da Igreja, foi fundador de uma das mais ativas e numerosas congregações religiosas: os Padres Redentoristas. Nasceu perto de Nápoles, Itália, em 1696, filho de uma das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Do pai herdara uma vontade férrea, inteligência viva e perspicaz, enquanto que a mãe plasmou seu coração para a fé a bondade. Ainda pequeno, recebeu do Santo São Francisco de Jerônimo, da Companhia de Jesus, a seguinte profecia: “Esta criança, não morrerá antes dos 90 anos; será bispo e realizará maravilhas na Igreja de Deus”. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico. Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão. Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem-sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida. Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: “Deus me enviou para evangelizar os pobres”. Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas. Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: “Teologia moral”; “Glórias de Maria”, “Visitas ao SS. Sacramento”; além do “Tratado sobre a oração”. Foi historiador, apologeta, pregador, poeta e exímio musicista. A devoção popular muito deve às suas canções por ele escritas e musicadas. Até hoje no tempo de Natal, é comum escutar o seu “Tu Scendi dalle Stelle” – Tu desces das estrelas. Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950. A Igreja deu-lhe o título de Doutor zelosíssimo.
*SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, CATÓLICO ORANTE, CIC, DEHONIANOS, FRANCISCANO, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*01/08/2025 - SEXTA-FEIRA DA 17ª. SEMANA DO TEMPO COMUM*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Mt 13,54-58)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus*
*Naquele tempo,  54  dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?  55  Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?  56  E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?”  57  E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!”  58 E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus - 31 de julho

 

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

Origens

Iñigo Lopez de Loyola, nasceu em 1491, na Espanha, em uma família nobre, rica e 

cristã. Ele era o mais novo de treze filhos e cresceu voltado para os luxos da corte.

Cavaleiro do rei

Iñigo optou pela carreira militar e era um exímio cavaleiro: desde muito cedo se 

empenhava ao defender o que acreditava e não se importava nem de perder a própria

 vida dessa forma.

Batalha final

Em uma luta para defender Pamplona, o santo de Loyola foi ferido por uma bala de 

canhão que lhe fez ficar em convalescença para se recuperar.

Por que não eu?

Essa era a pergunta que Inácio se fez quando, no tempo em que estava repousando e 

não tendo livros de seu gosto para passar o tempo, ele se deparou com os livros que 

lhe deram, os quais narravam a vida de santos que deram tudo de si pela causa que

 acreditavam: o Reino de Cristo.

Cavaleiro do Rei dos Reis

A partir disso, viveu para defender o Reino. E trocou as coisas dessa terra pelas do 

Alto. Curado, foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua

 espada no altar e deu as costas ao mundo da corte.

Peregrino de Cristo

Santo Inácio foi um grande peregrino nessa terra. Viveu a mendicância e grandes

 batalhas espirituais, mas vivia a santa indiferença: “da nossa parte, não queiramos 

mais saúde que enfermidade, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa

 que vida breve e, assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo somente

 aquilo que mais nos conduz ao fim para o qual somos criados”.

Fundador

Em Paris, em 1534, junto à Francisco Xavier e outros companheiros, fundou a 

Companhia de Jesus. Alguns membros foram enviados para evangelizar o Brasil. Ele

 preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo para espalhar o cristianismo.

Páscoa

Morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. Foi canonizado em 1622.

Padroeiro dos Retiros Espirituais

A sua incessante busca interior e as suas revelações o fizeram escrever os Exercícios 

Espirituais e ser considerado o santo do discernimento dos espíritos. Foi declarado 

Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo Papa Pio XI em 1922.

A minha oração

“Meu querido Santo Inácio, ensinai-me a viver nesta terra como peregrina: entendendo

 que aqui tudo passa e que o que vale é a conquista do Reino dos Céus! Amém.”

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 13,47-53

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

13,47-53

Naquele tempo, disse Jesus à multidão:

"O Reino dos Céus é ainda
como uma rede lançada ao mar
e que apanha peixes de todo tipo.

Quando está cheia,

os pescadores puxam a rede para a praia,
sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos
e jogam fora os que não prestam.

Assim acontecerá no fim dos tempos:
os anjos virão para separar
os homens maus dos que são justos,

e lançarão os maus na fornalha de fogo.
E aí, haverá choro e ranger de dentes.

Compreendestes tudo isso?"
Eles responderam: 

"Sim".

Então Jesus acrescentou:
"Assim, pois, todo mestre da Lei,
que se torna discípulo do Reino dos Céus,
é como um pai de família
que tira do seu tesouro coisas novas e velhas".

Quando Jesus terminou de contar essas parábolas,
partiu dali.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

São Pedro Crisólogo, famoso pregador do Evangelho - 30 de julho

 

São Pedro Crisólogo, famoso pregador do Evangelho

Nome e identidade 

Pedro Crisólogo, Pedro “das palavras de ouro”, pois é exatamente esse o significado

 do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para

 sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma,

 no ano de 380. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. 

Conselheiro e pregador

Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, 

frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu 

conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de

 Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente 

e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano,

 Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. 

Bispado e obras

Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese,

 sendo consagrado pessoalmente pelo Papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no

 total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias

 foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando

 incontáveis conversões. Também defendeu a autoridade do Papa, então, Leão I, o 

Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa 

heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios

 de Éfeso e Calcedônia.

Morte e veneração

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores 

dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho

 de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões,

 ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 

pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de 

contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de 

pastor para a Igreja.

A minha oração

“Ó glorioso santo, pregador e pastor das ovelhas, intercedei por todo o clero dando a

 todos a graça da comunicação do Evangelho, segundo a vontade divina. E ajuda-nos 

a imitar-te no pastoreio daqueles que nos foram confiados.”

São Pedro Crisólogo, rogai por nós!