São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão
Origem e curiosidades
São Paulo Míki foi o primeiro mártir e o primeiro religioso de origem japonesa.
Segundo a tradição, ele recebeu a religião por conta da sua família que recebera a
evangelização de São Francisco Xavier, por isso, tornou-se Jesuíta. Mesmo com o
desejo de ser sacerdote, não conseguiu ordenar-se por falta de um bispo local. Porém,
realizou um grande trabalho de evangelização e diálogo com os budistas, percorrendo
todo o país.
O Martírio
Em 1596, Shogun Hideyoshi, um militar samurai, iniciou uma série de perseguições
contra os cristãos por conta das divergências de ordens missionárias e o
comportamento de alguns cristãos estrangeiros. São Paulo Míki acabou sendo preso
juntamente com 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2
meninos muito jovens. Em 5 de fevereiro de 1597, no monte Tateyama de Nagasaki,
foram pregados e mortos na cruz, 26 pessoas. Mesmo nos últimos momentos, Paulo
anunciou o reino e a conversão, perdoou seus algozes e imitou o Cristo.
Nomes dos Mártires
Religiosos da Companhia de Jesus: João de Goto Soan, Tiago Kisai e outro
desconhecido;
Presbíteros da Ordem dos Frades Menores: Pedro Baptista Blásquez, Martinho da
Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia,
Francisco de São Miguel de la Parilla;
Leigos catequistas: Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki,
Tomé Dangi, Paulo Suzuki;
Neófitos (cristãos recém-convertidos): Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé,
seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim
Sakakibara, Francisco Adaucto.
São Paulo Míki e companheiros mártires são padroeiros do
Japão, juntamente com São Francisco Xavier
Canonização e frutos
Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 8 de Junho de 1627, pelo
Papa Pio IX. Naqueles anos de canonização, foi narrado o martírio em um livro que
inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro grande
apóstolo da “África”.
Pronunciamento de Bento XVI
O Papa Bento XVI, quando era cardeal, em uma homilia dedicada aos mártires disse:
“Os relatos sobre o martírio dos primeiros cristãos japoneses assemelham-se de
maneira surpreendente ao que sabemos sobre as testemunhas da fé da Igreja
primitiva. Não havia neles a menor sombra de fanatismo. Também não percebemos o
menor indício de ódio, nem de desespero, nem qualquer dúvida sobre se não teriam
apostado num falso Deus, mas apenas uma enorme certeza e uma serena alegria”
(6 de fevereiro de 1991).
Museu em Nagasaki e Catedral
Atualmente, existe um museu dedicado aos mártires na cidade de Nagasaki.
Juntamente com uma escultura, em bronze, está também o livro de Luís Fróis sobre o
relato do martírio dos 26 cristãos, de fevereiro de 1597. Além desse acontecimento, o
museu também traz as cartas de São Francisco Xavier e outros artefatos históricos.
Há na região a catedral de Õura dedicada aos mártires e patrimônio do Tesouro
Nacional do Japão, uma das igrejas mais antigas do país.
Orações a São Paulo Míki e companheiros mártires
Oração do dia
Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo
Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão,
perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Minha oração
Reze você também: “Aos mártires, peço a graça de ser um verdadeiro anunciador do
Evangelho, mesmo que essa missão custe tormentas. Ajuda-me a crescer na certeza
da recompensa celeste, por Cristo nosso Senhor. Amém!”
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