quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão - 06 de fevereiro

 

São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão

Origem e curiosidades
São Paulo Míki foi o primeiro mártir e o primeiro religioso de origem japonesa.

 Segundo a tradição, ele recebeu a religião por conta da sua família que recebera a 

evangelização de São Francisco Xavier, por isso, tornou-se Jesuíta. Mesmo com o 

desejo de ser sacerdote, não conseguiu ordenar-se por falta de um bispo local. Porém,

 realizou um grande trabalho de evangelização e diálogo com os budistas, percorrendo

 todo o país. 

O Martírio
Em 1596, Shogun Hideyoshi, um militar samurai, iniciou uma série de perseguições

 contra os cristãos por conta das divergências de ordens missionárias e o

 comportamento de alguns cristãos estrangeiros. São Paulo Míki acabou sendo preso

 juntamente com 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2 

meninos muito jovens. Em 5 de fevereiro de 1597, no monte Tateyama de Nagasaki,

 foram pregados e mortos na cruz, 26 pessoas. Mesmo nos últimos momentos, Paulo 

anunciou o reino e a conversão, perdoou seus algozes e imitou o Cristo. 

Nomes dos Mártires
Religiosos da Companhia de Jesus: João de Goto Soan, Tiago Kisai e outro

desconhecido;
Presbíteros da Ordem dos Frades Menores: Pedro Baptista Blásquez, Martinho da 

Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia, 

Francisco de São Miguel de la Parilla;
Leigos catequistas: Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki, 

Tomé Dangi, Paulo Suzuki;
Neófitos (cristãos recém-convertidos): Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé,

 seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim 

Sakakibara, Francisco Adaucto.

São Paulo Míki e companheiros mártires são padroeiros do 

Japão, juntamente com São Francisco Xavier

Canonização e frutos
Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 8 de Junho de 1627, pelo 

Papa Pio IX. Naqueles anos de canonização, foi narrado o martírio em um livro que 

inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro grande

 apóstolo da “África”. 

Pronunciamento de Bento XVI
O Papa Bento XVI, quando era cardeal, em uma homilia dedicada aos mártires disse: 

“Os relatos sobre o martírio dos primeiros cristãos japoneses assemelham-se de 

maneira surpreendente ao que sabemos sobre as testemunhas da fé da Igreja

 primitiva. Não havia neles a menor sombra de fanatismo. Também não percebemos o

 menor indício de ódio, nem de desespero, nem qualquer dúvida sobre se não teriam

 apostado num falso Deus, mas apenas uma enorme certeza e uma serena alegria”

 (6 de fevereiro de 1991).

Museu em Nagasaki e Catedral
Atualmente, existe um museu dedicado aos mártires na cidade de Nagasaki. 

Juntamente com uma escultura, em bronze, está também o livro de Luís Fróis sobre o

 relato do martírio dos 26 cristãos, de fevereiro de 1597. Além desse acontecimento, o

 museu também traz as cartas de São Francisco Xavier e outros artefatos históricos. 

Há na região a catedral de Õura dedicada aos mártires e patrimônio do Tesouro

 Nacional do Japão, uma das igrejas mais antigas do país. 

Orações a São Paulo Míki e companheiros mártires

Oração do dia
Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo 

Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, 

perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso 

Filho, na unidade do Espírito Santo.

Minha oração
Reze você também: “Aos mártires, peço a graça de ser um verdadeiro anunciador do 

Evangelho, mesmo que essa missão custe tormentas. Ajuda-me a crescer na certeza 

da recompensa celeste, por Cristo nosso Senhor. Amém!”  

São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!

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