sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério - 1'7 de janeiro

 

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério

Origens
Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20

 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas 

o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. 

Abdicou dos Bens
Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar 

daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade.

 Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou 

para uma vida religiosa.

Eremita
Enfim, Santo Antão foi, passo a passo, buscando a vontade do Senhor. Antão

 deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida: “Não vou preocupeis, pois, com 

o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia

 basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as

 coisas para viver como eremita. 

Santo Antão: aprendeu o que precisava para ser santo e 

atendeu seu chamado

Estudou
Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele

 foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi

 crescendo na santidade e na fama também.

Viveu em um Cemitério
Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as

 pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de 

crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram

 serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação

 humana vê coisas onde não há. 

Os Muros
Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na

 meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, 

pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo 

viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. 

Santo Antão vivia a verdadeira alegria e sorria para o mundo

Santidade
Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus

 passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o 

interessante é que, quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar

 vários monges e perguntavam: “Onde está Antão?”. E lhes respondiam: “Ande por aí 

e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão”.

Combateu o Arianismo
Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações

 que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no

 combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não 

acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a 

Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na

 verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de

 castidade, de obediência e pobreza.

Páscoa
Santo Antão faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do 

que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa

 que só Cristo podia lhe dar. 

Minha oração

“ Ó pai da vida monástica, pai dos eremitas, formai almas que tenham a mesma

 generosidade de se dedicar inteiramente a Deus na oração e na penitência. Sustentai

 aqueles que já vivem assim e tornai-os grandes testemunhas nesse mundo perecível.

 Amém”

Santo Antão, rogai por nós!

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