Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério
Origens
Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20
anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas
o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã.
Abdicou dos Bens
Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar
daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade.
Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou
para uma vida religiosa.
Eremita
Enfim, Santo Antão foi, passo a passo, buscando a vontade do Senhor. Antão
deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida: “Não vou preocupeis, pois, com
o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia
basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as
coisas para viver como eremita.
Santo Antão: aprendeu o que precisava para ser santo e
atendeu seu chamado
Estudou
Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele
foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi
crescendo na santidade e na fama também.
Viveu em um Cemitério
Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as
pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de
crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram
serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação
humana vê coisas onde não há.
Os Muros
Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na
meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida,
pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo
viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges.
Santo Antão vivia a verdadeira alegria e sorria para o mundo
Santidade
Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus
passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o
interessante é que, quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar
vários monges e perguntavam: “Onde está Antão?”. E lhes respondiam: “Ande por aí
e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão”.
Combateu o Arianismo
Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações
que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no
combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não
acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a
Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na
verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de
castidade, de obediência e pobreza.
Páscoa
Santo Antão faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do
que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa
que só Cristo podia lhe dar.
Minha oração
“ Ó pai da vida monástica, pai dos eremitas, formai almas que tenham a mesma
generosidade de se dedicar inteiramente a Deus na oração e na penitência. Sustentai
aqueles que já vivem assim e tornai-os grandes testemunhas nesse mundo perecível.
Amém”
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