segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis

 

Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis

No dia 6 de janeiro, a Igreja celebra o dia de Santos Reis, também conhecida como 

celebração da Epifania do Senhor. Nessa festa, celebramos a visita dos Magos 

provenientes do Oriente, que viajaram muito para prestar homenagens e adorar o

 Menino Jesus recém-nascido. Ofereceram presentes cheios de significados ao

menino Deus: ouro, incenso e mirra. Este fato é narrado pelo evangelista Mateus, no 

Capítulo 2, versículos 1-12. Trata-se de uma história impressionante, com vários

 símbolos importantes para a nossa vida.

Eram reis?

São Mateus chama-os apenas de “Magos”. Porém, essa palavra tinha vários

 significados. Designava a origem geográfica de pessoas da Pérsia. Por isso 

deduzimos que os magos eram daquele país. Designava também pessoas da realeza.

 Por isso acredita-se que eles eram reis. Por fim, “mago” significava também o que 

chamaríamos hoje de “cientistas”, pois eles conheciam profundamente a matemática, 

a medicina, a astronomia – tanto que detectaram o aparecimento de uma nova 

estrela – a química e outras ciências já conhecidas na época. Tudo isso concorda 

com a tradição científica dos persas.

Seguindo uma estrela

O aparecimento de uma nova estrela no céu mudou a vida daqueles homens. O

conhecimento científico permitiu que eles descobrissem o novo astro. Daí se deduz 

que eles eram conhecedores dos mapas celestes e bons viajantes. Naquele tempo, 

os viajantes do deserto viajavam à noite e guiavam-se pela posição das estrelas.

 Por isso, eles detectaram o aparecimento da nova estrela. Porém, não apenas 

detectaram. Eles conheciam as profecias messiânicas e compreenderam que tal 

estrela anunciava o nascimento do Rei dos reis, o soberano das nações, o Salvador.

 Por isso se uniram para preparar e empreender uma viagem em busca do Rei 

Salvador.

Surpresa em Israel

Seguindo a estrela, aqueles sábios viajantes chegaram a Israel. Como procuravam

 por um rei, soberano das nações recém-nascido, dirigiram-se à capital Jerusalém, 

pensando que o menino Deus seria descendente do então rei de Israel. A chegada 

desses homens na capital foi motivo de alarde e espanto, segundo o relato de São

 Mateus, pois o povo não sabia do nascimento do Messias, embora desejasse

 ardentemente este acontecimento. Mateus diz que Jerusalém entrou em polvorosa 

com a chegada dos magos.

O encontro com Herodes

Tal foi a importância da visita dos magos a Jerusalém, que foram recebidos pelo rei 

Herodes. Este, provavelmente, recebeu-os como chefes de Estado, com todas as 

honras. Ao saber, porém, o real motivo da visita, Herodes sente-se ameaçado. O Rei 

Salvador recém-nascido poderia roubar seu trono, pensou. Por isso, fingindo interesse, 

procurou saber sobre as profecias ouvindo os escribas e enviou os magos a Belém. 

E disse a eles que, depois de encontrarem o menino, voltassem para indicar o local 

onde ele estava, para que também Herodes pudesse ir adorá-lo. Herodes, na verdade, sanguinário que era, queria matar o menino. Herodes, com efeito, já tinha cometido vários assassinatos, 

inclusive de dois filhos seus, por causa de seu medo de perder o poder. Embora tenha

 construído grandes obras em Jerusalém, Herodes, que não era judeu, mas sim

 nabateu e odiado pelos judeus, era um homem doente pelo poder, capaz de qualquer

 coisa para se manter na realeza.

O encontro com o Menino Jesus

São Mateus diz que, tão logo os magos saíram de Jerusalém, avistaram novamente a

 estrela e encheram-se de alegria. Seguiram-na, e ela os levou ao local onde Jesus 

estava. Chegando, depararam-se com a maior das surpresas: o Rei, soberano das 

nações, o Filho de Deus, nascera numa família pobre, simples. Não nasceu em berço 

de ouro, mas numa manjedoura! Sua mãe, uma jovem simples e seu pai, adotivo, um 

carpinteiro. Mesmo assim, os reis reconheceram naquele menino o soberano das

 nações, o Príncipe da Paz, e ofereceram presentes a ele.

Presentes com significados profundos

Os magos, reconhecendo naquele Menino o Rei dos reis, ofereceram-lhe presentes. 

Por causa do número desses presentes, deduz-se que os magos eram três. Eles

 ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza daquele menino. O 

incenso simboliza sua divindade e a mirra simboliza sua humanidade e o sofrimento avés do qual ele salvaria a humanidade. Depois de entregar os presentes, os magos adoraram o Menino Deus.

Fugindo de Herodes

Depois da visita, os magos foram avisados em sonhos para não voltarem a Herodes. 

conhecendo nisso uma mensagem divina, eles obedeceram e voltaram por outro 

caminho. Ao descobrir que tinha sido enganado, Herodes, furioso, manda matar todos 

os meninos com menos de dois anos nascidos em Belém. Ele queria ter a certeza de

 que o Messias, visto por ele como rival, fosse morto.

Fuga para o Egito

José foi avisado também em sonho e partiu para o Egito, fugindo com a Sagrada 

Família da ira de Herodes. Assim, os meninos de Belém com menos de dois anos 

deram suas vidas para que Jesus sobrevivesse. Eles passaram a ser conhecidos 

como Santos Inocentes, o que, de fato, são.

A Sagrada Família permaneceu no Egito até a morte de Herodes. Então, voltaram 

para Israel e foram viver em Nazaré, longe da capital Jerusalém.

Veneração

A tradição cristã conservou a veneração aos três os reis magos. Segundo a tradição,

 confirmada por São Beda, seus nomes eram Melquior, Gaspar e Baltazar. Até 474, os 

cristãos guardavam seus restos mortais em Constantinopla. Depois, foram levados 

para a grande catedral de Milão, Itália. Mais tarde, em 1164, foram trasladados para a 

bela cidade de Colônia, Alemanha. Lá, foi construída a esplendorosa Catedral dos

 Reis Magos, que guarda os restos mortais dos três reis santos até os dias de hoje.

Minha Oração

“Ó amabilíssimos Santos Reis, Baltazar, Melquior e Gaspar! Fostes vós avisados pelos

 Anjos do Senhor sobre a vinda ao mundo de Jesus, o Salvador, e guiados até o

 presépio de Belém de Judá, pela Divina Estrela do Céu. Ó amáveis Santos Reis,

 fostes vós os primeiros a terem a ventura de adorar, amar e beijar a Jesus Menino, 

e oferecer-lhe a vossa devoção e fé, incenso, ouro e mirra. Queremos, em nossa

 fraqueza, imitar-vos, seguindo a Estrela da Verdade. E descobrindo o Menino Jesus 

para adorá-lo. Não podemos oferecer-lhe ouro, incenso e mirra, como fizestes. Mas 

queremos oferecer-lhe o nosso coração contrito e cheio de fé católica. Queremos 

oferecer-lhe a nossa vida, buscando vivermos unidos à sua Igreja. Esperamos

 alcançar de vós a intercessão para receber de Deus a graça de que tanto 

necessitamos. (Em silêncio fazer o pedido). Esperamos, igualmente, alcançarmos a 

graça de sermos verdadeiros cristãos. Ó bondosos Santos Reis, ajudai-nos, 

amparai-nos, protegei-nos e iluminai-nos! Derramai vossas bênçãos sobre nossas 

humildes famílias, colocando-nos debaixo de vossa proteção, da Virgem Maria, a

Senhora da Glória, e São José. Nosso Senhor Jesus Cristo, o Menino do Presépio, 

seja sempre adorado e seguido por todos. Amém!”

Santos Reis Magos, rogai por nós!

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