quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

São Martinho de Dume, bispo - 05 de dezembro

 

São Martinho de Dume, bispo

Origens
São Martinho de Dume nasceu na Panônia, atual Hungria, em 518. Ainda jovem, 

dirigiu-se para o Oriente, onde professou uma vida regular: estudou a língua grega e 

outras ciências eclesiásticas, em que muito cedo se distinguiu, até ser classificado,

por Santo Isidoro, como ilustre na Fé e na Ciência. Gregório de Tours também o 

considerou um entre os homens insuperáveis do seu tempo. 

O Retorno à Europa
Retornando do Oriente, dirigiu-se à Roma e França, onde travou conhecimento com 

as personagens mais eminentes em saber e santidade. Sobretudo, quis visitar o

 túmulo do seu homônimo e compatriota, São Martinho de Tours, que, desde então, 

considerava como seu patrono e modelo. Foi nesta época que São Martinho de Dume

 se encontrou com o rei dos Suevos, Charrarico, ao qual acompanhou para o noroeste

 da Península Ibérica, em 550. Ali, onde com restos do gentilismo e bastante 

ignorância religiosa se espalhara o Arianismo.

O Apostolado
Para acorrer a tantos males, não tardou Martinho em planejar e colocar em andamento

 seu vigoroso apostolado. Num mosteiro, edificado pelo mesmo rei, em Dume, ao lado

 de Braga, assenta o grande apóstolo dos suevos suas instalações como escola de 

monaquismo e base de irradiação catequética e missionária. A igreja do mosteiro é

 dedicada a São Martinho de Tours e foi sagrada em 558. O seu abade foi elevado ao

 episcopado pelo Bispo de Braga, já em 556, em atenção ao seu exímio saber e

 extraordinário zelo e santidade. 

São Martinho de Dume: Padroeiro da Arquidiocese de Braga

Concílio de Braga
Com a subida ao trono do rei Teodomiro, em 559, consumava-se o regresso dos 

Suevos ao Catolicismo, deixando o Arianismo. Ilustre por tão preclaras prerrogativas,

 passa Martinho para a Sé de Braga, em 569, quando o Catolicismo nesta região

 gozava já de alto esplendor, o que tornou possível o 1° Concílio de Braga, em 561, 

no pontificado de João III. Em 572, foi Martinho a alma do 2° Concílio de Braga. Nesta

 altura, escreveu ele: “Com a ajuda da graça de Deus, nenhuma dúvida há sobre a 

unidade e retidão da fé nesta província”.

As Obras
São Martinho de Dume não esqueceu da importância e eficácia do apostolado da 

pena. Deixou assim várias obras sobre as virtudes monásticas, bem como matérias 

teológicas e canônicas.

Páscoa
Faleceu em 20 de março de 579, e foi sepultado na catedral de Dume. Desde 1606, 

as suas relíquias estão depositadas na Sé de Braga. Compusera para si, em latim, o 

seguinte epitáfio sepulcral, em que mostra a veneração que dedicava ao santo Bispo 

de Tours: “Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos

 para o seio da Galiza, sagrado Bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí

 o culto e a celebração da Missa. Tendo-te seguido, ó Patrono, eu, o teu servo Martinho, 

igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo”. Desde o ano 

de 1985, passou a ser padroeiro principal da arquidiocese de Braga.

Minha oração

“Grande condutor da Igreja, nesses tempos tão difíceis de apostasia e perda de valores,

 nós te rogamos que nos ajude a vencer todas as batalhas da atualidade, as tentações e

 provocações do inimigo. Que o Senhor nos conceda, por seu intermédio, a amizade

 divina. Amém.”

São Martinho de Dume, rogai por nós!

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