quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Beato Urbano V, o 200º Papa da Igreja Católica - 19 de dezembro

 

Beato Urbano V, o 200º Papa da Igreja Católica

Origens
Guilherme de Grimoard nasceu em 1310, no castelo de Grisac, nas Cevenas, França.

pai era Guilherme, um cavaleiro, e sua mãe era Anfelisa de Montferrand. Desde a 

infância, mostrou-se hostil a toda frivolidade. Sua mãe, vendo-o fugir dos jogos 

próprios da sua idade, recolhendo-se à capela dizia: “Eu não o compreendo, mas, 

enfim, basta que Deus o compreenda”.

Estudos
Após ter estudado em Montpellier e em Tolosa, entrou na abadia beneditina de Chirac,

 próxima de Mende; proferiu os votos no convento de São Vítor de Marselha e, em

 seguida, entrou na Congregação de Cluny. Formou-se em Direito Canônico em 

outubro de 1342; ensinou nas Universidades de Toulouse, Montpellier, Paris e 

Avignon; exerceu as funções de Vigário Geral em Clermon e Uzés. 

Abade
Foi nomeado Abade de S. Germano de Auxerre em 13 de fevereiro de 1352 e, no dia 

26 de julho do mesmo ano, Clemente VI nomeou-o Legado Pontifício na Lombardia. 

Mais tarde, sendo Abade de São Vítor de Marselha, foi encarregado da mesma missão

 no reino de Nápoles, por Inocêncio VI.

Beato Urbano V: lançou ao mundo missionários para 

Evangelizar

Sucessor de Inocêncio VI
Os Papas residiam em Avignon, cidade na França, mas já pensavam em voltar para

 Roma; para preparar esse regresso, Guilherme desenvolvia grande atividade

 diplomática na Itália. Nos fins de 1362, sucedeu a Inocêncio VI, com o nome de 

Urbano V, sendo um dos sete Papas que, de 1309 a 1377, residiram em Avignon. 

Pontificado
O seu Pontificado assinalou-se pelo envio de missionários para as Índias, a China e 

a Lituânia; pela pregação de uma nova cruzada; pelo apoio que deu aos estudos

 eclesiásticos, e por diversas reformas que levou a efeito na administração da Igreja.

Êxito na Revolução Dinástica
Depois de renovar a excomunhão pronunciada por Inocêncio VI contra Pedro IV, rei

 de Castela, assassino de sua mulher e polígamo, autorizou Henrique de Trastâmara, 

seu irmão, a destroná-lo. Convidou ao mesmo tempo Du Guesclin e as suas 

“companhias brancas” a prestar-lhe auxílio, assegurando assim o êxito dessa 

revolução dinástica.

O final da vida de um humilde Papa


Páscoa
Em 1367, Urbano V entendeu que tinha chegado o momento de regressar a Roma. 

No dia 19 de maio, embarcou em Marselha, acompanhado de vinte e quatro

 embarcações; no dia 3 de junho, desembarcou em Corneto e, em 16 de outubro, fez

 a entrada triunfal na Cidade Eterna. Não conseguiu, porém, manter-se, apesar dos

 protestos de Santa Brígida, que lhe previu morte próxima se voltasse. Mas voltou no 

dia 26 de setembro de 1370, regressando a Avignon, onde morreu em 19 de

 dezembro de 1370, revestido do hábito beneditino. 

Antes da Páscoa
Tempos antes, tinha-se mudado para casa de seu irmão, por não desejar acabar a 

vida num palácio. Por sua ordem, as portas dessa casa mantinham-se abertas, a fim de que todos pudessem entrar livremente e ver “como morre um Papa”.

Via de Santificação
A causa de sua beatificação se deu por intermédio de Papa Gregório XI. Milagres 

foram atribuídos por Urbano V e suas virtudes foram documentadas. O cisma

 ocidental fez com que a causa de beatificação ficasse suspensa, mas foi reativada 

séculos mais tarde, e, em 10 de março de 1870, Papa Urbano V foi beatificado. 

Sua festa é celebrada no dia 19 de dezembro.

Minha oração

“Nesses tempos tão difíceis de ataques contra a Igreja e contra a fé, contra o Papa e

 o magistério, te rogamos a proteção e o crescimento da santa mãe Igreja, pois sem

 ela não podemos prestar um verdadeiro culto a Deus. Amém.”

Beato Urbano V, rogai por nós!

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