sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Solenidade de Todos os Santos de Deus - 01 de novembro

 

Solenidade de Todos os Santos de Deus

Origens 

A Solenidade de Todos os Santos de Deus é chamada por alguns de “Páscoa de 

outono”, é celebrada pela Igreja, que, mais uma vez, não olha para si mesma, mas 

olha para o céu e lhe aspira. De fato, a santidade é um caminho para o qual todos 

somos chamados a trilhar sob o exemplo desses nossos “irmãos mais velhos”, que 

nos são propostos como modelos, porque aceitaram ser encontrados por Jesus, rumo 

ao qual se encaminharam com confiança, com seus desejos, fraquezas e sofrimentos.

 “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da 

vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser 

perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).

Raízes Antigas

A solenidade tem raízes antigas: no século IV começou a celebração dos mártires, 

comuns para as diferentes Igrejas. Os primeiros sinais desta celebração foram 

encontrados em Antioquia, no domingo após o dia de Pentecostes, sobre a qual já 

falava São João Crisóstomo. 

Difusão da Festa

Entre os séculos VIII e IX, esta festa começou a difundir-se também na Europa, e, 

em Roma, de modo particular, no século IX. Ali, o Papa Gregório III (731-741) quis

 que esta festa fosse comemorada no dia 1º de novembro. A data foi escolhida porque

 coincidia com a consagração de uma Capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às

 relíquias “dos santos Apóstolos, dos Santos mártires e confessores e de todos os

 Justos, que chegaram à perfeição e descansam em paz no mundo inteiro”. Na época 

de Carlos Magno, esta festa já era muito conhecida como ocasião para a Igreja, que

 vagueia e sofre na Terra, mas que olha para o céu, onde estão seus irmãos mais 

gloriosos.

É a festa da esperança, que nos recorda o objetivo da nossa 

vida

Memória Litúrgica

A memória litúrgica dedica um dia especial a todos aqueles que se uniram com Cristo 

em sua glória. Eles não nos são indicados apenas como arquétipos, mas invocados

também como protetores das nossas ações. Todos os Santos são os filhos de Deus

 que atingiram a meta da salvação. Eles vivem, na eternidade, aquela condição de

 bem-aventurança expressa por Jesus no discurso da Montanha, narrado no 

Evangelho de Mateus (5,1-12).

Companheiros na Imitação de Cristo

Os Santos são aqueles que nos acompanham no nosso percurso de imitação de

 Jesus. Eles nos levam a ser pedra angular na construção do Reino de Deus. Neste 

dia, a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida

cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã 

só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).

Um Interesse Humano

Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São 

Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta 

solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa

 do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. 

Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”. 

Convite para olhar para o Alto

A Igreja nos convida a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade.

 É um convite a olharmos para o Alto, pois, neste mundo escurecido pelo pecado, eles 

brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em 

Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, como São João havia dito: 

“Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos 

e línguas” (Ap 7,9).

Somos chamados a imitar o exemplo de Santidade

Sinal do Espírito Santo

Todos esses combatentes de Deus merecem nossa imitação, pois foram adolescentes,

 jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, 

pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que 

o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho atuando

 na Igreja e na sociedade. 

Modelos para os  fiéis 

Portanto, a vida desses modelos acabaram virando proposta para nós, uma vez que

 passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos

 arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e 

injustiças. Esses constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os 

embates da vida sem perder o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais 

estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” 

(Ef. 2,19).

Oração:

“Jesus, que o mundo salvastes, dos que remistes cuidais, E vós, Mãe santa de Deus, 

por nós a Deus suplicai. Os coros todos dos Anjos, patriarcal legião, profetas de tantos 

méritos, pedi por nós o perdão. Ó precursor do Messias, ó Ostiário dos céus, com os 

Apóstolos todos, quebrai os laços dos réus. Santa Assembleia dos Mártires; vós, 

Confessores, Pastores, Virgens prudentes e castas, rogai por nós pecadores. Que os

 monges peçam por nós e todos que o céu habitam: a vida eterna consigam os que na 

terra militam. Honra e louvor tributemos ao Pai e ao Filho também, com seu Amor um só

 Deus, por todo o sempre. Amém.”

Minha oração

“Na solenidade de todos os santos, recordamos que é possível ser santo, recordamos 

que é possível contar com suas orações e intercessão, por isso pedimos as graças de 

que precisamos no tempo presente e a conversão dos pecadores da nossa família e

 amigos. Amém.”

Todos os Santos de Deus, rogai por nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário