terça-feira, 12 de novembro de 2024

São Josafá - 12 de novembro

 

São Josafá, o incessante zelo ao seu povo à unidade católica

Origens 

João Kuncewicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de 

ortodoxos cismáticos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana. 

om a mudança de vida, mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante; 

até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem 

de São Basílio.

Ordenação
Como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor

1609, quando foi ordenado. Em seguida, nomeado superior dos conventos de Briten e,

logo depois, arquimandrita de Vilna.

Virtuoso
Dotado de muitas virtudes e dons, tornou-se Arcebispo de Polotsk, sede primacial dos 

Rutenos, em 1617. Lutou pela formação do clero, pela catequese do povo e pela 

evangelização de todos.

São Josafá havia um grande coração para acolher os

 necessitados

Caridade
As portas de sua casa e do seu coração estavam sempre abertas para acolher os

 pobres e necessitados. Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade 

para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja 

Bizantina com a Romana, por isso, conseguiu levar muitos a viver unidos na Igreja de 

Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a

 ser chamados de “uniatas”, ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e 

apóstolos, segundo os ortodoxos.

Unificação da Igreja
Dedicou-se no trabalho de unificação das Igrejas, buscando remover o cisma e

 reconduzir os hereges e cismáticos à união com a Cátedra de São Pedro. Seu 

apostolado foi coroado com êxito, pois muitos hereges voltaram ao seio da Igreja.

Páscoa

Seu zelo pelas causas da Igreja resultou em muitas perseguições, calúnias e

 oposições  por parte dos cismáticos. Aconteceu que, em 1623, numa viagem pastoral,

 Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São 

Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde 

continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos, 

mais tarde, converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Via de Santificação

Reconhecido pela Igreja por suas virtudes heroicas e, sobretudo, pela santidade de 

seu martírio, São Josafá foi solenemente canonizado por Pio IX em 1867.

Minha oração

“Santo bispo, combatente dos hereges e cismáticos, dai-nos a mesma busca pela

 unidade na verdade. Com teu pastoreio, ponha-nos diante do nosso Salvador, a fim de

 adorá-Lo e amá-Lo acima de tudo. Intercedei pela Igreja e seus membros desgarrados

 Amém.”

São Josafá, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,7-10

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

17,7-10

Naquele tempo, disse Jesus:

"Se algum de vós tem um empregado
que trabalha a terra ou cuida dos animais,
por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo:
'Vem depressa para a mesa?"

Pelo contrário, não vai dizer ao empregado:
'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me,
enquanto eu como e bebo;
depois disso tu poderás comer e beber?'

Será que vai agradecer ao empregado,
porque fez o que lhe havia mandado?

Assim também vós:
quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram,
dizei: 'Somos servos inúteis;
fizemos o que devíamos fazer' ".

Apolônio de Carvalho

Bom dia!

12 de novembro de 2024

FAVORECER A COMUNHÃO

Para favorecer a comunhão existe uma certa escala de valores.
A tolerância é importante porque favorece a convivência.
O diálogo é importantíssimo porque favorece o enriquecimento recíproco através das diferenças.
A comunhão é fundamental porque nos faz uma coisa só.
Na verdade, a tolerância e o diálogo são degraus que nos fazem chegar à comunhão.
A comunhão perfeita é aquela que tem como base a caridade, o amor mútuo.
A comunhão não se reduz apenas ao material, mas engloba os talentos, as aptidões, o tempo, o trabalho, a escuta, a oração, enfim, todos os aspectos da vida.

Apolonio Carvalho Nascimento

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

 

São Martinho de Tours, o dono do manto que cobriu Jesus

Origens 

Seu gesto: poucos personagens podem ter a sua história resumida em uma única

 ação tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida. São 

Martinho de Tours pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto

 é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do Tardo 

Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.

O Serviço Militar
Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do 

exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade. Seus pais eram

 pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo. Com apenas 12 anos, queria

 ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas um edito imperial colocou-lhe a farda e a

espada antes de seu sonho de oração em solidão. Por isso Martinho teve que se 

alistar e acabou em um quartel na Gália.

O Grandioso Gesto com o Manto
Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, 

o jovem soldado era muito requisitado para as rondas noturnas. Em uma delas, 

durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido

 de compaixão, tirou seu manto, cortou-o em duas partes e deu a metade ao pobre. 

São Martinho de Tours teve compaixão pelo próximo

O Sacramento do Batismo
Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo

 aos anjos: “Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com

 seu manto”. O sonho impressionou muito o jovem soldado que, na festa da Páscoa 

seguinte, foi batizado. Recebeu o Sacramento por volta dos 20 anos.

Testemunho de sua Fé
Por 20 anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé 

em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas ele ainda tinha 

uma longa vida para ser vivida. Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter

 com Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana. Esta oposição 

do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da 

doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao 

saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão. 

Fundação do Mosteiro
Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para 

fundar um mosteiro perto de Tours, e por ele foi ordenado diácono e presbítero. Assim,

 vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado — que havia dado seu manto a 

Jesus —, tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras

 francesas, onde ficou conhecido por muitos.

As ações de São Martinho de Tours foi percebida pelo povo

Proclamado Bispo pelo povo
Cerca de 10 anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem Pastor, 

aclamaram-no seu Bispo em 371. Desde então, Martinho dedicou-se com zelo 

fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero. Martinho aceitou, mas

 com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as

 pessoas – pobres, presos e enfermos – continuassem a encontrar abrigo sob seu 

manto. São Martinho de Tours viveu nas adjacências dos muros da cidade, no 

mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram,

 muitos deles pertenciam à casta nobre.

O fim e o legado de sua vida

Páscoa
Em 397, em Condate, atual Candes de Saint Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a

 missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu 

carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por 

uma série de febres violentas. São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, 

conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão 

querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo.

Papa Emérito sobre São Martinho de Tours
Sobre ele, disse o Papa Emérito no Angelus em 11 de novembro de 2007: 

“Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma

 lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas

 sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, 

Sinal supremo do amor de Deus, Sacramentum caritatis. É a lógica da partilha, com 

a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo. Ajude-nos, São Martinho, 

a compreender que só através de um compromisso comum de partilha é possível

 responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz 

e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isso pode acontecer se

 prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos

 os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o

 trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico 

e tecnológico.”

Minha oração

“São Martinho, que cobristes Jesus com teu manto no pobre abandonado, que 

também possamos imitar-te com nossa vida, cuidando dos menos favorecidos.

 Ensinai-nos a olhar os pobres e encontrar neles o rosto de Cristo, amar esses irmãos

 como Jesus nos ensinou. Amém.”

São Martinho de Tours, rogai por nós!