quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Santos Anjos da Guarda, companheiros na caminhada - 02 de outubro

 

Santos Anjos da Guarda, companheiros na caminhada

Origens

A existência dos Anjos é um dogma de fé, definida várias vezes e em muitas ocasiões

 pela Igreja, desde o Concílio de Nicéia ao Vaticano I. Tudo o que lhes diz respeito faz

 parte de um estudo próprio, denominado “angelologia”. O Magistério eclesial afirma: 

os anjos são seres totalmente espirituais, sem corpo, imortais e imutáveis, que se

 tornam visíveis apenas para manifestar a sua ação.

História litúrgica

A memória litúrgica dos Santos Anjos é celebrada em 2 de outubro, desde 1670, por 

desejo do Papa Clemente X. A Igreja ortodoxa prefere celebrar em 11 de janeiro. 

Antigamente, a sua festa era celebrada em 29 de setembro, junto com a dos três 

Santos arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Porém, sua data foi diferenciada, 

tornando-se, de modo particular, memória própria dos Anjos da Guarda: primeiro, na 

Espanha, no século XV; depois, se difundiu em Portugal, Áustria e, por fim, em toda a Europa. 

A devoção aos Anjos da Guarda é mais antiga do que aos

 santos

Na verdade, a devoção aos Anjos é mais antiga que aos santos, de modo especial 

na Idade Média. Isso, graças aos monges eremitas, que viviam uma vida de

 recolhimento, silêncio e oração, em companhia só dos seus Anjos da Guarda.

 Finalmente, em 2005, o Parlamento italiano, inspirando-se na figura dos Anjos da 

Guarda, introduziu, na mesma data de 2 de outubro, a celebração civil da Festa dos

 Avós, verdadeiros Anjos da Guarda de suas famílias.

Quem são os anjos?

O termo “anjo” indica uma criatura celeste bem próxima de Deus. Seu nome é citado 

175 vezes no Novo Testamento e pelo menos 300 no Antigo, em que vem especificada a função desta milícia sobrenatural, dividida em nove hierarquias: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, 

Poderes, Virtudes Celeste, Principados, Arcanjos, Anjos. Estes espíritos puros, dotados de inteligência e vontade, são chamados, muitas vezes, mensageiros ou intérpretes das ordens divinas; eles se manifestam, sobretudo, em momentos cruciais da história da salvação. Com efeito, o IV Concílio de Latrão definiu, como verdade de fé, o fato de que, se alguns anjos abusarem da sua liberdade, poderão cair no pecado: foi o que aconteceu com Lúcifer, o mais bonito de todos, que, ao pecar, por orgulho, contra Deus, caiu nas profundezas do inferno. 

A função do Anjo da Guarda

As funções, atribuídas aos anjos pela Sagrada Escritura, são as de acompanhar o

 homem no caminho do bem e oferecer ao Senhor. Além das nossas orações e 

sacrifícios. De fato, no Batismo, todo cristão recebe, como dom de Deus, o próprio

 Anjo da Guarda, uma presença invisível, mas real. O anjo o acompanha e guia ao 

longo de toda a sua existência: é um companheiro de viagem. Ao longo dos séculos, 

apesar de invisíveis, os anjos foram representados de várias maneiras: adoradores,

 músicos, túmulos, igrejas, esculturas, pinturas… 

Minha oração

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, 

sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém!

Santo Anjo do Senhor, rogai por nós!

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