sábado, 31 de agosto de 2024

São Raimundo Nonato

*SANTO DO DIA*

*SÃO RAIMUNDO NONATO, PRESBÍTERO*
Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela. Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da ideia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário. Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma. Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinquenta escravos e devolvê-los às suas famílias. Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo. Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha, apenas, quarenta anos de idade. Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.
*SÃO RAIMUNDO NONATO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, DEHONIANOS, CIC, CATOLICOORANTE, A12, PAULINAS, FRANCISCANOS, ACIDIGITAL, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*31/08/2024 - SÁBADO DA 21ª. SEMANA DO TEMPO COMUM*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Mt 25,14-30)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus*
*Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola:  14  “Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens.  15 A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida, viajou.  16  O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco.  17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois.  18 Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19  Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados.  20  O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21  O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’  22  Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’.  23  O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’  24  Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste.  25  Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’.  26  O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei?  27  Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.  28  Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!  29  Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.  30  Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'”*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

Apolônio de Carvalho

Bom dia!

31 de agosto de 2024

TRANSFORMAR A ESCURIDÃO EM LUZ

Nós não temos a luz em nós mesmos, mas quando vivemos o amor somos iluminados por uma luz que vem do alto.
Ao encontrarmos Jesus em nossa vida, a sua luz nos acompanha sempre, como uma constante transfiguração: Ele totalmente luminoso, nos ilumina.
Podemos levar a Sua luz para a nossa vida do dia a dia, para a nossa família, para o nosso trabalho, para o mundo inteiro, em todos os ambientes onde vivemos.
A Sua luz ilumina sobretudo os momentos de escuridão que passamos. Ilumina e nos dá força e coragem para enfrentá-los, para viver cada momento na luz.
A nossa escuridão, iluminada com a luz da transfiguração de Cristo, ilumina também a escuridão dos que estão ao nosso redor.

Apolonio Carvalho Nascimento

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

VIDA PÚBLICA! - Pe. Gilberto Kasper Teólogo

 

  VIDA PÚBLICA!

 

Nosso primeiro Bispo Diocesano, Dom Alberto José Gonçalves, foi Deputado Estadual do Paraná, Deputado Federal e Senador. Diremos que isso foi no século passado. Ouve-se de bons lábios cristãos católicos, que Religião e Política não se misturam. Não obstante no século XXI e Terceiro Milênio da Era Cristã, muitos de nossos bons Cristãos Católicos ainda são da opinião de que o lugar do Padre é na Sacristia e que não deve se “meter na política”.

            Antes do Concílio Ecumênico Vaticano II, havia três autoridades nas cidades de nosso imenso País, especialmente no Interior: O Vigário, o Prefeito e o Juiz, não necessariamente nessa ordem. A partir do mesmo Concílio a Igreja Católica vem incentivando seus fiéis, através do Magistério, das Conferências Episcopais, especialmente “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sempre se manifestou sobre questões políticas”. Como Mãe e Mestra, a Igreja não tem medido esforços na formação de consciência política, consciência cidadã e consciência crítica, resgatando através do diálogo respeitoso a dignidade do povo, buscando à luz do Evangelho, o resgate do Reino de Deus, que é um reino de justiça.

            É bem verdade que não devemos confundir Homilias com Discursos Políticos e muito menos sermos partidários políticos. Mas nossa Igreja se declina sobre a afirmação do Documento de Aparecida, n. 395: “A Igreja se sente chamada a ser ‘advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu’. Para cumprir essa missão, a Igreja incentiva os fiéis a interagir com a política”.

            Já o Papa Francisco na Evangelii Gaudium, n. 183 afirma que não podemos ficar indiferentes diante dos desafios que se nos impõem os Poderes Constituídos, e que “Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – (passiva ou intimista, mera cumpridora de preceitos, sem que a fé seja confrontada com obras e compromisso de mudança daquilo que não vai bem) comporta sempre um desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela”.

            São inevitáveis determinadas expressões como poder e cargos, embora confesse tais denominações inconvenientes seja na política, como na sociedade, uma vez que qualquer detenção de poder, ou deferimento de qualquer cargo, tanto na política, e mais ainda em nossas atividades pastorais, se não for convertido em serviço, certamente será de dimensões desastrosas tanto para quem os detém, quanto para quem deles deveria ser beneficiado. Aqui prevalece o mandamento dado pelo próprio Cristo naquela noite em que instituiu a Eucaristia, a alma da Igreja: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Deixei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós” (Jo 13,14). “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,34-35). “Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos” (Mc 10,43-44).

            Me parece vergonhoso o que temos assistido em nosso Congresso Nacional – Câmara de Deputados e Senado: leis que anistiam os partidos e congressistas que cometeram crimes eleitorais, ignorando a Lei da Ficha Limpa; o inconformismo com a exigência de mínima transparência em relação às emendas parlamentares, especialmente as tais “Emendas PIX”; leis que visam somente a “zona de conforto dos legisladores” em detrimento de quem os elegeu; a infiltração de milícias e PCCs nos partidos antes sérios e nem por último a ganância da impunidade parlamentar, deixando os congressistas à vontade de crimes, desde os mais medíocres aos mais graves. Há quem diga: “Quer roubar, matar, cometer os mais diversos delitos, sem ser condenado, seja deputado”! Nem todos são assim, mas poucos escapam de sê-lo lamentavelmente. Por isso, precisamos estar sempre muito atentos em quem votaremos, até nas próximas eleições a Prefeitos e Vereadores!

            Poder e cargos na vida pública, se não convertidos em serviço desinteressado, adoece nossas Instituições e impõem pesados fardos sobre o povo de uma Nação!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

 

 

 

A Igreja Católica celebra São Félix e Santo Adauto no dia 30 de agosto

 São Félix e Santo Adauto são dois mártires cristãos que viveram por volta do ano 300, em Roma, durante a perseguição do imperador Diocleciano. São considerados padroeiros dos perseguidos pela causa de Deus.

Como eles viveram nos primeiros tempos do cristianismo, pouco se sabe sobre as suas vidas. São Félix foi um sacerdote cristão romano que foi preso pelos soldados do imperador Diocleciano, um dos maiores perseguidores dos cristãos, simplesmente por se declarar cristão e exercer o seu ministério sacerdotal em Roma. Como não renunciou à fé em Cristo, foi condenado à morte.

Quando os soldados romanos levavam Félix para ser executado, um homem desconhecido apareceu e se declarou cristão. Determinados a exterminar cristãos, os soldados prenderam o homem e o levaram junto com São Félix.

Félix foi decapitado e depois, com a mesma espada, decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Ninguém sabia dizer quem era o homem. “Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa adjunto, aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila em Roma, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou um local de peregrinação.

Com o passar do tempo, o culto aos dois santos foi diminuindo até ficar quase esquecido pelos cristãos. Somente em 1903 a pequenina basílica dedicada a São Félix e Santo Adauto foi restaurada definitivamente.

A Igreja Católica celebra São Félix e Santo Adauto no dia 30 de agosto.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,1-13

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,1-13

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos esta parábola:

"O Reino dos Céus é como a história das dez jovens
que pegaram suas lâmpadas de óleo
e saíram ao encontro do noivo.

Cinco delas eram imprevidentes,
e as outras cinco eram previdentes.

As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas,
mas não levaram óleo consigo.

As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo
junto com as lâmpadas.

O noivo estava demorando
e todas elas acabaram cochilando e dormindo.

No meio da noite, ouviu-se um grito:
'O noivo está chegando. 

Ide ao seu encontro!'

Então as dez jovens se levantaram
e prepararam as lâmpadas.

As imprevidentes disseram às previdentes:
'Dai-nos um pouco de óleo,
porque nossas lâmpadas estão se apagando'.

As previdentes responderam:
'De modo nenhum,
porque o óleo pode ser insuficiente
para nós e para vós.
É melhor irdes comprar aos vendedores'.

Enquanto elas foram comprar óleo, 

o noivo chegou,
e as que estavam preparadas
entraram com ele para a festa de casamento.
E a porta se fechou.

Por fim, chegaram também as outras jovens 

e disseram:
'Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!'

Ele, porém, respondeu:
'Em verdade eu vos digo: 

Não vos conheço!'

Portanto, ficai vigiando,
pois não sabeis qual será o dia, nem a hora".

Apolônio de Carvalho

VIVER A ALEGRIA

Passa Palavra: (30/08/2024)

Viver a verdadeira alegria significa cumprir plenamente o plano de amor que Deus tem para mim.

Eu só me realizo completamente quando vivo diante de Deus: criatura diante do Criador.
O modo como realizar esse plano, Jesus nos deixou bem claro: viver o amor ao próximo e viver o amor mútuo.

A vida me dá momentos de alegria, momentos de euforia, de satisfação, de convivência prazerosa com os outros. Porém, a verdadeira alegria não é passageira, ela é perene e ninguém a pode tirar do meu coração, pois está enraizada em Jesus ressuscitado que, mesmo quando estava desfigurado sobre a cruz, já era certeza de ressurreição.

Viver a alegria é, portanto, viver inteiramente em Deus.

Apolonio Carvalho Nascimento

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Martírio de São João Batista, 29 de agosto

 

Martírio de São João Batista, 29 de agosto

Origens 

A memória do martírio de São João Batista associa-se à solenidade da sua Natividade, que se celebra em 24 de junho. João era primo de Jesus, concebido, de modo tardio, por Zacarias e Isabel, ambos descendentes de famílias sacerdotais: seu nascimento é colocado cerca de seis meses antes daquele de Cristo, segundo o episódio evangélico da Visita de Maria a Isabel. 

Causa da Morte

A causa principal do martírio foi uma mulher: Herodíades, atual esposa de Herodes Antipas, ex-esposa do seu irmão de criação. João foi preso por ter denunciado este casamento ilegal.

Durante a festa de aniversário de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou em homenagem ao rei, que era fascinado por ela: se ela dançasse, ele lhe permitiria pedir o que quisesse, até mesmo a metade do seu reino. Depois de consultar a mãe, ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes não queria aceitar, mas não pôde recusar, porque lhe havia prometido. 

A Morte

Algum tempo depois do pedido de Salomé, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. 

Batista morreu como mártir, não um mártir da fé, porque não lhe pediram para renegá-la, mas um mártir da verdade. Ele era um homem “justo e santo” (At 3,14), condenado à morte por sua liberdade de expressão e fidelidade ao seu mandato.

João foi um mártir que sempre deixou espaço na sua vida, cada vez mais, para dar lugar ao Messias. 

A Pequena Basílica 

Por outro lado, a data da sua morte, ocorrida entre os anos 31 e 32, remonta à dedicação de uma pequena basílica, do século V, no lugar do seu sepulcro, em Sebaste da Samaria: de fato, parece que, naquele dia, tenha sido encontrada a sua cabeça, que o Papa Inocêncio II transladou para Roma, na igreja de São Silvestre “in Capite”. 

Celebração 

A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas: seu culto já existia na França, no século V, e em Roma no século seguinte.

Minha oração

“ Aquele que Batizou o Cristo também testemunhou com sua própria vida, ajudai-nos a dar bom testemunho de Jesus nos lugares mais extremos. Tornai os seus devotos testemunhas da verdade e da caridade até as últimas consequências. Amém!”

São João Batista, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,17-29

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,17-29

Naquele tempo,

Herodes tinha mandado prender João,

e colocá-lo acorrentado na prisão.
Fez isso por causa de Herodíades,
mulher do seu irmão Filipe,
com quem se tinha casado.

João dizia a Herodes:
"Não te é permitido

ficar com a mulher do teu irmão".

Por isso Herodíades o odiava
e queria matá-lo, mas não podia.

Com efeito, Herodes tinha medo de João,
pois sabia que ele era justo e santo,
e por isso o protegia.
Gostava de ouvi-lo,
embora ficasse embaraçado quando o escutava.

Finalmente, chegou o dia oportuno.
Era o aniversário de Herodes,
e ele fez um grande banquete

para os grandes da corte, os oficiais

e os cidadãos importantes da Galileia.

A filha de Herodíades entrou e dançou,
agradando a Herodes e seus convidados.
Então o rei disse à moça:
"Pede-me o que quiseres e eu to darei".

E lhe jurou dizendo:
"Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino".

Ela saiu e perguntou à mãe:
"O que vou pedir?"
A mãe respondeu:
"A cabeça de João Batista".

E, voltando depressa para junto do rei, pediu:
"Quero que me dês agora, num prato,
a cabeça de João Batista".

O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar.
Ele tinha feito o juramento diante dos convidados.

Imediatamente, o rei mandou
que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão,

trouxe a cabeça num prato e a deu à moça.
Ela a entregou à sua mãe.

Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá,
levaram o cadáver e o sepultaram.

Apolônio de Carvalho

"RECOMEÇAR"

#PassaPalavra: (29/Agosto/2024)

Há dois tipos de recomeço, ambos desafiadores, mas igualmente fontes de alegria.

Existe o recomeçar depois de um fracasso, talvez o mais desafiador, que requer muita coragem e força de vontade e humildade. Com ele vem a experiência do erro ou do insucesso, o que favorece um recomeçar com a competência de quem já tentou pelo menos uma vez. É um recomeçar que traz a alegria de saber que a vitória está no fato de poder sempre tentar, buscando a perfeição.

O segundo recomeçar é aquele que vem depois do final de uma etapa da vida que seguiu seu curso e já é uma experiência concluída.

Este recomeçar traz a alegria do "novo", de uma experiência diferente da anterior. 

Podemos recomeçar com fé, coragem e com a alegria de saber que o Espírito Santo faz novas todas as coisas.

(Apolonio Carvalho Nascimento)

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

santo AGOSTINHO - 28 de agosto

 

28/08 – Santo Agostinho

Do santo que mais que qualquer outro falou de si mesmo – mas o fez com sinceridade e simplicidade, transformando em confissão, isto é, em louvor a Deus, tudo o que lhe pertence – não é fácil falar. Homem e mestre, teólogo e filósofo, moralista e apologista: todas imagens que transparecem como que em filigrama, e todas válidas, a quem observe de perto Agostinho de Hipona, bispo e doutor da Igreja. Homem, antes de tudo, com as inquietações, os anseios, as fraquezas, como nos apresenta a leitura de suas confissões, nas quais mostra a realidade nua e crua de sua alma com sinceridade e candura. No limiar de sua juventude (nasceu em Tagaste, Tunísia, em 354 do pagão Patrício e da cristã Mônica), Agostinho experimenta as contradições do seu espírito, que tem sede da verdade e se deixa seduzir pelo erro. O estudo de certa filosofia o leva à heresia maniquéia. Percebe o chamado moral, mas se vê envolvido na escuridão da carne. Aprende retórica em Cartago, depois ensina gramática em Tagaste até que aos vinte e nove anos toma o caminho do mar e após uma breve parada em Roma, chega a Milão, onde é bispo o grande Santo Ambrósio. A conversão ao cristianismo, propiciada pelas amorosas solicitudes e pelas lágrimas da mãe, chegou à maturidade num episódio singular e misterioso para o próprio Santo Agostinho que, acolhendo o convite: “Toma e lê”, encontra nas palavras do Apóstolo o empurrão decisivo: “Não vos deixeis dominar pela carne e pelas suas concupiscências”. Agostinho pede o batismo ao bispo Ambrósio e depois volta à África em veste de penitência; aí é consagrado sacerdote e depois bispo de Hipona, achando na sincera adesão à verdade cristã e na multiforme atividade pastoral a paz do coração à qual almeja seu coração atormentado pelos afetos terrenos e pela sede de verdade: “Senhor, criaste-nos para ti, e nosso coração não tem paz enquanto não repousar em ti”. Amado e venerado pelos humaníssimos dons de coração e de inteligência, morre a 28 de agosto de 430 em Hippo Regius, antiga cidade próxima à moderna Bona, na Argélia, enquanto os vândalos apertam o cerco. Vinte anos antes, Roma imperial tinha conhecido a humilhação infligida pelo bárbaro rei Alarico e este evento, para todos os que estavam convictos da perenidade da cidade eterna, moveu o bispo de Hipona a escrever outra obra-prima, a “Cidade de Deus”.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,27-32

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,27-32

Naquele tempo, disse Jesus:

"Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!
Vós sois como sepulcros caiados: 

por fora parecem belos,
mas por dentro estão cheios de ossos de mortos
e de toda podridão!

Assim também vós:
por fora, pareceis justos diante dos outros,
mas por dentro 

estais cheios de hipocrisia e injustiça.

Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!
Vós construís sepulcros para os profetas
e enfeitais os túmulos dos justos,

e dizeis: 

'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais,
não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas'.

Com isso, confessais que sois filhos
daqueles que mataram os profetas.

Completai, pois, a medida de vossos pais!"

Apolônio de Carvalho

28 de agosto de 2024

SER PORTADORES DE ESPERANÇA

Levemos a esperança a todos, preparando o terreno com a própria esperança que trazemos em nós.
Antes de tudo, procurando entender os anseios escondidos em cada coração, a sensibilidade de cada pessoa, a sua percepção do amor, as suas carências, as suas fragilidades.
O segundo passo é oferecer a todos a alegria que vem de Deus, a alegria que vem da fé que professamos e que nos acompanha em todas as circunstâncias.
Só então podemos lançar as sementes de esperança que todos desejam: após demonstrar-lhes amor e fé.
Podemos espalhar sementes de esperança em todos os caminhos por onde passamos, para que elas floresçam e os tornem visíveis. Caminhos que levam à verdadeira felicidade, caminhos que nos conduzem a Deus.

Abraços,
Apolonio Carvalho Nascimento
apoloniocnn@gmail.com

Canal Senha do dia Focolares
youtube.com/senhadodiafocolares
@senhadodiafocolares

terça-feira, 27 de agosto de 2024

 

Santa Mônica – 27 de Agosto

Santa Mônica

Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.
E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.
Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado freqüentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.
Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinqüenta e seis anos.
O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,23-26

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,23-26

Naquele tempo, disse Jesus:

"Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!

Vós pagais o dízimo da hortelã, 

da erva-doce e do cominho,
e deixais de lado 

os ensinamentos mais importantes da Lei,
como a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
Vós deveríeis praticar isto, 

sem contudo deixar aquilo.

Guias cegos!
Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo.

Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!
Vós limpais o copo e o prato por fora,
mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça.

Fariseu cego!
Limpa primeiro o copo por dentro,
para que também por fora fique limpo".

Apolônio de Carvalho

"COMPROMETER-SE COM O BEM COMUM"

#PassaPalavra: (27/Agosto/2024)

O compromisso com o bem comum começa na vida pessoal de cada um de nós: em casa, no trabalho, na escola, na comunidade, nas nossas cidades, nos nossos países.

Porém, o nosso compromisso com o bem comum não pode ter uma conotação somente política e social. Ele deve ir além e pensar no ser humano integralmente, também do ponto de vista espiritual.

O bem comum é todo o patrimônio humano e divino, ao qual temos direito e que devemos deixar como legado para as próximas gerações.

O bem comum é toda a Criação que nos foi confiada por Deus, pela qual devemos zelar e que devemos preservar, para um dia entregá-la nas mãos de Deus como céus novos e uma terra nova.

(Apolonio Carvalho Nascimento)

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

São Zeferino, o Papa que lutou contra as heresias - 26 de agosto

 

São Zeferino, o Papa que lutou contra as heresias

Origens 

São Zeferino tornou-se Papa e permaneceu à frente da Igreja por cerca de 20 anos, além disso, viu-se diante da heresia modalista, que tinha uma concepção errônea da relação entre o Pai e o Filho. Ele foi o primeiro dos Papas que foram enterrados em Calisto na Via Appia.

Pontificado

Papa no ano 199, no período de terror de Septímio Severo, Zeferino lutou contra o modalismo, a heresia que tinha uma concepção errada da relação entre o Pai e o Filho. Encarregou seu diácono Calisto para construir o cemitério da Igreja de Roma na Via Ápia, onde foi sepultado o primeiro Papa.  

Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias entre eles próprios. Que abalou a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo. Havia aqueles profetizando e pregando o fim do mundo.

Iluminado pelo Espírito Santo 

O Papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano. Dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.

Contra a cremação

O Papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.

O Papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras, nas laterais foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de Calisto.

Fim do Papado

Esse foi o longo pontificado de Zeferino. Encerrado pela intensificação das perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, impostas pelo imperador Sétimo Severo.

O Papa São Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo Irineu em 217. Foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.

Minha oração

“Querido pastor das almas, semelhante a Jesus Bom Pastor, cuidai das vossas ovelhas desgarradas. Aqueles que se afastaram do catolicismo, buscai e trazei-os de volta como ovelhas perdidas. Auxiliai também o nosso Papa para que exerça a mesma função.” 

São Zeferino, rogai por nós!