OS 121 ANOS DA SANTO ANTONINHO!
No dia
13 de junho de 2024, a Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres, carinhosamente
conhecida como Igreja Santo Antoninho, situada na Avenida Saudade, 202 nos
Campos Elíseos, celebra os 121 anos de fundação. A pedra fundamental, segundo
informações da Cúria da Arquidiocese de São Paulo, foi implantada em 1892. O
templo é o mais antigo, em pé, da cidade de Ribeirão Preto. Foi Capela da Vila
Emília, depois da Família Proença da Fonseca e em 1989, através de inventário
assinado pela então última herdeira viva, Hilma Proença da Fonseca Mamede, foi
doada à Arquidiocese de Ribeirão Preto “para cultivar a fé católica da Família
Proença da Fonseca”. Adjudicada do complexo do imóvel que compreendia a
Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, incendiada no dia 7 de setembro
de 2019 e demolido, o que sobrara da antiga residência da Família em 2021, bem
como do Mosteirinho onde viveram os Padres Scalabrinianos e os Monges
Beneditinos Olivetanos no início do século XX, a Arquidiocese de Ribeirão Preto
obteve a escritura do imóvel, que em 2009 foi tombado provisoriamente pelo
CONPPAC – Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.
Depois
que os Monges Beneditinos Olivetanos passaram a residir em seu Mosteiro
próprio, a Igreja Santo Antoninho passou a ser atendida por sacerdotes
diocesanos (há 81 anos portanto), como Padre Euclides Gomes Carneiro, que
celebrou a primeira Missa na Capelinha, de portas abertas para o povo no dia 10
de maio de 1903, Monsenhor João Lauriano, então Vigário Geral da Diocese,
Cônego Arnaldo Álvaro Padovani, este último, ao longo de décadas, por inúmeros padres
mais jovens e zelosos, como o Pe. Márcio Luiz de Souza, o Pe. Josirlei
Aparecido da Silva e o Pe. Giovanni Augusto, que o auxiliaram quando já sentia
o peso da idade, pelos Missionários Claretianos, como o saudoso Pe. Lauro Edgar
de Araújo Franco, CMF, que me acolheu para minha primeira Missa como reitor
daquele Espaço Cultural Ecumênico de Espiritualidade, vontade expressa por Dom
Joviano de Lima Júnior, o então Arcebispo, que me enviou para esse fim àquela
simpática e acolhedora Igrejinha no dia 20 de abril de 2008, com a provisão de
reitor assinada no dia 17 de abril do mesmo ano. Dom Joviano faleceu sonhando
com a Santo Antoninho e o Mosteirinho atrás dela, restaurados, bem como a Casa
da Amizade ao lado, desenvolvendo sua verdadeira função, se tornando um Centro
Social ou Cultural a serviço dos mais pobres da cidade, como consta no próprio inventário.
As queridas irmãs portuguesas desejavam que se continuassem suas obras de
caridade: a distribuição dos pães aos pobres e a hospitalidade às parturientes vindas
do interior, que não tivessem como se hospedar enquanto aguardassem atendimento
na Santa Casa situada no mesmo bairro dos Campos Elíseos.
Desde
o tombamento em 2009, da Igreja conjuntamente com a Academia que já não existe
mais, fizemos um árduo caminho de tentativas para restaurar a Santo Antoninho,
sem êxito. Levamos 5 anos, 5 meses e 35 dias para obter a autorização da
construção de 2 banheiros e a instalação de água e esgoto. Essa realidade mudou
desde 2018, quando por iniciativa do Engº José Roberto Romero e seus
tantos amigos, formamos o Grupo dos Amigos da Igreja Santo Antoninho. No início
éramos mais de 200 pessoas. Com a Pandemia o Grupo diminuiu consideravelmente,
mas continua vivo! Além disso, contamos atualmente com Membros do CONPPAC,
presidido pelo Dr. Lucas Gabriel Pereira, bem mais atentos, solícitos e
dispostos a nos ajudar a preservar e posteriormente restaurar nossa Santo
Antoninho. Somos profundamente agradecidos pela atenção que tanto os já
citados, como também o Secretário da Cultura, Pedro Leão, o Arquiteto Anderson
Abe, o Amir Kalil Dib, o Rodrigo Simões e tantos outros, dispensam à Santo
Antoninho que clama por restauro!
Celebraremos
a Missa de ação de graças pelos 121 anos da Santo Antoninho, no próximo dia 13
de junho, às 8 horas. Desejamos que acolham nossa mais profunda gratidão e a
renovação de nossa fidelidade na busca da restauração desse pedacinho da
história e tão importante patrimônio de nossa Arquidiocese e Cidade de Ribeirão
Preto!
Pe.
Gilberto Kasper
Teólogo
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