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quarta-feira, 10 de abril de 2024
Santa Madalena de Canossa 10 de abril
Santa Madalena de Canossa
10 de abril
Santa Madalena de Canossa nasceu em Verona, no dia 1° de março de 1774, de família nobre e rica, terceira de seis irmãos. Com apenas cinco anos, ficou órfã de pai; dois anos depois, foi abandonada pela mãe, que recasou com o marquês Zenetti de Mântua. A educação de Madalena de Canossa e de seus quatro irmãos foi confiada, nos anos seguintes, a uma governanta francesa, bastante severa, que não compreendendo o caráter da menina, a tratava com excessiva dureza.
Doença e Vocação Religiosa
Aos quinze anos, Madalena foi acometida por uma febre misteriosa, como também por uma dor isquiática violentíssima e uma grave forma de varíola. Essas doenças causaram-lhe asma crônica e uma dolorosa contração nos braços, que pioraram com o passar dos anos.
Durante a convalescença, desabrochou nela a vocação religiosa e o desejo de entrar para o convento, porém não conseguia deixar o pensamento dos pobres e necessitados, que frequentavam o átrio do palácio paterno. Ela sustentava-os de muitas maneiras.
Discernimento Vocacional
Aos 17 anos, seu confessor, o carmelita Estêvão do Sagrado Coração, a aconselhou a fazer um período de experiência no mosteiro de Santa Teresa, em Verona e, depois, naquele das Carmelitas Descalças, em Conegliano. Após alguns meses, ambas as experiências concluíram-se com sua volta a casa, por não ser idônea à vida claustral.
Porém, a Priora do Convento de Verona escreveu-lhe: “Deus manifestou, com clareza, a sua não idoneidade para a vida de religiosa Descalça; porém, isso não queria dizer que a recusava como Esposa”. Então, a Priora propôs-lhe outro diretor espiritual, Padre Luís Ribera, que a exortou a prestar um serviço de caridade na sua família e no mundo.
Santa Madalena de Canossa e a Ordem Terceira das Filhas da Caridade
Em 1804, hospedou, em seu palácio, Napoleão Bonaparte, de passagem por Verona. Napoleão teve a oportunidade de conhecer e admirar Madalena de Canossa e seu zelo apostólico; por isso, ofereceu-lhe um ex-Mosteiro das Agostinianas.
Assim nasceu o primeiro Instituto das Filhas da Caridade, aprovado, em 1816, pelo Papa Pio VII. Ali, Madalena deu catecismo e assistência aos enfermos, mas, sobretudo, instituiu escolas para a educação e formação de moças. Muitas jovens foram atraídas pelo carisma de Madalena e das suas coirmãs.
Novos Institutos e Legado
Com o passar do tempo, surgiram novos Institutos em Veneza, Milão, Bergamo e Trento. Na Congregação, era rejeitada toda forma de tristeza ou melancolia. A fundadora aconselhava, mais que um rigor excessivo, um sereno abandono a vontade de Deus.
No Instituto de Bergamo, Madalena fundou o primeiro centro para professoras camponesas e, a seguir, a Ordem Terceira das Filhas da Caridade, aberto também às mulheres casadas ou viúvas, que se dedicavam, sobretudo, à formação das enfermeiras e professoras.
O Amor do Crucificado e as Filhas da Caridade
O Amor do Crucificado Ressuscitado arde no coração de Santa Madalena de Canossa, que se tornou testemunha desse mesmo amor em diversos âmbitos. Desde a escola de caridade para a promoção integral da pessoa até a assistência aos enfermos, Madalena e suas coirmãs se dedicaram a espalhar o amor de Cristo. Além disso, Madalena instituiu seminários residenciais e cursos de exercícios espirituais, visando sempre o serviço ao próximo.
Em seus últimos dias, Madalena de Canossa enfrentou crises de saúde, mas continuou sua missão com fé e determinação. Seu legado perdura até os dias de hoje, e em 1988 foi canonizada por João Paulo II, reconhecendo sua dedicação e caridade em prol dos mais necessitados. Santa Madalena de Canossa é um exemplo de amor, serviço e compaixão que inspira gerações a seguirem seus passos na busca por um mundo mais justo e solidário.
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