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terça-feira, 7 de junho de 2022
Santo Antonio Maria Gianelli - 07 de junho
– Santo Antonio Maria Gianelli
Nascido no ano da Revolução Francesa, a 12 de abril de 1789, em Cereta, perto de Chiavari, Antônio Maria Gianelli, foi a seu modo, um revolucionário. Ingressou no seminário aos 19 anos e foi ordenado padre quatro anos depois. Professor de letras e de retórica, teve entre seus alunos jovens destinados a brilhar no firmamento cristão, como o venerável Frassinetti. Para recepcionar o novo bispo, Dom Lambruschini, o professor Gianelli organizou em Gênova um recital intitulado “A reforma do seminário”, que teve notável repercussão. Eram os anos da Restauração, após o incêndio napoleônico. De 1826 a 1838 foi arcipreste de Chiavari. Este período, que ele chamará de “má cultivação”, foi marcado por muitas inovações pastorais na sua paróquia e pela criação de várias instituições, como um seminário próprio e a redescoberta da Suma de São Tomás na pregação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio. Sob o nome incomum de Sociedade Econômica, encaminhou uma instituição beneficente cultural e assistencial confiada por padre Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade” para a instrução gratuita das meninas pobres.
Era o esboço da fundação que iria acontecer em 1829, das Filhas de Maria, conhecidas ainda como irmãs Gianellinas, destinadas a uma rápida expansão e a um profícuo apostolado na América Latina. Dois anos antes havia criado uma pequena congregação missionária, colocada sob o patrocínio de Santo Afonso Maria de Ligório para a pregação de missões ao povo e organização do clero. Em 1838 foi eleito bispo de Bobbio; ajudado pelos ligorianos, a sua jovem congregação, que ele reconstituiu com o nome de Oblatos de Santo Afonso, reorganizou o tecido eclesiástico da sua diocese, removendo párocos pouco zelosos e expulsando os indignos. Entre os seus ligorianos existiu também um apóstata, padre Cristovão Bonavino, brilhantíssima inteligência, mais conhecido com o pseudônimo de Ausônio Franchi; racionalista e ateu, que voltou depois à genuína fé cristã, abjurando suas obras precedentes com Última Crítica, e prestando um testemunho público de devoção a Gianelli, que esteve ao seu lado nos momentos mais agudos de sua crise espiritual. O santo das irmãs, como é chamado na América Latina, onde ainda florescem suas instituições femininas, acabou prematuramente sua vida terrena, na idade de 57 anos, a 7 de junho de 1846. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII a 21 de outubro de 1951.
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