Primeiro grupo de motociclistas católicos do Brasil fundado em maio de 2016. REGISTRADO NO TOMBO DA PARÓQUIA DE SANTA ÂNGELA DE RIBEIRÃO PRETO
quinta-feira, 28 de abril de 2022
S. LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT
S. LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT, PRESBÍTERO FUNDADOR DA COMPANHIA DE MARIA 28
abril “Eu não acho que uma pessoa possa ter uma união íntima com Nosso Senhor e
uma perfeita fidelidade ao Espírito Santo, sem não tiver uma grandíssima união
com a Santíssima Virgem”. Eis o fundamento da espiritualidade de Luís Maria
Grignion de Montfort. “Toda a nossa perfeição - escreveu – consiste em ser
conforme, unidos e consagrados a Jesus”; imitar Maria quer dizer seguir “a
criatura mais conforme a Jesus”. Luís Maria Grignion, segundo de dezoito filhos,
nasceu no dia 31 de janeiro de 1673, em Montfort-sur-Meu, em uma família da
Bretanha, profundamente cristã. Ali, viveu apenas poucas semanas, após ter
recebido o batismo um dia depois do seu nascimento. Predisposição à vida
interior Apesar das dificuldades econômicas, aos 12 anos frequentou o colégio
jesuíta de São Tomás Becket, em Rennes; a seguir, transferiu-se para Paris, onde
entrou para o seminário de São Sulpício e estudou na Universidade Sorbonne. Com
27 anos, em 5 de julho de 1700, dia de Pentecostes, foi ordenado sacerdote.
Algumas testemunhas narram que ele permaneceu o dia inteiro em adoração como “um
anjo diante do altar”. Defesa da verdade diante da heresia jansenista Luís Maria
Grignion era um homem de oração e ação. A sua obra evangelizadora distinguiu-se
logo pela defesa da fé católica contra o racionalismo, protestantismo,
galicanismo e o difuso jansenismo. Um dos seus primeiros encargos foi o de
capelão do hospital de Poitiers. Era muito amado pelos doentes e pobres, devido
ao seu zelo missionário e dedicação incondicionada, o que causou inimizade entre
alguns sacerdotes, pelo seu comportamento excêntrico. Por isso, teve que deixar
o cargo. Peregrinação a pé e missão popular Após dois meses de peregrinação a
pé, em 1706, chegou a Roma; ali recebeu o título de “Missionário Apostólico” do
Papa Clemente XI, do qual recebeu também de presente um crucifixo de marfim, -
que sempre o levou consigo – com o convite de se dedicar à evangelização da
França. Antes de voltar à sua pátria, Luís Maria Grignion, que gostava de se
definir “servo de Maria”, visitou a Santa Casa de Loreto; ele era muito atraído
pela vida de submissão de Jesus à Virgem na casa de Nazaré. Ele continuou a ser
impedido na diocese de Poitiers. Por isso, dedicou-se à missão popular, entre os
habitantes da zona rural da nativa Bretanha e da Vandea, e à edificação da
Igreja, não apenas espiritual, mas também física, reconstruindo até algumas
capelas. “A verdadeira devoção mariana é cristocêntrica” Seguir Maria para
“encontrar Jesus Cristo”: esta convicção de Luís Maria transformou-se em uma
pastoral, cuja centralidade era o culto à Virgem Maria, a propagação da oração
do Terço e a organização de procissões e celebrações marianas. A cruz “fonte de
sabedoria” Luís Maria Grignion nunca fugiu da cruz; pelo contrário, não obstante
a sua grande estima entre os fiéis, sofreu pela perseguição, dentro e fora da
Igreja. O Bispo de Nantes, por exemplo, negou-se abençoar o Calvário que o
sacerdote havia construído, com a contribuição de muitas pessoas, ao término da
sua missão em Pontchâteau. A sua obra foi destruída e reconstruída, várias
vezes: primeiro, sob o reinado de Luís XIV e, depois, durante a Revolução
Francesa. Mas, o missionário nunca desanimou e comentava: “Se não pudermos
edificar a cruz aqui, a edificaremos em nosso coração”. “Totus tuus” Nos últimos
anos de vida, o santo fez pregações nas dioceses de Luçon e La Rochelle, a
pedido dos respectivos bispos, abertamente contrários aos jansenistas. No dia 28
de abril de 1716, enquanto participava de uma missão, São Luís Maria Grignion de
Montfort faleceu de pneumonia, com a idade de 44 anos. Todo o povo se reuniu
diante do seu leito de morte para receber a sua bênção. Luís Maria Grignion foi
beatificado, em 1888, pelo Papa Leão XIII e canonizado, em 1947, por Pio XII. O
próprio Papa João Paulo II, que o inscreveu no Calendário geral da Igreja, em
1996, adotou para o seu Pontificado o moto “totus tuus”, extraído da sua
espiritualidade. São Luís Maria Grignion de Montfort, fundador das Filhas da
Sabedoria (1703) e da Companhia de Maria (1705), é recordado pelos seus escritos
marianos, como o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, redigido em
1712. Esta obra permaneceu escondida em um cofre por 150 anos; ao ser
reencontrada, em 1842, foi publicada no ano seguinte. Hoje, é traduzida em
numerosas línguas, por ser o ponto de referência da espiritualidade mariana
mundial.
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