A IGREJA
SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES CORRE RISCO DE DESABAR (III)!
Pe. Gilberto Kasper
Mestre em Teologia
Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e
Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da
Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do
Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia
Santa Tereza de Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese
de Ribeirão Preto e Jornalista.
Projetos de restauro da
Igreja foram apresentados inúmeros ao CONPPAC, que não nos retornou
positivamente. Nosso arquiteto Anderson Abe procurou incansavelmente o CONPPAC
com projetos de restauro atualizados, sem êxito. Quando muito, encontrava na
Casa da Cultura somente um simpático Guarda, porém ninguém do CONPPAC
propriamente dito. Havia uma promessa de restauro tanto da Casa da Amizade como
da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres, que nos “iludiu” pelo menos ao longo
de oito anos. Conforme o próprio testamento contempla, depois de um acerto com
uma Construtora que assuma a construção de um Prédio em terrenos do Espólio na
Rua Rio de Janeiro com o nome da Família Proença da Fonseca, pela preservação
do Templo e do Mosteirinho, a mesma deveria contribuir com o restauro de ambos.
Palavras repetidas inúmeras vezes pelo atual inventariante, Dr. José Arnaldo
Viana Cione.
No ano de 2021,
um Senhor chamado Jesus, como zelador da Casa da Amizade, me disse ter sido
contratado pelo Dr. José Arnaldo Vianna Cione, para zelar tanto pela Casa como
pelo vasto terreno que a rodeia. Já a Zeladora da Igreja, que se esmera
incansavelmente para deixar nossa Igreja sempre limpa, para acolher as pessoas
que participam das Missas Dominicais, dos Batizados, das reuniões da Pastoral
da Pessoa Idosa e dos Enfermos que atendem 268 Famílias por mês e pelos
Participantes do Estudo Bíblico Mensal que realizamos, é a Senhora Antônia de
Pádua Salermo.
A imprensa,
sempre que se referiu a Patrimônio Tombado em nossa Cidade de Ribeirão Preto,
nunca considerou o Tombamento Provisório seja da Casa da Amizade, na Avenida
Saudade, 222, como da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres, na Avenida Saudade,
202. Desde que obtivemos a Escritura
separada da Casa da Amizade, graças ao Dr. João Gandini, enquanto ainda era
juiz ativo, passamos a ter o número 202
e não mais 222. Os recibos da CPFL e do DAERP vêm com o número 202 e não mais 222. Nossa Igreja
“tombada” só foi notícia quando tantas vezes arrombada. Era também lembrada,
quando no dia 25 de julho, procedíamos a Bênção dos Motoristas diante dela. A
Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres nunca foi mencionada e valorizada seja
pelo CONPPAC seja pela Imprensa, quando trata de Tombamentos na Cidade. Só se
referem a grandes obras no Centro da Cidade e aos Museus que igualmente
tombados, estão literalmente caindo e apodrecendo. Nossa Igreja está sendo sim,
muito bem cuidada e embora, não restaurada, é acolhedora para “perpetuar a
tradição religiosa” da Família doadora Proença da Fonseca!
Finalmente penso
que se nossa Igreja não fosse tombada, já teríamos conseguido junto à
Comunidade um restauro digno da colocação de sua pedra fundamental em 13 de junho
de 1892.
Ao Poder Público
nunca solicitamos auxílio de verba para restaurar nossa amada Santo Antoninho.
Para isso foi criado um Grupo de “Amigos da Santo Antoninho”. O que nos deixa
desolados, é a inércia, são as dificuldades impostas por parte da Prefeitura
Municipal, suas Secretarias como a do Meio Ambiente, da Cultura, Limpeza Urbana
que ao invés de servir a Comunidade, implica até mesmo com a poda de uma árvore
“Farinha Seca”, cujas folhas entopem as calhas e rufos do Salão Paroquial da
Igreja Santa Teresa D’Ávila do Jardim Recreio. Quando emitimos algum elogio aos
serviços prestados, e o fazemos sem demagogia, a resposta seja do Prefeito
Municipal, seja de sua assessoria é imediata. Quando reclamamos ou solicitamos
algum serviço um pouco mais complexo, ficamos sem resposta. Há alguns
Servidores Públicos muito dedicados e zelosos. Já os que os coordenam nem
sempre contemplam as reais necessidades da Comunidade. Elencam dificuldades,
citam leis descabidas e não atendem como deveriam, os cidadãos que em última
análise pagam seus salários, com os impostos nada baixos, cobrados a cada ano
com aumentos consideráveis. Conclamo, finalmente, que reflitamos sobre o que
penso alto e subscrevo em forma de desabafo e a busca de nossa consciência
cidadã!
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