ADVENTO, MEMORIAL DA ESPERANÇA!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Reunindo
desejos, sonhos e utopias da humanidade por profundas transformações e dias
melhores, manifestadas em veementes clamores em nossos dias, iniciamos o tempo
do Advento,
o memorial da esperança, que alarga nossa vida para acolher o grande
mistério da encarnação. Na perspectiva do Natal e Epifania do Senhor, como
acontecimentos sempre novos e atuais, vislumbramos vigilantes e esperançosos, a
lenta e paciente chegada de seu Reino e sua manifestação em nossa vida e na
história. O Senhor nos garante que, nesta espera, não seremos desiludidos.
A
coroa do Advento, feita com ramos verdes, fita vermelha, com quatro velas que
progressivamente se acendem, com um rito apropriado, nos quatro domingos do
Advento, retoma o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade
dispersa pelos quatro pontos cardeais, expressa nossa prontidão e abertura ao
Senhor que vem e quer nos encontrar acordados e com nossas lâmpadas acesas.
A
Novena de Natal, preparada carinhosamente pelo nosso Seminário Maria Imaculada,
pela Comissão para a Liturgia da Arquidiocese de Ribeirão Preto, o Pilar do
Pão, e alguns padres colaboradores, é um instrumento muito importante para
ajudar-nos viver, em família e em comunidade, este tempo de piedosa e alegre
expectativa, este tempo de preparação para o Natal do Senhor. Neste ano ela é novamente
impressa. Basta encomendá-la pelo Site: www.arquidioceserp.org.br.
Advento
é também tempo especial de escuta e atenção à Palavra de Deus. Tempo de nos engravidar da Palavra, gestando em nós e
entre nós o Verbo, como Maria, figura que tem especial destaque neste tempo.
Esperança tem muito a ver com perseverança. Perseverar em Deus.
Não se trata de esquecer o que vivemos e seguirmos como se nada tivesse acontecido.
Podemos viver calejados, com cicatrizes na alma, algumas vezes com momentos de
dor, mas nunca perder a Esperança de que dias melhores virão.
A Esperança não nos ilude, mas nos faz caminhar com serenidade,
acreditando que novas possibilidades surgirão, como nos fazia ver o Papa
Francisco quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires: “Caminhar, de certo modo, já é entrar numa Esperança viva. Assim como a
verdade, a Esperança é um dom que nos faz seguir adiante e nos convida a
acreditar que cada novo dia trará consigo o pão necessário para a nossa
subsistência”.
Como alpinistas da graça divina, precisamos seguir em frente. Do
meio das sombras nascerá a luz. Na hora da dor, brotará a verdadeira Esperança.
Bem por isso, iniciamos o rico tempo
em preparação ao Natal do Senhor, a Luz que veio iluminar os corações aquecidos
pelo Príncipe da paz, num Advento, O Memorial da Esperança!
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