Primeiro grupo de motociclistas católicos do Brasil fundado em maio de 2016. REGISTRADO NO TOMBO DA PARÓQUIA DE SANTA ÂNGELA DE RIBEIRÃO PRETO
terça-feira, 30 de novembro de 2021
Evangelho de hoje
Santo André - Apóstolo e Martir
Apolônio de Carvalho
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
São Saturnino de Tolouse
Evangelho de hoje
ADVENTO, MEMORIAL DA ESPERANÇA! Pe. Gilberto Kasper
ADVENTO, MEMORIAL DA ESPERANÇA!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Reunindo
desejos, sonhos e utopias da humanidade por profundas transformações e dias
melhores, manifestadas em veementes clamores em nossos dias, iniciamos o tempo
do Advento,
o memorial da esperança, que alarga nossa vida para acolher o grande
mistério da encarnação. Na perspectiva do Natal e Epifania do Senhor, como
acontecimentos sempre novos e atuais, vislumbramos vigilantes e esperançosos, a
lenta e paciente chegada de seu Reino e sua manifestação em nossa vida e na
história. O Senhor nos garante que, nesta espera, não seremos desiludidos.
A
coroa do Advento, feita com ramos verdes, fita vermelha, com quatro velas que
progressivamente se acendem, com um rito apropriado, nos quatro domingos do
Advento, retoma o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade
dispersa pelos quatro pontos cardeais, expressa nossa prontidão e abertura ao
Senhor que vem e quer nos encontrar acordados e com nossas lâmpadas acesas.
A
Novena de Natal, preparada carinhosamente pelo nosso Seminário Maria Imaculada,
pela Comissão para a Liturgia da Arquidiocese de Ribeirão Preto, o Pilar do
Pão, e alguns padres colaboradores, é um instrumento muito importante para
ajudar-nos viver, em família e em comunidade, este tempo de piedosa e alegre
expectativa, este tempo de preparação para o Natal do Senhor. Neste ano ela é novamente
impressa. Basta encomendá-la pelo Site: www.arquidioceserp.org.br.
Advento
é também tempo especial de escuta e atenção à Palavra de Deus. Tempo de nos engravidar da Palavra, gestando em nós e
entre nós o Verbo, como Maria, figura que tem especial destaque neste tempo.
Esperança tem muito a ver com perseverança. Perseverar em Deus.
Não se trata de esquecer o que vivemos e seguirmos como se nada tivesse acontecido.
Podemos viver calejados, com cicatrizes na alma, algumas vezes com momentos de
dor, mas nunca perder a Esperança de que dias melhores virão.
A Esperança não nos ilude, mas nos faz caminhar com serenidade,
acreditando que novas possibilidades surgirão, como nos fazia ver o Papa
Francisco quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires: “Caminhar, de certo modo, já é entrar numa Esperança viva. Assim como a
verdade, a Esperança é um dom que nos faz seguir adiante e nos convida a
acreditar que cada novo dia trará consigo o pão necessário para a nossa
subsistência”.
Como alpinistas da graça divina, precisamos seguir em frente. Do
meio das sombras nascerá a luz. Na hora da dor, brotará a verdadeira Esperança.
Bem por isso, iniciamos o rico tempo
em preparação ao Natal do Senhor, a Luz que veio iluminar os corações aquecidos
pelo Príncipe da paz, num Advento, O Memorial da Esperança!
Evangelho de ontem
São Tiago das Marcas
Apolônio de Carvalho
domingo, 28 de novembro de 2021
Carbalildo
Apolônio de Carvalho
sábado, 27 de novembro de 2021
carbalildo
São Virgílio- Bispo
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
São Leonardo de Porto Mauricio
Evangelho de hoje
Carbalildo
Evangelho de hoje
Santa Catarina de Alexandria
Apolônio de Carvalho
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Carbalildo
Apolônio de Carvalho
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Evangelho de hoje
Santo André Dung-Lac e os companheiros martires
Apolônio de Carvalho
terça-feira, 23 de novembro de 2021
São Clemente - Papa e Martir
Evangelho de hoje
Carbalildo
Apolônio de Carvalho
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Evangelho de hoje
Carbalildo
SANTA CECÍLIA - 22 DE NOVEMBRO
HISTÓRIA DE
SANTA CECÍLIA
.
Santa
Cecília nasceu provavelmente no ano
150, em Roma. Era filha de um Senador Romano, da família nobre dos Metelos. Era
cristã, e desde pequena fez voto de castidade para viver o Amor de Deus e de
Cristo. Como cristã numa época tão antiga, e em Roma, ela certamente herdou a
fé dos discípulos de São Paulo, que levou
a fé até Roma, e de São Pedro, o
primeiro papa.
Cecília herdou a fé desses santos homens e de tantos outros que foram martirizados
exatamente em Roma. O cristianismo que Cecília recebeu em sua formação, era o
cristianismo dos mártires, dos heróis da fé. Cecília foi cristã numa Igreja
perseguida, numa Igreja que ainda era minoritária, porém, cheia de profunda fé,
esperança e coragem.
História
de Santa Cecília
No
transcorrer normal de sua vida, quando jovem ela foi prometida e dada em
casamento a um jovem chamado Valeriano. No dia do casamento ela estava muito
triste. Então, ela chamou seu noivo disse a ele toda verdade sobre sua
fé. Disse que tinha feito voto de castidade para Deus, e começou a falar das
glórias de Deus e de Jesus Cristo ao
jovem, que a ouvia boquiaberto com a força de suas palavras e a convicção que
vinha de seu coração.
Tamanho foi o poder das palavras de Cecília que, após ouvi-la, ele se
converteu, entendeu a promessa de sua noiva e disse que iria respeitá-la em sua
decisão. Naquela mesma noite ele recebeu o batismo. Valeriano contou o que
ocorrera para seu irmão Tiburcio e este também, impressionado, se converteu.
Ambos eram pagãos.
A
primeira canção de Santa Cecília
Santa
Cecília, então, vendo a maravilha que Deus estava operando através dela,
agradecida, cantou para Deus: Senhor, guardai sem manchas o
meu corpo e minha alma, para que não seja confundida. Foi um
canto inspirado e emocionante, que tocou profundamente o coração de todos. Daí
vem o fato de ela ser considerada a padroeira dos músicos cristãos.
O prefeito
de Roma, Turcius Almachius, teve conhecimento da conversão dos dois irmãos e
quis o tesouro dos dois irmãos nobres e ricos. Os dois irmãos, porém, já tinham
distribuído todos os seus bens aos pobres. O prefeito de Roma exigiu, então,
sob pena de morte, que os dois abandonassem a nova fé. Os dois, porém,
alimentados com a força do cristianismo nascente
e cheios do poder de Deus, não renegaram sua fé. Assim, foram condenados à
morte e decapitados.
Milagres
de Santa Cecília
Santa
Cecília foi chamada ao conselho romano
logo em seguida. Isso aconteceu provavelmente no ano 180. O conselho
exigiu primeiro que ela revelasse onde estaria o tesouro dos dois irmãos. Ela
disse que tudo já tinha sido distribuído aos pobres.
O prefeito, furioso, exigiu que ela renunciasse a fé cristã e adorasse
aos deuses romanos. Cecília negou-se mostrando muita coragem e serenidade
diante de todos. Condenaram-na à tortura. Mas, estando ela diante dos soldados
romanos para ser torturada, ela falou a eles sobre as maravilhas de Deus, sobre
a verdadeira religião, sobre sentido da vida, que é o seguimento de Jesus
Cristo. Os soldados, maravilhados com uma mensagem que nunca tinham ouvido,
ficaram do lado de Cecília, dizendo que iriam abandonar o culto aos deuses.
Essas inúmeras conversões foram milagres que Deus operou através de Santa
Cecília para que essas pessoas alcançassem a felicidade e a salvação.
O prefeito então, aborrecido e furioso, deu ordens para outros algozes
trancarem Santa Cecília no balneário de águas quentes do seu próprio castelo,
logo na entrada dos vapores. Ali, ela seria asfixiada pelos vapores ferventes
que aqueciam as águas. Ninguém conseguia ficar ali por mais de alguns minutos.
Era morte certa.
Porém, para surpresa de todos, milagrosamente ela foi protegida e nada
lhe aconteceu. Todos ficavam impressionados com a fé daquela jovem, frágil, que
enfrentava a morte sem receio por causa da grande fé que tinha em seu coração.
Mas o prefeito, irredutível, mandou que ela fosse morta com três golpes de machado
em seu pescoço.
O algoz obedeceu, mas não conseguiu arrancar sua cabeça, coisa que ele
estava acostumado a fazer com apenas uma machadada. Santa Cecília permaneceu
viva ainda por 3 dias, conversando e dando conselhos a todos que corriam para
vê-la e rezar por ela.
Martírio
de Santa Cecília
Por fim, pressentindo sua morte iminente, Santa Cecília pediu para o
Papa entregar todos os seus bens aos pobres e transformar sua casa numa igreja.
Antes de sua morte, em seus últimos momentos neste mundo, sentindo que sua
missão estava cumprida mesmo ela sendo ainda tão jovem, Cecília conseguiu
cantar louvando a Deus, cantando as maravilhas de Deus.
Por isso,
ela é a padroeira dos músicos e da música sacra. Depois disso, a fisicamente
frágil e interiormente forte jovem romana que desafiou os poderes deste mundo,
entregou seu espírito ao Pai Celestial. Após sua morte ela foi sepultada pelos
cristãos na catacumba de São Calisto e
desde então passou a ser venerada como mártir.
Descoberta
do túmulo de Santa Cecília
O túmulo
de Santa Cecília ficou desaparecido por muitos séculos. No século IX, Santa
Cecília apareceu ao Papa Pascoal l (817-824).
Logo após este fato, seu túmulo foi encontrado e lá estava o caixão com as
relíquias da Santa.
O corpo dela estava intacto, na mesma posição em que ela foi enterrada.
Ao lado da Santa estavam também os corpos de Valeriano e Tiburcio. No ano de
1599, o Cardeal Sfondrati mandou abrir o tumulo de Santa Cecília, e seu corpo
foi encontrado na mesma posição que estava quando o Papa Pascoal l a encontrou.
Sua festa é celebrada em 22 de novembro, dia dos músicos e da música.
Oração
a Santa Cecília
Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde
a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo a coroa
do martírio, convertendo pagãos ao cristianismo, alcançai-nos a graça de
progredir cada vez mais na fé e professá-la através do testemunho das boas
obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. Alcançai-nos também
a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais.
Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam
para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade
de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação
eterna.
Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós.
Amém.
MINHA PRIMEIRA NOÇÃO DE CÉU! Pe. Gilberto Kasper
MINHA PRIMEIRA NOÇÃO DE
CÉU!
Pe. Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’Ávila, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Era
domingo, Festa Litúrgica da Sagrada Família, Padroeira da Paróquia de Três
Corôas (RS), onde fui batizado no dia
Minha
mãe com 25 anos de idade também estava presente. Éramos quatro filhos: o mais
velho com 6, eu com 4, o terceiro com 2 anos e minha irmãzinha, internada com
uma enfermidade sem cura na época, com apenas 5 meses de idade. Ela faleceu no
dia do enterro de meu pai.
Na
manhã seguinte, dia 15 de janeiro de 1962, às 7 horas, meu pai cometeu
suicídio. Disparou um único tiro no ouvido direito, que saiu no olho esquerdo.
Minha mãe e nós três meninos estávamos na casa dos avós paternos. Meu pai deixou
seu caminhão em frente ao atacado de cereais que possuía, subiu ao quarto do
casal na residência sobre o mesmo atacado e disparou com seu revólver calibre 38.
Seu sócio ao ouvir o tiro chamou meu avô paterno para entrarem juntos no
recinto. Eu, sempre o mais curioso dos três corri atrás e assisti aquela cena
em que socorriam meu pai todo ensanguentado. Levaram-no ao Hospital bem próximo
de nossa casa.
Todo o
povoado se concentrou em frente ao Hospital numa corrente de oração, sem
naturalmente compreender por que meu pai cometera o suicídio, que na minha
modesta opinião é o ápice do encontro da coragem com a covardia. Meu pai
sobreviveu por 12 horas. Por volta de 16 horas recobrou a consciência e pediu
para falar com minha mãe, meu irmão mais velho e o padre. Segundo o próprio
padre me contou anos mais tarde, meu pai balbuciou seu arrependimento e recebeu
a então chamada “Extrema Unção”! Faleceu às 19 horas.
Quando
minha mãe, minha avó paterna e minha tia (a irmã de meu pai) retornavam do
Hospital, estávamos todos apreensivos por notícias. Quando meu irmão mais velho
perguntou pelo pai, nossa tia apontou para um pôr de sol magnificamente indescritível
de tão belo. O sol se despedia, debruçando-se sobre uma montanha rochosa que
fica diante da casa de nossos avós. Ela nos disse: “Vejam como o céu se vestiu
lindamente. Foi para receber o pai de vocês. Agora ele está lá, no colo de
Deus, acariciado por Nossa Senhora”! Certamente gravado em meu subconsciente,
ao alcançar a adolescência, ganhando minha primeira máquina fotográfica, passei
a fotografar pôr de sol. De todas as minhas fotografias, as que mais me
agradavam, eram as de pôr de sol. Com o passar do tempo descobri que naquele
pôr de sol, me fora dado Minha Primeira Noção de Céu!
Durante
o mês de setembro refletimos amplamente a prevenção ao suicídio. Quis minha
história de vida, colocar-me em contato com a morte, que dói tanto, por meio do
suicídio de meu amado pai. Ao longo de meu ministério presbiteral, acompanhei
com profundo zelo e sensibilidade pastorais, as famílias que, como a minha,
precisaram lidar com o suicídio. E não foram poucas. O suicídio não só mata
quem se suicida. Mata também um porquinho de cada membro da família que se vê
obrigada a entregar uma pessoa que ama com tamanha crueldade. Meu pai teve a
graça do arrependimento e da Unção dos Enfermos. Continuo acreditando no dedo
de minha tia apontando para aquele belíssimo pôr de sol, Minha Primeira Noção de Céu!