EDUCADORES E EDUCANDOS!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
O mês de outubro é marcado pelo Dia da Criança (Educando) e do
Professor (Educador). O que costumamos chamar de “Educação de Berço” já não existe mais. Se até mesmo o leite
materno é terceirizado no quarto mês de vida da criança, imaginem a educação!
Os Educadores acolhem que tipo de Educandos? Crianças repletas de estímulos
que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridas na era
digital. Pais de famílias oriundas da pobreza, que trabalham tanto, que não têm
como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los
para a vida. Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas
pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para
dentro da maioria das escolas.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha
infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível
faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não
cumprir as obrigações escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com
os educandos de hoje repletos de estímulos. Estímulos de que? De passar o dia
na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas
horas da noite, brincando no Orkut e Whats App ou o que é ainda pior,
envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
O que tínhamos nós, os mais velhos, há anos atrás de
estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria! E como afirma o
Papa Francisco, éramos movidos pelas expressões e atitudes: com
licença, por favor e muito obrigado!
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão,
seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas
vão ganhar mais. Para que o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não
vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção
de somente brincar com os amigos, de ir a piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela Pátria.
Cantávamos o Hino Nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e
sabíamos, ao contrário de hoje, ler, escrever e fazer contas com fluência, sem
brincar com celulares durante as aulas. Se não soubéssemos não iríamos para a
5ª série – não havia aprovação progressiva. Precisávamos passar pelo terrível,
mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso. Não nos
prometiam recompensas para passarmos de ano. A recompensa era o sabor da
conquista pessoal.
Sintam-se convidados, especialmente os Professores, para
a Celebração da Padroeira de nossa Paróquia Santa Teresa D’Ávila, a Protetora
dos Professores, presidida por nosso Mestre Maior, Dom Moacir Silva, Arcebispo
Metropolitano de Ribeirão Preto, no dia 15 de Outubro, sexta-feira, às 19 horas
e 30 minutos, na Praça das Rosas no Jardim Recreio.
Nossa Senhora Aparecida, Mãe, Rainha e Padroeira do
Brasil proteja nossas crianças e Santa Teresa de Jesus, Doutora, incentive
nossos Professores!
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