Primeiro grupo de motociclistas católicos do Brasil fundado em maio de 2016. REGISTRADO NO TOMBO DA PARÓQUIA DE SANTA ÂNGELA DE RIBEIRÃO PRETO
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Colhemos o que Plantamos
Papa Pio V - Papa e Confessor
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
quinta-feira, 29 de abril de 2021
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS QUINTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
QUINTO
DOMINGO DO TEMPO PASCAL
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé
A Liturgia da Palavra deste Quinto Domingo do Tempo
Pascal sublinha a união vital dos discípulos com o Ressuscitado, do batizado com sua comunidade de fé. Esta união vital Jesus a
explica através da alegoria da videira. Ele mesmo se apresenta como a “videira verdadeira” e nós, seus discípulos, os ramos, vitalmente unidos a ele. No
primeiro Testamento, a videira era considerada o símbolo do povo eleito de Deus.
Mas esta videira não correspondeu às expectativas do “agricultor”.
O Pai (o agricultor) desejou que o
Filho fosse o tronco da videira e nós os ramos. Se estivermos unidos à videira,
que é Jesus, também daremos os frutos que Jesus deu e então poderemos ser
Cristo para os nossos irmãos; sendo instrumentos de transformação em suas
vidas. Não existe vida para o ramo, se ele estiver separado do tronco. O ramo
que se separa da cepa, seca e morre sem produzir frutos, vira lenha e é lançado
ao fogo. Portanto, sem Jesus não há vida, não há frutos. Os frutos aqui
evocados são a santidade de uma vida fecunda pela união a Cristo (cf. Catecismo da Igreja
Católica, n. 2074).
Jesus ressuscitado é a Videira e nós somos os ramos dessa Videira. São Paulo ensina que, pelo Batismo, nos tornamos Corpo de Cristo, membros do seu corpo (cf. Ef 5,30). Então no Batismo, o Espírito Santo nos enxerta como ramo na Videira, que é Jesus Cristo, e, consequentemente, “pelo poder do Espírito santo, participamos da Paixão de Cristo, morrendo para o pecado, e da Ressurreição, nascendo para uma vida nova; somos os membros de seu Corpo, que é a Igreja, os sarmentos enxertados na Videira, que é ele mesmo” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1988). Os ramos que não se alimentam da seiva do tronco murcham, secam e são jogados fora. Assim também nós, se não nos nutrirmos do Espírito de Deus, definhará a vida, gerada em nós pelo Batismo. Os ramos que se mantém unidos ao tronco recebem a seiva da vida que os torna fortes, vigorosos e férteis. Produzem muitos frutos e de excelente qualidade, como os de Jesus: perfeitos e comestíveis. Como ramos da videira, precisamos nos deixar impregnar por sua seiva, que é Jesus Cristo, assim “estareis capacitados a entender, com todos os santos, qual a largura, o cumprimento, a altura, a profundidade” (Ef 3,18) do amor de Deus. A nova comunidade, que Jesus ressuscitado inaugura, resulta da união vital entre ele e seus seguidores.
Jesus repete por oito vezes a
palavra “permanecer”. Para nós (os
ramos) é vital permanecer no amor. Permanecer em Deus. O amor tem um rosto: no
rosto de Cristo crucificado vemos Deus. “Quem
me vê, vê o Pai” (Jo 14,9). Como a planta
precisa de água, nós também precisamos da “Água Viva”, o Espírito de Deus, para nos
encharcar desse amor. Ao permanecer nesse amor, a nossa alegria é completa,
nada nos falta. Nossa vida cristã depende dessa união: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5), isto é, os frutos que produzimos
vêm da união a Cristo. Quem não permanecer unido, secará e perderá a vida. Esta
união é fonte de energia, é graça de Deus. Estar unido é produzir frutos.
Quem ama sofre, pois o amor exige
renúncia. Por isso, Jesus revela que, estar unido a ele é ter que suportar as
podas para produzir mais frutos. Mesmo que a poda seja sofrida tanto para o
agricultor, como para a videira e os ramos, ela se faz necessária. Sem ela, os
ramos acabam prejudicando toda a videira, a qual não produzirá os frutos
esperados. Muitas vezes, as podas do “Agricultor” (Deus) podem ser dolorosas e
não entendermos como acontecem. Podem ser uma doença, um acidente, determinada
provocação ou sofrimento que, no curso do tempo, se transformam em graça e
melhor qualidade de vida. São podas que fazem parte do plano de salvação de
Deus, para cada pessoa ou comunidade. A correção de Deus é de um Pai amoroso,
que deseja ver seus filhos realizados e felizes.
A Palavra de Deus deste Quinto Domingo do Tempo
Pascal é um profundo convite a cada um e à Igreja
toda, diante de um mundo sedento da seiva do amor de Deus, o amor gratuito entre as pessoas. A Comunhão e Participação expressa pelos
Bispos reunidos em Puebla em 1979, e o Discipulado junto à Missionariedade tão desejada pelos Bispos reunidos em Aparecida em 2007, somados à Pastoral de nossa
Arquidiocese de Ribeirão Preto nos identificam com os ramos “grudadinhos” na Videira, Jesus Cristo, o centro de
toda nossa Pastoral, do sentido de nossa Eclesialidade. Queremos, unidos a
Cristo, produzir frutos saborosos e que alimentem nossas Comunidades de Fé.
Quem se omite ou se sente dispensado do compromisso de promover o amor gratuito de sua Comunidade, desliga-se da Videira (Jesus Cristo) e seca, deixando muitas vezes, uma videira
incompleta e frágil, ao invés de robusta e viril! Por vezes, determinadas podas ou surras que a vida nos dá, bem administradas, nos tornam ainda mais
robustos e férteis no serviço à Comunidade que nos tem como ramos preciosos, alimentados pela Videira, Jesus Cristo, o centro da Igreja que formamos!
Saibamos alimentar nossa fé,
esperança, sentido cristão, novo ânimo, novas perspectivas e horizontes,
bebendo da seiva do amor da verdadeira Videira, tornando-nos uma Igreja linda, vistosa e saborosa a alimentar um
mundo vazio de sentido, oprimido, porque oco de Deus!
Com ternura e gratidão,
desejando-lhes bênçãos, meu abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler At
9,26-31; Sl 21(22); 1 Jo 3,18-24 e Jo 15,1-8)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de
Maio de 2021, pp. 19-24 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo da Páscoa –
Maio de 2021, pp. 55-60.
OMISSÃO E HIPOCRISIA SÃO PARENTES! Pe. Gilberto Kasper
OMISSÃO E
HIPOCRISIA SÃO PARENTES!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
O presente artigo não pretende esgotar a reflexão sobre a Omissão compreendida como parente da Hipocrisia, já que nos porões de minha
consciência amadurece um pequeno livrinho sobre o candente tema. Mas há
frequente coceira em meus dedos, pedindo-me digitar pelo menos algumas linhas,
que possam provocar nossa relação humana diante desse mau hábito!
A omissão, embora declarada “pecado”
na fórmula penitencial que tanto pronunciamos em nossas celebrações católicas:
“Confesso a Deus... que pequei por
pensamentos, palavras, atos e omissões...”
parece não ser muito considerada em nossas relações, a começar da própria
família. Desde a educação familiar, sabemos de mães que omitem erros cometidos
pelos filhos, aos maridos, para evitar agressões, transtornos e tantos outros
tipos de confusão.
As pessoas se omitem com muita
facilidade, quando conclamadas a tomar decisões, comprometerem-se com situações
que ameacem seu prestígio ou cargos que se lhes foram confiados. “Não sei de nada... Não vi nada... Não ouvi
e tais coisas não me dizem respeito...” são desculpas da maioria de
agrupamento de pessoas, quando responsáveis pelas mais variadas instituições de
nossa sociedade, especialmente de nossos governantes!
As omissões são frequentes na esfera
social, política e também eclesial. Enquanto determinadas pessoas nos convém,
somos coniventes até mesmo com atitudes nem sempre recomendadas ou
“politicamente incorretas”. A partir do momento em que não preenchem mais
nossos caprichos, princípios lícitos ou não; quando perguntam o desnecessário
ou se tornam inconvenientes, nossa tendência é imediatamente a omissão, chegando a excluir tais
indivíduos de nossa relação. Não poucas vezes por pura inveja!
Inquieta-se minha consciência quando
me dou conta de ser omisso, uma vez que toda criatura humana é chamada a ser
comprometida com valores que a configuram com seu Criador: a Verdade, a
Justiça, a Liberdade e o Amor. Ouve-se muito que “há coisas que não se diz, nem se escreve e muito menos se discute...”.
Assim instaura-se o que gosto de chamar de “paz
de cemitério”! Porém como ser profeta, missionário, discípulo de Jesus
Cristo numa sociedade onde a Omissão se revela parente da Hipocrisia?
João Batista perdeu a cabeça porque não foi omisso. Jesus Cristo derramou o
sangue na cruz porque não foi omisso. Talvez Públios Lentulus, que descreve o
Jesus Histórico, nos ajude a sermos mais autênticos do que hipócritas. Descreve
Jesus em algumas atitudes: “Até nos
rigores é afável e benévolo”... “Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém,
antes se esforça para fazer toda gente venturosa!”.
Se a omissão não for superada em nossas relações, continuaremos vestindo
a sobreveste da hipocrisia, varrendo
sujeiras para debaixo de tapetes até não aguentarmos mais o mau cheiro de
nossas mentiras, que tentamos servir como “verdades” abomináveis, que nos
conduzem sobre areias movediças, aumentando o número de nossas vítimas. E como
então viver em meio a uma pandemia que ceifa pessoas que amamos todos os dias,
mergulhados na lama de nossas mentiras, mesmo as institucionais?
Santa Catarina de Senna - Virgem e Doutora da Igreja
Evangelho de hoje
tarefas pequenas
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Evangelho de hoje
São Pedro Maria Chanel - Presbítero e Mártir
Apolônio de Carvalho
terça-feira, 27 de abril de 2021
A oração e a luz acesa na alma
Santa Zita - Virgem
Apolônio de Carvalho
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Evangelho de hoje
Santo Anacleto
fazer feliz aquele que nos rodeia
Apolônio de Carvalho
domingo, 25 de abril de 2021
São Marcos - Evangelista
Apolônio de Carvalho
sábado, 24 de abril de 2021
Evangelho de hoje
São Fidelis de Sigmaringen
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
sexta-feira, 23 de abril de 2021
Evangelho de hoje
São Jorge
Apolônio de Carvalho
Harmonia
Apolônio de Carvalho
quinta-feira, 22 de abril de 2021
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS QUARTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL DOMINGO DO BOM PASTOR - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
QUARTO
DOMINGO DO TEMPO PASCAL
DOMINGO DO
BOM PASTOR
Meus
queridos Amigos e Irmãos na Fé!
O Quarto Domingo do Tempo Pascal, é o domingo do Bom Pastor e o Dia Mundial de Oração pelas Vocações!
A mística pascal continua e, neste
domingo, a comunidade sente-se especialmente enriquecida e animada com a
presença viva de Jesus como Bom Pastor. Jesus ressuscitado é o Bom Pastor que doa sua vida pelas ovelhas. Ele as conhece pelo nome e elas
reconhecem a voz de seu pastor. Boa Nova que revela ternura e cuidado para com seu povo,
em especial, com os doentes e sofredores.
Vivemos uma cultura da coisificação
da pessoa. Se lhe atribuímos códigos e senhas. Não existe, porém, som mais
deleitoso, do que ouvir alguém nos chamar pelo nome. Pessoalmente tenho grande
dificuldade de guardar o nome das pessoas, embora não esqueça suas fisionomias.
É algo que me entristece, porque é bom demais ser reconhecido pelo nome ao
invés de identificado por códigos, apelidos pejorativos ou senhas. O que não
suporto é o fingimento que muitas vezes disfarça nossa incapacidade de guardar
na memória nomes de pessoas com quem nos relacionamos. Irrita-me profundamente
quando alguém, seja ao telefone, seja pessoalmente, me peça que adivinhe quem
é! Peço que se identifique de uma vez. Mas a questão de conhecer o rebanho, as
ovelhas pelo nome e essas reconhecerem nossa voz é bem mais profundo e
transcendente do que simplesmente lembrar o nome deste ou daquele colaborador
em nossas Comunidades Eclesiais, Sociais, Políticas ou Profissionais.
A sociedade atual, sobretudo os jovens e adolescentes, se move
pela busca de figuras referenciais para sua vida. Os padrões editados pela
mídia projetam modelos que condicionam as pessoas a assumi-los, por vezes com
consequências nefastas. Cantores e artistas famosos, atletas bem sucedidos
etc., alimentam o sonho de autorrealização, de fama e de ser um herói para
milhões de indivíduos. Estes “ídolos” mexem com o universo imaginário e
simbólico das pessoas, sobretudo dos mais jovens.
Jesus é o Bom Pastor, não
simplesmente em oposição à figura dos pastores mercenários, mas porque valoriza
e conhece suas ovelhas e é reconhecido por elas. Ele dá a vida por elas por uma
opção de amor. Portanto, Jesus se apresenta à comunidade como Bom Pastor,
movido pela lógica do amor e não por interesses e favores pessoais, a exemplo
dos mercenários. Quem não ama sua comunidade (seu povo) até a doação de sua
vida, não pode ser considerado pastor exemplar.
O Dia Mundial de
Oração pelas Vocações nos convida a rezarmos ao Senhor que envie
pastores
configurados com Cristo, o Bom Pastor! A começar dos Ministros Ordenados aos Agentes de nossas
Pastorais, somos também convidados à conversão, à coerência e ao bom senso em
nossas atividades, que devem estar sempre pautadas sobre o Projeto Evangelizador e Missionário de Jesus Cristo, o
Bom Pastor! Quem não gasta sua vida
pela Comunidade (o rebanho) corre o risco de compreender sua vocação como “meio de vida”, o que se torna geralmente um
desastre. Por isso é fundamental conhecer Jesus Cristo ressuscitado e
identificá-lo como o Bom Pastor a ser seguido.
Conhecer Jesus e tê-lo como modelo de vida implica
conhecer seu amor e aderir ao estilo de seu agir. A mútua relação entre Jesus e
os seus gera e nutre a relação de intimidade, de confiança, de diálogo, de
pertença, de segurança. Não é em vão que a palavra pastoral evoca: zelo,
sensibilidade, cuidado, carinho, misericórdia, compaixão, amor, dedicação,
ternura, atenção às pessoas e às suas
necessidades.
O agir do Bom Pastor
torna-se referencial da ação eclesial e dos diferentes serviços pastorais da
Igreja em favor do povo. Por isso, falar de Pastoral na Igreja é ter
presente Jesus Cristo, o Bom Pastor, enviado
pelo Pai, que dá a vida pelas suas
ovelhas (cf. Jo 10,11.15) e à sua missão de pastoreio
confiada à Igreja, colocando pastores à sua frente. Fazer pastoral é exercer a
missão de Jesus, e em nome de Jesus Bom Pastor, lembra a generosidade e a
disponibilidade de um número incontável de batizados, engajados nos serviços da
ação evangelizadora e pastoral da Igreja. A nossa atuação pastoral é
relacional, de amizade, é oblativa em união com a caridade do Bom Pastor, é transformante, porque faz de nós um sinal claro do próprio
Jesus.
Pela atuação da pessoa do Papa,
Bispos, Presbíteros, Religiosos, Religiosas e das Lideranças Leigas, Jesus, o Bom Pastor, continua doando sua vida, manifestando seu carinho e sua atenção
por nós, pelas comunidades, em especial, por doentes e sofredores. Estes são os
privilegiados da ternura e do cuidado do Bom Pastor.
Nossas Comunidades, com razão, são
cada vez mais exigentes. Sejamos Bons Pastores para elas. Sejam
elas, Queridas
Ovelhas para nós. Essa relação só será possível se
rezarmos com o coração configurado com Jesus Cristo ressuscitado e vivo entre
nós, como o modelo de Bom Pastor:
Desejando-lhes
abundantes bênçãos, com ternura e gratidão o abraço sempre fiel e amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler At
4,8-12; Sl 117(118); 1 Jo 3,1-2 e Jo 10,11-18)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de
Abril de 2021, pp. 103-107 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo da
Páscoa - Abril de 2021, pp. 49-54.
UNIÃO EM TEMPOS DE GRANDES DESAFIOS! Pe. Gilberto Kasper
UNIÃO EM TEMPOS DE GRANDES DESAFIOS!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
A Pandemia que
surpreendeu a humanidade sem dó nem piedade, descortinou em proporções talvez
nunca antes percebidas, a solidariedade, o cuidado pelo outro, a fraternidade e
a União em Tempos de Grandes Desafios!
De repente todos se sentiram chamados a partilharem de sua pobreza! Incontáveis
são as iniciativas de pessoas e grupos unidos para estender a mão àqueles que
têm menos, ou que vão perdendo o pouquinho que ainda possuíam.
No primeiro ano da
Pandemia empresas renomadas ocupavam espaços nobres, especialmente de
telejornais, para divulgarem sua participação solidária, doando fortunas em
cestas básicas, insumos e doações de toda natureza jamais vistos em tempos de
“não pandemia”! Tratava-se de uma solidariedade remunerada, já que mostrar em
horários nobres de televisão o bem realizado, era também, uma forma sutil de
divulgar a existência de empresas de grande porte, que finalmente partilhavam
de suas riquezas.
Outras milhares de
entidades, centenas de milhares de grupos de pessoas, continuam a cuidar e
amenizar a dor da fome, a dor do emprego perdido, a dor do luto dos que
devolveram seus entes queridos, ceifados pelo vírus tão cruel, invisível e
impiedoso para com as pessoas do mundo todo.
Número não menos
expressivo de entidades continua sua missão na promoção da vida e da dignidade
de seus assistidos, mesmo antes da Pandemia. Poderia elencar incontáveis delas.
Mas me atenho à que conheço, a entidade que me tem como voluntário há oito
anos. É o FAC – Fraterno Auxílio Cristão da cidade de Ribeirão Preto.
Desde o início da
Pandemia o FAC seja em sua Sede Central na Rua Barão do Amazonas, 881, seja no
Núcleo de Solidariedade Dom Bosco na Rua Imigrantes Japoneses, 1065 no Parque
Ribeirão Preto, a cada vinte dias, conseguiu assistir as crianças,
adolescentes, jovens e suas famílias, com a manutenção de cestas básicas,
material de limpeza, de higiene pessoal e principalmente de atividades
pedagógicas, como artesanato, inclusão digital entre outras, para mantê-los em
suas casas, a maioria em seus “barracos” que chamamos de lar!
Coordenada pela Ana
Abe, a Equipe do FAC não parou nenhum dia para assistir as mais de duzentas e
sessenta pessoas que lhes são confiadas. Muitas vezes sem recursos suficientes,
na véspera de entregar as cestas básicas, sem nenhuma ter chegado, a
Providência Santíssima enviava algum dos tantos Anjos Bons que não deixaram o
FAC fechar as mãos, o coração e muito menos as portas para aqueles que dele
dependem em sua sobrevivência. A Equipe de Monitoras, Assistente Social,
Colaboradores de inúmeras áreas, como Artesanato, Música, Teatro entre outras,
visitaram, acompanhadas da Coordenadora Geral do FAC as residências para onde
foram remetidas as doações todas. Falar em “distanciamento social” para aquelas
famílias que vivem em três cômodos, amontoando entre sete e dez pessoas, é irreal.
Mesmo assim a Equipe com paciência, sabedoria e elegante generosidade foi
orientando o possível necessário para que um cuidasse do outro. Como que se
Deus se debruçasse sobre os barracos, com a largueza de Seu coração, todos até
hoje, se encontram protegidos, alimentados, bem orientados quanto à União em Tempos de Grandes Desafios!
Nossa gratidão, em
primeiro lugar se remete ao Deus de Bondade que nunca nos abandonou. À
Coordenação Geral do FAC na pessoa da Ana Abe e toda sua magnífica Equipe, ao
nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, que sempre apoiou e colaborou com
o FAC, ao Conselho Diretor, e sobretudo aos Parceiros todos, que formam um
Corpo conosco, sem nem mesmo quererem ser identificados. Não canso de ouvir dos
doadores a seguinte frase: “Não fale meu nome, gostaria de continuar ajudando
sem divulgar o bem que faço”. Diferentemente daquelas grandes empresas,
divulgadas em horários nobres de telejornais de emissoras de televisão, nossos
parceiros não doam esperando resultados e recompensas pessoais, a não ser que
Deus os recompense e abençoe grandemente, nestes tempos de grandes desafios e
em tempos vindouros.