quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ! Pe. Gilberto Kasper

 

O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ!

 

Pe. Gilberto Kasper

pe.kasper@gmail.com

 

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geleia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão.

 

Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O total precisava estar exatamente correto. Não havia chance para erros.

 

Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.

 

Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!

 

- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos -, explicou ele sem esperar uma resposta.

 

- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.

 

- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.

 

- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.

 

- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.

 

- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.

 

O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.

- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.

 

- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.

 

- Um dólar e onze cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.

 

- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!

 

Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:

 

- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa.

 

Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.

 

Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:

- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?

 

A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma criancinha.

 

Em nossas vidas, nunca sabemos quantos milagres precisaremos.

 

Um milagre não é o adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior. Talvez você já tenha lido esta história em algum lugar. Mas quisera reafirmar neste artigo que O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ!

 

 

 

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