O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Uma garotinha foi para
o quarto e pegou um vidro de geleia que estava escondido no armário e derramou
todas as moedas no chão.
Contou uma por uma, com
muito cuidado, três vezes. O total precisava estar exatamente correto. Não
havia chance para erros.
Colocando as moedas de
volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à
farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.
Esperou com paciência o
farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha
ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som
mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25
centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!
- O que você quer? -
perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de
Chicago que não vejo há anos -, explicou ele sem esperar uma resposta.
- Bem, eu queria falar
com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele
está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.
- Desculpe, não
entendi. - disse o farmacêutico.
- O nome dele é Andrew.
Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que
ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.
- Garotinha, aqui nós
não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o
farmacêutico num tom mais compreensivo.
- Eu tenho dinheiro. Se
não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto
custa.
O irmão do
farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à
menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.
- Não sei. Só sei que
ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas
o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.
- Quanto você tem? -
perguntou o senhor da cidade grande.
- Um dólar e onze
cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas
posso arranjar mais se for preciso.
- Mas que coincidência!
- disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um
milagre para irmãozinhos!
Pegando o dinheiro com
uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você
mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho
o tipo de milagre que você precisa.
Aquele senhor elegante
era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus
para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.
Os pais estavam
conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele
ponto, quando a mãe disse em voz baixa:
- Aquela operação foi
um milagre. Quanto será que custaria?
A garotinha sorriu,
pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma
criancinha.
Em nossas vidas, nunca
sabemos quantos milagres precisaremos.
Um milagre não é o
adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior. Talvez você
já tenha lido esta história em algum lugar. Mas quisera reafirmar neste artigo
que O PREÇO DO SEU MILAGRE É A SUA FÉ!
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