Nossa Senhora do Ó é uma devoção
mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se
estipulou que a festa da Anunciação fosse
transferida para o dia 18 de Dezembro.
Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez,
que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação
do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se
proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou
suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa
Senhora do Ó.
Em
Portugal
Expectação do parto
de Nossa Senhora
Em portugal , o
culto à Expectação do Parto, ou a Nossa Senhora do Ó,
teria se iniciado em Torres Novas (SANTA MARIA, Frei Agostinho
de. Santuário Mariano), onde uma antiga imagem da Senhora era venerada na
Capela-mor da Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo. Esta imagem era
conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almonda (devido
ao rio Almonda,
que banha aquela povoação), à época de D. Sancho I por Nossa Senhora da
Alcáçova (c. 1187)
ou, a partir de 1212,
quando se lhe edificou (ou reedificou) a igreja, por Nossa Senhora do Ó.
Esta imagem é descrita pelo mesmo autor como:
É esta santa imagem
de pedra mas de singular perfeição. Tem de comprimento seis palmos. No avultado
do ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto. Está com a mão esquerda
sobre o peito e a direita tem-na estendida. Está cingida com uma correia preta
lavrada na mesma pedra e na forma de que usam os filhos de meu padre Santo Agostinho.
Registam-se outras
imagens da Senhora do Ó em Águas Santas, em Elvas, em Tomar, em Viseu e em Sobral da Adiça.
Nossa Senhora do Ó
é a padroeira de
vinte e quatro freguesias portuguesas, situadas na sua maioria nas
dioceses mais setentrionais do país:
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