Primeiro grupo de motociclistas católicos do Brasil fundado em maio de 2016. REGISTRADO NO TOMBO DA PARÓQUIA DE SANTA ÂNGELA DE RIBEIRÃO PRETO
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Santo André Apóstolo e Martir
Apolônio de Carvalho
domingo, 29 de novembro de 2020
Apolônio de Carvalho
sábado, 28 de novembro de 2020
São Tiago das Marcas
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
São Virgílio Bispo
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Evangelho de hoje
São Leonardo de Porto Maurício e Bento Tiago Alberione
Apolônio de Carvalho
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Santa Catarina de Alexandria Martir
Evangelho do dia
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
PRIMEIRO
DOMINGO DO ADVENTO
Meus queridos
Amigos e Irmãos na Fé!
“O que vos
digo, digo a todos; vigiai!” (Mc 13,37).
“Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!” (Mc 13,33.37).
Com o Primeiro Domingo do Advento iniciamos o Novo Ano Litúrgico, e nossa preparação para o Natal do Senhor! A liturgia nos
faz forte apelo à vigilância, para estarmos acordados e
atentos, pois o Senhor vem vindo e nos visitará. Abramos mente e coração para
acolher a graça e a paz que vêm da parte de Deus.
Deus se revela nosso Pai e redentor
e nos restitui a dignidade perdida. Também nos convida a estar atentos e
vigilantes para que, ao visitar-nos, nos encontre preparados. A exemplo de
Paulo, louvamos a Deus pela graça que nos concede em Jesus Cristo.
O povo reconhece estar distante dos
caminhos do Senhor e deseja a sua vinda. Fiquemos sempre atentos e preparados,
pois Deus quer nos visitar. Todos somos chamados à comunhão plena com Cristo.
O início do ano
litúrgico nos convoca a exercitar uma das grandes virtudes cristãs: a esperança. Mas embora
estejamos no seu começo, a liturgia, qual uma bússula, nos faz olhar para as
realidades do fim, como que nos ensinando a direção, apontando a meta e
orientando a nossa existência para Deus. Os cristãos são o povo da esperança, a confiança e o
otimismo em relação ao reinado de Deus e sua definitiva instauração com a
segunda vinda de Jesus tem, para nós, sabor de realização, plenitude e
salvação. Jesus, convocando à vigilância, nos alerta para que, por desatenção, não sejamos surpreendidos
enquanto dormimos. O sono, imagem da morte e da noite do pecado, conota falta
de comunhão com o Senhor, o Vigilante por excelência, que não foi tragado pelo sono da morte.
Mas realizar coisas, boas ações ou
orações, não diz tudo a respeito da vida cristã. Existem tantas pessoas que oram
e realizam boas coisas e talvez sejam até melhores do que nós naquilo que
fazem... Nossa experiência de fé é pautada na vida em Jesus Cristo. Mais do que
esperar Jesus, nós esperamos nele! As boas ações e a oração que fazemos são
frutos de uma comunhão com ele, índice de nosso vínculo batismal com o Senhor,
antecipação da vida futura que ele nos garante e nos reserva. É por isso que
somos povo da esperança, pois o fato de
estarmos tão intimamente ligados a ele, não só prolonga a sua ação salvadora no
mundo, mas antecipa aquilo que para nós está reservado na vinda do Filho de
Deus. Na aurora de um novo dia, como porteiro, nos postamos no limiar desse
novo tempo que Jesus inaugurou. Vigiar é esperar com alegria e confiança as realidades futuras que já vivemos,
permitindo que chegue ao mundo pela porta do nosso agir e da nossa oração o Desejado das nações.
Embora os tempos continuem difíceis
e desafiadores, quiçá mais complexos, não estão nos faltando a atenção aos
crucificados de hoje, às perseguições e injustiças, mas também à vida que
insiste e resiste, bem como aos sinais que nos anunciam a chegada do Filho de Deus? O mandato do
Senhor continua válido: “o que vos digo, digo a todos: Vigiai!”. Entendemos isso a partir da nossa
comunhão com ele, sempre perseverantes na oração e no bem que devemos fazer por
causa dessa comunhão, sem perder a alegria e a confiança que marcam nossas
vidas e a nossa missão.
Mas como fazemos o exercício da espera? Como a esperança acontece em nós e
por quê? A quem aguardamos? Todas essas questões nos ajudam a compreender a
comunidade e a nossa própria vida, como existência pautada pela expectativa. A vigilância é a couraça da esperança. Vigia quem espera confiante e alegre, pela vinda do
Senhor, quem trabalha pela construção de um mundo melhor, quem exercita o amor
pelo próximo, sobretudo o mais desvalido, quem “sintoniza” sua vida na
frequência do Evangelho e do Espírito de Deus, quem promove a paz e a justiça e
quem não descura da vida de oração e de busca pelo Senhor. Desde a sua origem a
Igreja repete a súplica pela vinda dele – Maranatha! – e pelo Reino, na oração do
Pai Nosso. A Igreja nasceu suplicando e desejando o Reino porque experimentou e
vive da Páscoa de Jesus, penhor das realidades definitivas.
É preciso dispor-se a ser
evangelizado. Quem está em processo de Evangelização se torna evangelizador. O
encontro com o Verbo encarnado impulsiona a anunciar a outros a feliz
experiência.
Sendo o Advento uma especial preparação para a Solenidade do
Natal do Senhor, o convite é de alegre vigilância e profunda esperança nele! Um dos exercícios muito proveitosos e
práticos para o Advento parece simples, mas não é: Não falar mal de
ninguém neste rico tempo! Pode parecer
simples, mas trata-se de um exercício muito difícil, embora santificador. Mesmo
sabendo ou constatando erros nos outros, guardar para si, no silêncio do
coração, em segredo, sem espalhar a ninguém o erro cometido. Tentemos todos os
dias, até o Natal, Não falar nadinha de mal
sobre ninguém!
Finalmente, possamos pensar em ser mais presença do que dar presentes neste
Natal. E, se quisermos dar algum presente, evitemos a “cultura do consumo”,
pensando em quem precisa mais do que nós. Um belo gesto concreto seria
tornar-nos, quem sabe, colaboradores do FAC – Fraterno
Auxílio Cristão, destinando uma pequena parcela de
nossos presentes natalinos aos mais
surrados pela vida: nossas Famílias em situação vulnerável do Núcleo Dom Hélder Câmara, nossas crianças,
adolescentes e jovens em situação de risco do Núcleo Dom Bosco. Ligue já para o FAC e seja um
sócio colaborador, oferecendo seu presente de Natal ao verdadeiro
aniversariante estampado no rosto de nossos pobrezinhos assistitos: (16) 3237-0942. Ou então faça-nos uma visita, de segunda a sexta-feira
entre 8 e 17 horas: Rua Barão do Amazonas, 881 – Centro de Ribeirão Preto!
Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão o abraço
amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 63,16-17.19; 64,2-7; Sl 79(80); 1Cor 1,3-9 e Mc 13,33-37).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Novembro de 2020, pp. 111-117 e
Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo do Advento (Novembro de 2020) pp.
7-11.
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Santos André Dung-Lac e Companheiros Mártires
Evangelho de hoje
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Evangelho do dia
São Clemente I papa e Martir
domingo, 22 de novembro de 2020
Apolônio de Carvalho
Evangelho de hoje
sábado, 21 de novembro de 2020
apresentação de Nossa Senhora no Templo
Evangelho de hoje
Apolônio de Carvalho
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Santo Edmundo
Evangelho do dia
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Evangelho do dia
São Roque
Santa Isabel da Hungria
Apolônio de Carvalho
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO! - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO!
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“O Cordeiro que foi
imolado é digno de receber o poder,
a divindade, a sabedoria,
a força e a honra.
a ele glória e poder
através dos séculos” (Ap 5,12; 1,6).
Celebramos
o último domingo do Tempo Comum com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. O reino de Jesus é reino de justiça,
vida e liberdade. Depende de nós aceitar e antecipar a vinda desse reino,
constituindo-o pelo nosso empenho pessoal, familiar, comunitário e
profissional. Hoje celebramos também o dia do leigo e da leiga.
Porque nos ama, Deus cuida de cada um com justiça. Pela
ressurreição de Cristo, recebemos vida nova, que precisa ser preservada. Jesus
nos deixa alguns critérios para saber se estamos ou não no caminho do reino. “Vinde,
benditos de meu Pai! Recebei como herança o reino que meu Pai vos preparou
desde a criação do mundo!” (Mt 25,34).
O bom pastor não descansa enquanto
há ovelhas a ser resgatadas. O que nos faz sentar ao lado de Cristo, rei do
universo, é a caridade praticada em favor do necessitado. Cristo, ressuscitado
e rei do universo, é o senhor da história e da humanidade.
O Ano Litúrgico termina com a festa de Cristo-Rei. E
fica a pergunta: quem é esse Cristo-Rei
para a comunidade reunida para celebrar o memorial da páscoa? Interessante que
a primeira leitura mostra em que consiste a realeza de Deus: ela é serviço à
liberdade e à vida das pessoas, sobretudo das que são impedidas de viver. O
Evangelho, por sua vez, nos compromete radicalmente com a prática da justiça,
traduzida em solidariedade e partilha com todos os necessitados, vendo neles o
próprio Cristo e sacramento da salvação. Jesus hoje continua nos desafiando colocando-nos
diante dos irmãos menores e mais fracos.
Paulo, por sua vez, com a ressurreição de Jesus comprova
a vitória da justiça. Dentro de nós há uma semente de ressurreição, de justiça,
de partilha e solidariedade.
Jesus fala das obras de misericórdia ensinadas pelo
judaísmo: dar de comer aos famintos, dar de beber aos que tem sede, acolher o
estrangeiro, vestir os nus, visitar os doentes, acrescentando a visita aos
prisioneiros; não menciona, porém, a educação dos órfãos e o sepultamento dos
mortos, que também faziam parte das recomendações. Quem não praticou essas
obras perdeu a oportunidade de fazer isso ao próprio Jesus presente nos
necessitados. Se ele está nos irmãos, ele
está no meio de nós em todos os lugares e momentos.
O Reino de que Jesus fala é um reino não de poder, mas
sim de serviço: “O
Filho do homem não veio para ser servido. Ele veio para servir” (Mt 20,28). Esse é o
critério do julgamento. Entrar no reino supõe que os discípulos tenham seguido
os passos do pastor, do mestre a serviço de todos, especialmente dos mais
necessitados.
Celebrando a realeza de Jesus,
ressuscitado pela justiça e misericórdia de Deus, somos julgados pelos pobres
mais pequeninos. É possível proclamar a realeza de Cristo enquanto seus irmãos
prediletos são excluídos da liberdade e do direito à vida digna? Chamá-lo de
Cristo Rei e deixá-lo com fome, com sede, sem casa, nu, doente, aprisionado,
sem direito à educação em nosso meio? “Entre nós está, e não o conhecemos, entre
nós está e nós o desprezamos”.
É tempo de parada e de avaliação,
tendo diante dos olhos Jesus Cristo, Rei do Universo, o Ressuscitado e na nossa frente os irmãos pobres e abandonados,
lembrados por Jesus no Evangelho.
Rezando neste domingo, especialmente
pelos Leigos e Leigas, lembramos que somos chamados pela consagração
batismal à missão profética, sacerdotal e régia para transformar o mundo no
Reino de Deus.
Quando nos referimos à festa de Cristo Rei do Universo,
certamente como os próprios apóstolos, imaginamos majestade, magnitude, poder,
prestígio, honras e tapetes aveludados... Gosto do modo como Deus dribla a
humanidade do começo ao fim da História da Salvação, História Amorosa para com a Humanidade! Ele nos surpreende com Sua simplicidade, que até escandaliza alguns. Deus, em Jesus Cristo,
Rei do Universo, é muito mais simples do que O
complicamos. Espera de cada um de nós, igual humildade, sobretudo em relação aos mais fracos e menos favorecidos por
nossa cruel e hipócrita sociedade!
Muitos de nós nos contentamos com as “ovelhas” que nos procuram e obedientemente participam e servem nossas
Comunidades. Acomodados às nossas salas de atendimento, celebrações de
sacramentos, temos dificuldades de exercer nossa missão profética, sacerdotal e
real de sermos, de uma vez por todas uma IGREJA DO IR! Irmos em busca das “periferias existenciais”, como tanto
o Papa Francisco insiste. Elas, geralmente, são nossos desafios, nos
desinstalam e nos dão trabalho. Mas é lá que encontramos o verdadeiro Rei do Universo, estampado no
rosto sofrido e nem poucas vezes no mau cheiro de nossos irmãos, os mais
surrados pela nossa Cultura do
Descartável.
Com freqüência fazemos acepção às ovelhas gordas, bem como às mais
bonitinhas e bem tratadas, chutando as machucadas ou excluindo as que
representam ameaça ao nosso próprio prestígio ministerial. Isso,
lamentavelmente, acontece entre ministros ordenados e não. Que nossas
Comunidades sejam, de verdade, mais acolhedoras e saibam viver a profunda ternura entre o
rebanho, a Igreja!
Desejando-lhes abundantes bênçãos, com ternura e gratidão, nosso
abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Ez 34,11-12.15-17; Sl 22(23); 1Cor 15,20-26.28 e Mt 25,31-46).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Novembro de 2020, pp. 90-96 e
Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum II (Novembro de 2020), pp. 82-86.
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