Primeiro grupo de motociclistas católicos do Brasil fundado em maio de 2016. REGISTRADO NO TOMBO DA PARÓQUIA DE SANTA ÂNGELA DE RIBEIRÃO PRETO
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
Apolônio de 4
CRISE ÉTICA POR EXCELÊNCIA! - PADRE GILBERTO KASPER
CRISE
ÉTICA POR EXCELÊNCIA!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
Em meio à Pandemia vivemos também uma “mudança de época”. Com Frei
Nilo Agostini dedilho algumas linhas sobre esse tempo que nos obriga a grandes
mudanças de hábitos, de comportamento e até mesmo de certa urgência ética. Esta
“mudança de época” nos traz a sensação de esvaziamento, de ausência de sentido
e de normas, de incerteza e de crise. Por causa disso, fala-se até em crise da
Modernidade; estaria então, emergindo a Pós-modernidade. Esta é a hora em que a
ética ou a moral deverão fazer-se presentes, sendo cultivadas em nossa vida
como uma preciosidade que não pode faltar. Precisamos delas para organizar a
nossa vida e os espaços de convivência em favor de um equilíbrio da vida. Sem
isso, caímos facilmente em modelos que nos corrompem e nos levam a perder o
equilíbrio; às vezes podem nos levar à falência. Ter por base a moral e a ética
significa recuperar a nossa capacidade de saber cuidar da vida, organizá-la
pessoal e socialmente, sem perder de vista o seu valor, a sua dignidade,
alicerçando-a em valores em favor da vida de cada ser humano e que se estendem
ao cuidado da natureza e incluem necessariamente o cultivo de Deus.
Em meio à Pandemia e às rápidas transformações de nossa sociedade,
identificamos uma crise que é do humano. Ela é também identificada como uma
crise ética por excelência! Os fenômenos desta crise, mesmo aqueles
aparentemente exteriores, nos atravessam por inteiro e profundamente; dizem, inclusive, quem somos neste momento da
história. Esta crise apresenta traços nítidos em seus contornos, profundidade e
extensão. Ela está criando um desequilíbrio das bases vitais do ser humano,
atingindo suas raízes mais profundas, que chamamos de ethos. Face a ela, urge resgatar o vital humano em suas diversas
dimensões.
A crise trazida pela Pandemia revela-se como uma crise que nos
desestabiliza em nossa base mais profunda, na raiz ou identidade mais profunda
do humano, que chamamos de ethos. Já
não estamos mais diante do consenso da sociedade de nossas origens. Vivemos uma
crise porque nossa identidade mais profunda fragmentou-se. Não temos mais um
modo consensual de ser e de viver; isto atingiu o ethos. Assim, nossa “matriz” de percepção, de avaliação e de ação
não nos dá mais a base comum para vivermos em sociedade. Esta se tornou
pluralista e policêntrica. Frente a esta crise, faz-se necessário buscar a
mediação da regra, numa produção ética das instâncias normativas e da própria
moral para sustentar o ser humano em sua vida pessoal e social. Sem uma moral, não
conseguimos viver com segurança; precisamos de rumo na vida e de balizas
norteadoras.
A moral tem, portanto, o seu lugar de mediação; ela nos faz pensar
nas normas, nas regras de comportamento, nos princípios e nos valores que
orientam o agir humano. É bem verdade que ela pode assumir uma perspectiva legalista,
personalista ou dinâmica; pode apresentar-se como ciência, como ensino ou
doutrina, ou como prática, com um sentido negativo, quando evocada no seu
sentido moralizante, ou positivo, quando se baseia na autenticidade, coerência
e sinceridade.
São Raimundo Nonato
Evangelho de hoje
domingo, 30 de agosto de 2020
Evangelho de hoje
São Felix e São Adauto
Apolônio de Carvalho
sábado, 29 de agosto de 2020
Santa Joana Maria da Cruz
Evangelho do dia
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Santo Agostinho
Evangelho do dia
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Seduziste-me,
Senhor, e deixei-me seduzir;
foste mais forte, tiveste mais poder...” (Jr 20,7ª).
O Vigésimo-Segundo Domingo do Tempo Comum reflete, contempla e agradece
a vida do Povo Brasileiro, suas conquistas e seu clamor por justiça, igualdade,
respeito e cidadania à luz da Semana da Pátria que se aproxima! Vivemos uma
realidade que clama por reconciliação e paz. Supliquemos à Virgem
Conceição Aparecida que olhe para o
Povo Brasileiro, do qual é mãe, rainha, padroeira e protetora.
Não é fácil renunciar a bens e privilégios, mas é
fundamental abandonar maneiras velhas de pensar e agir, para poder seguir o
evangelho. Convocados a esse seguimento, celebramos a páscoa de Jesus, a qual
se manifesta em todos os que perdem a vida por amor ao reino.
A palavra de Deus cativa e compromete as pessoas. Quem
busca assumir o projeto de Jesus experimenta pessoalmente a verdade de que os
sistemas do mundo não combinam com o evangelho de Jesus Cristo.
A palavra de Deus nos
seduz e nos compromete com seu projeto. O seguimento de Jesus exige renúncia e
comprometimento. O verdadeiro culto que agrada a Deus é fazer sua vontade.
Nós podemos desconfiar de uma Igreja que não conhece o
martírio. Por quê? Porque o caminho dos cristãos não é diferente do caminho de
Jesus. É feito de incertezas, mas também de coragem e esperanças; de lutas, mas
também de vitórias; de cruz, mas também de ressurreição e vida; de não conformismo,
mas também de compromisso com o projeto de Deus. Disso nos falam Jeremias,
Jesus e Paulo. Pedro, no evangelho deste domingo, representa o medo que temos
das consequências do cristianismo que enfrenta as forças contrárias à vida;
Jeremias é a voz dos que sofrem fortemente os apelos da Palavra irresistível;
Jesus nos mostra o caminho da vitória; Paulo nos fala do verdadeiro culto
agradável a Deus. A Palavra deste domingo, em síntese, nos encoraja no
testemunho cristão, evitando que a mediocridade nos conduza a um beco sem saída.
Todos nós, como Jeremias e como Pedro, passamos pela
tentação de querer apossar-nos apenas do aspecto glorioso do mistério pascal,
negando sua dimensão de renúncia à própria vida. A tentação do ser humano
moderno é a realização humana através das próprias forças. Esquece-se de que a
pessoa humana transcende-se a si mesma a partir de Deus. É só perdendo-se a si
mesmo pela doação da própria vida ao próximo por causa de Cristo que ele se
realiza de verdade.
O destino do cristão, discípulo de Jesus, não pode ser
diferente do destino do mestre. O evangelho deste domingo é claro: Para
estar com ele são exigidas duas condições: Renunciar a
si mesmo é deixar de lado toda ambição
pessoal. Em outros termos, temos aqui a repetição da primeira
bem-aventurança: ser pobre (cf. Mt 5,3). Carregar a própria cruz é enfrentar, com as mesmas disposições de Jesus, o
sofrimento, perseguição e morte por causa da justiça que provoca o surgimento
do Reino... É a última bem-aventurança, a dos perseguidos por causa da
justiça (cf. Mt 5,11). Ser discípulo de Jesus, portanto, é reviver a
síntese das bem-aventuranças.
A lição que Pedro recebe ensina-nos a olhar para Cristo,
para ver nele a lógica de Deus; a olhar para os pobres, para ver neles o
resultado da estratégia do Adversário... Pois o sucesso e a ganância produzem
os porões de miséria. Devemos analisar o sistema de Deus e o sistema do
Adversário hoje. O sistema de Deus proíbe ao homem dominar seu irmão, porque
Deus é o único dono; os sistemas contrários
são baseados na dominação do homem pelo homem. Quem quiser ser mensageiro do
Reino de Deus experimentará na pele a incompatibilidade com os sistemas deste
mundo. O mensageiro de Deus, seguidor de Jesus, será rejeitado pela sociedade
como corpo
alheio. Tomando consciência disso, vamos rever nossa escala de
valores e critérios de decisão. A mania do sucesso, o prazer de dominar, de
aparecer, de mandar... já não valem. Vale agora o amor fiel, que assume a cruz,
até o fim.
Embora muitas pessoas não gostem de pensar e muito menos
de falar no assunto, procuro sempre imaginar-me, quando vou a algum velório, no
lugar daquela pessoa confinada num pedaço de madeira: E se fosse eu que estivesse no lugar da
pessoa falecida? Estaria preparado para encontrar-me diante de Deus? E como
estaria? De mãos cheias ou vazias de boas obras e gestos de caridade? Renunciar a própria vida e consumir-se
pelo anúncio do Reino de Deus é parecer como uma vela de cera, que quanto mais
se derrete, maior e mais bela é a chama que ilumina e encanta o olhar de quem a
contempla. Temos deixado o fogo abrasador de o Espírito Santo acender-nos como
velas, luzes que iluminem e encantem a vida de nossos irmãos?
A Palavra nos convida à docilidade daquilo que o Mestre
espera de cada um: tanto dos ministros ordenados, como daqueles que não são
ordenados, mas também Sacerdotes, por conta do Batismo que os adotou
como herdeiros da Vocação ao Amor!
Consigamos
transformar em nossa vida pessoal e também pastoral: O
Poder em Serviço; Os Bens (materiais e intelectuais) em Partilha; O
Prestígio em Humildade,
buscando viver nosso ministério, configurados com o Mestre, a partir da Conversão, Coerência
e Bom Senso sempre mais conscientes!
Superemos os “Pecados Paroquiais: Saudosismo, Milindrismo e Estrelismo”, abrindo-nos
ao diferente, ao novo, como tanto nos sugere e pede nosso Papa
Francisco!
Ainda tem-se a sensação clara, de que tais apelos do Papa ainda
não chegaram às bases de nossas Comunidades. Sua insistência numa Igreja mais simples, mais
pobre, menos hipócrita e descomplicada, ao invés ainda
demonstra muitas ostentações, arrogâncias, abusos de poder sejam eles
eclesiais, políticos e comunitários. Não sei se o Papa ficaria feliz ao saber
de nossas relações inter-eclesiais, entre pastores e rebanho. Ainda há muitos
que surram suas ovelhas sem a tão insistente Igreja da Misericórdia sonhada pelo Papa.
Outro fator muito evidente e feio é a desobediência reinante entre nós. Descuidar das orientações do Papa, reiteradas pelos Bispos e
Superiores é mera hipocrisia. Quem sabe assumir nossa cruz, renunciar a nós
mesmos, não seria uma conversão para valer!
Desejando-lhes muitas bênçãos,
com ternura e gratidão, nosso abraço,
Pe.
Gilberto Kasper
(Ler Jr 20,7-9; Sl 62(63);
Rm 12,1-2 e Mt 16,21-27).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Agosto de
2020, pp. 109-116 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum II (Agosto/2020).
Evangelho de hoje
Santa Mônica
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
Evangelho de hoje
São Zeferino papa e Martir
terça-feira, 25 de agosto de 2020
São Luís lX e São José de Calazans
evangelho do dia
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
DOR QUE DÓI MAIS! - PADRE GILBERTO KASPER
DOR QUE
DÓI MAIS!
Pe.
Gilberto Kasper
Mestre
em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em
Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente no CEARP – Centro
de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Assistente Eclesiástico do Centro
do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação, Pároco da
Paróquia Santa Teresa D’ Ávila e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres
da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
A Pandemia nos obrigou à mudança de inúmeros hábitos; interferiu
até mesmo em nossa cultura, aliás, interferiu na cultura dos povos do mundo
inteiro. Embora indigno e tão cheio de frágeis limites, sempre procurei zelar
por meu ministério sacerdotal, cuidando especialmente e mais ainda na última
década, dos Idosos, Enfermos e Enlutados que o Senhor da Vida foi me confiando.
Minha presença ministerial na vida das pessoas, como Pastoral da Escutação,
através do Sacramento da Reconciliação, sempre ocupou privilegiadamente meu
tempo por onde passei. De repente me dou conta que também sou idoso, enfermo,
do grupo de risco, enfim. E com isso surge uma dor que dói mais!
Depois da Eucaristia, os Sacramentos da Reconciliação e da Unção
dos Enfermos me são os mais caros. São os Sacramentos da Cura. Como é bom ver o
dia declinando com a sensação de ter colaborado com a cura de tantas pessoas
que amamos, por conta de nosso sacerdócio! Mas a Pandemia vem limitando nosso
exercício ministerial e de quando em vez é necessário contar com a compreensão
dos que nos procuram para a celebração de tais sacramentos, reafirmando com
esperança de que “isso vai passar” e então poderemos novamente nos encontrar!
Observando todos os protocolos de prevenção, consegui ao longo
desses últimos meses, passar por algumas pessoas, levando-lhes a absolvição e o
Viático (Jesus em Viagem): Pupilos e Pupilas da amada Igreja Santo Antoninho,
Pão dos Pobres; Membros da Equipe Nossa Senhora da Esperança, a mais antiga e
idosa de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto e celebrar pelo menos uma Missa
Semanal aos Domingos, com transmissão ao vivo pela Plataforma do YouTube da
Paróquia Santa Teresa D’Ávila no Jardim Recreio de Ribeirão Preto. As demais
atividades, como lecionar, participar de reuniões, especialmente da PASCOM
(Pastoral da Comunicação) e das Foranias às quais pertenço, tomar decisões
junto à Paróquia e à Reitoria, colaborar com o FAC – Fraterno Auxílio Cristão,
acontecem com a prudência necessária, preservando minha vida e evitando ser
contaminado pela COVID -19, na maioria das vezes virtualmente, porém com grande
proximidade na oração por todos aqueles que nossa amada Igreja me confia
diariamente.
Mas há uma dor que dói mais! As celebrações de
Exéquias, conhecidas como Encomendação de nossos falecidos. A morte dói demais
para os que devolvem a quem de direito seus entes queridos, o Criador! Com a
Pandemia nos impuseram protocolos que aumentam a dor da chamada “perda” de
alguém que amamos. Prefiro, ao invés de “perda”, falar em entrega ou devolução,
até porque nós não nos pertencemos uns aos outros. Somos todos emprestados por
certo tempo, a fim de que na eternidade encontremos nosso único e verdadeiro
Senhor!
Os velórios dos que não fizeram a “viagem sem volta” acometidos
pela COVID-19 não podem durar mais do que duas horas, com restrição da presença
de até dez pessoas no máximo. Sem homenagens, sem o reencontro dos parentes,
sem tempo para uma despedida mais digna. Já as pessoas ceifadas pelo Vírus são
simplesmente ensacadas e diretamente enterradas. Tudo por causa de um Vírus
invisível e ainda tão desconhecido. As exigências me parecem legítimas, porque
evitando maior contaminação, protegem a vida das pessoas que ficam. Mas
trata-se, sem dúvida, de uma dor que dói mais!
São Bartolomeu Apóstolo e Martir
Apolônio de Carvalho
São Bartolomeu Apóstolo e Martir
evangelho de hoje
domingo, 23 de agosto de 2020
evangelho de hoje
sábado, 22 de agosto de 2020
evangelho de hoje
nossa Senhora Rainha do Céu e da Terra
Apolônio de Carvalho
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
São Pio X Papa
evangelho do dia
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
São Bernardo de Claraval
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM - PADRE GILBERTO KASPER
COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
VIGÉSIMO
PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM
DIA DOS
CATEQUISTAS
Meus queridos
Amigos e Irmãos na Fé!
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei minha Igreja;
e os poderes das trevas
jamais poderão contra ela!” (Mt 16,18).
O Vigésimo
Primeiro Domingo do Tempo Comum é o Domingo da profissão de fé de Simão Pedro! Mais uma vez animados pela
presença do Ressuscitado em nossa caminhada de discípulos, somos convidados a
proclamar a fé e a recordar o sentido de nossa missão.
No exercício da missão, os
discípulos de Jesus se vêem envoltos em situações delicadas que requerem muita
fé. O anúncio da Boa-Nova do Reino exige dos discípulos e missionários
convicção profunda, mas, em certos momentos, eles fraquejam e sentem-se
impotentes.
Conscientes de nossa pobreza e
fragilidade, disponhamo-nos à graça de Deus que nos faz proclamar a mesma fé de
Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Recordamos com carinho neste
domingo, no espírito do Mês Vocacional, os vocacionados para os Ministérios e Serviços na Comunidade. Recordamos de modo ainda mais particular, os Catequistas em sua importante missão de educadores da fé.
Os primeiros Catequistas e Educadores da
Fé dos filhos, são os próprios pais. Ou deveriam ser. É o que
prometem no dia do próprio Matrimônio e no dia em que levam os filhos ao
Sacramento do Batismo. Porém, como a educação básica, também terceirizam a
magnífica Educação
da Fé dos Filhos aos sempre tão abnegados Catequistas! Como verdadeiras pérolas preciosas das Comunidades,
merecem nossa mais profunda gratidão. Mesmo assim continuo
pensando que, quem deveria ser evangelizado em nossos Planos de Catequese, são
os Pais. Esses, por sua vez, deveriam ser capacitados para evangelizarem os
filhos, em Família. Mas em nossa Cultura de
Sobrevivência, isso ainda é um sonho longe de se tornar realidade.
A palavra de Deus, deste domingo, é
uma grande mina de grande valor. Podemos contemplá-la sob diferentes ângulos.
Eliacim e Simão Pedro, por serem pessoas tementes a Deus, receberam uma missão,
ou seja, as “chaves”’. Na perspectiva
da fé, qual seria a missão dos discípulos e missionários do Senhor em nossos
dias?
É interessante imaginar a cena, em
que Jesus pergunta: “Quem dizem os homens
ser o Filho do homem”. Queiramos ou não, nossos Políticos já estão
preocupados com as próximas eleições. “Pisam em Ovos” para garantir um cargo a
ser decidido nas urnas em 2020 e muitos até nas urnas em 2022. Mal comparado, poderíamos imaginar que Jesus
tenha perguntado como andam as pesquisas a seu respeito, assim como fazem os
marqueteiros e assessores ou cabos eleitorais dos candidatos a algum serviço
pelo Bem Comum. A resposta dos discípulos é bastante “espírita”: “Alguns dizem que é João
Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos
profetas” – reencarnação pura!
Mas o que interessa mesmo a Jesus é
saber se seus discípulos o estudaram o suficiente e faz a prova oral de sua
Teologia: “E vós,
quem dizeis que eu sou?”. Pedro se adianta não porque
estudou mais do que os outros, mas porque o Pai lhe revelou, e faz a sua, a
nossa, a da Igreja linda profissão de fé: “TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DO
DEUS VIVO”. A partir daí Jesus confia à
Igreja, por meio dos discípulos, a missão da Unidade e reafirma o Sacramento da Reconciliação!
Sem sombra de dúvida, o grande
desafio da Igreja, dos discípulos e missionários é anunciar a verdade sobre
Jesus Cristo; ter a coragem de proclamar ao povo, aos grupos humanos, às
diferentes culturas e realidades quem é o Filho de Deus.
A grande missão do discípulo e
missionário é “proteger e alimentar a fé
do povo de Deus e recordar também aos fiéis que, em virtude do seu batismo, são
chamados a serem discípulos e missionários de Jesus Cristo [...] Em um período
da história, caracterizado pela desordem generalizada que se propaga por novas
turbulências sociais e políticas, principalmente a avassaladora ordem de
corrupções e propinas deslavadas (Estejamos
bem mais atentos nas próximas eleições),
pela difusão de uma cultura distante e hostil à tradição cristã e pela
emergência de variadas ofertas religiosas que tratam de responder à sua
maneira, à sede de Deus que nossos povos manifestam” (Documento de Aparecida,
10).
Aos discípulos e missionários de
Jesus, mais do que condenar e excluir, cabe acolher e perdoar, absolver e
reconciliar em nome de Jesus Cristo. Na pessoa de Pedro, a Igreja é chamada a
ser escola permanente de verdade e justiça, de perdão e reconciliação para
construir uma paz autêntica.
Todos nós, como pessoas de fé, na
Igreja, somamos com Pedro como pequenas pedras. Por simples ou modestas que
sejam estas pedras, todas devem estar densas do dom da fé. Aderindo a Jesus
Cristo, Filho de Deus vivo, somos parte do seu Corpo, a Igreja, contra a qual
as forças do mal não triunfarão. Contudo, precisamos fortalecer a fé, para
encarar os novos desafios, uma vez que estão em jogo o desenvolvimento
harmônico da sociedade e a identidade católica dos povos.
Não mutilemos, pois, este lindo Corpo que é a Igreja. Nós somos os
membros e Jesus Cristo é a cabeça desse Corpo. Mesmo que me pense ser o dedinho
do pé, escondido no sapato não tenho o direito de aleijar o Corpo, faltando com
minha presença, compromisso, fidelidade e oração que une a Comunidade. Sejamos,
finalmente, um Corpo bem sarado, malhado e atraente, a fim de que todos queiram
unir-se a ele.
Desejando-lhes muitas bênçãos, com
ternura e gratidão, o abraço amigo e fiel.
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is
22,19-23; Sl 137(138); Rm 11,33-36 e Mt 16,13-20).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de
Agosto de 2020, 89-95 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum I (Agosto
de 2020) pp. 70-74.