terça-feira, 30 de abril de 2019

São Pio V Papa

*SANTO DO DIA*

*SÃO PIO V, PAPA*
Antonio Miguel nasceu em 1504 na província de Alexandria e, aos quatorze anos ingressou na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial, cardeal, inquisidor, bispo e finalmente, Papa, tomando o nome de Pio Quinto. Foi um grande reformador da Igreja.
Assim que assumiu foi procurado em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente do Papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Implantou ainda outras mudanças no campo pastoral: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações para publicações religiosas. O Papa Pio Quinto é venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas. Chegou a excomungar a rainha da Inglaterra, Elisabete Primeira. Papa Pio Quinto morreu no dia primeiro de maio de 1572.
*SÃO PIO V, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO PASCAL - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO PASCAL
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé



O Terceiro Domingo do Tempo Pascal orienta-se à experiência da companhia do Ressuscitado que se manifesta em meio aos discípulos. O Tempo da Páscoa integra o Grande Dia Pascal, o Dia que o Senhor fez para nós. Neste período, a Igreja se deixa encontrar por seu Senhor e busca contemplá-lo e reconhecê-lo mediante os mesmos gestos que ele já realizava enquanto estava na sua companhia. A liturgia celebrada nos dá acesso a estes gestos de maneira que permaneçamos unidos a Jesus corporalmente, assumindo na história humana o posto de sacramento daquele que é Morto-Ressuscitado.
          Somos convidados a reunir-nos em torno do Ressuscitado, o Cordeiro imolado que vive para sempre. A ele queremos dar graças e glorificar, pois nos alimenta com a palavra proclamada e com o pão partilhado. Desafiados pela pergunta que nos faz – vocês me amam? -, abramos o coração, para a resposta de fé e de amor.
          A Palavra de Deus encoraja os seguidores de Jesus diante dos obstáculos à missão. Ela também nos convida a reconhecer, louvar e partilhar o mesmo Cristo, que se oferece em comunhão, e nos desafia a amá-lo.
          É mais importante obedecer a Deus que aos homens. Jesus ressuscitado aparece à comunidade envolvida nos compromissos cotidianos. Cabe à comunidade cristã adorar unicamente a Deus, rejeitando toda idolatria.
           A Liturgia da Palavra deixa entrever uma perspectiva ao colocar-nos diante do testemunho dos apóstolos e, em especial, daquela incumbência dada a Pedro – que envolve a Igreja toda – de cuidar do rebanho que se estende para além dela mesma e se identifica com a humanidade. Por amor, os pastores da Igreja, mas também todos os seus membros, são encarregados pelo Senhor no cuidado para com o mundo. Neste trabalho que os cristãos realizam se cumpre o mandato do amor e se dá a oportunidade para que a criação inteira proclame seu “amém” à vitória do Cordeiro.
          Na Palavra e na obra de homens e mulheres de nosso tempo – hoje lembrando-nos especialmente daqueles que assumem o pastoreio em nome de Cristo – ressoa a boa nova. Como não recordar de Dom Pedro Casaldáliga e a recente perseguição sofrida por conta de seu compromisso com os povos indígenas? Como não fazer memória de tantos bispos, padres, religiosas, leigos e leigas que, espalhados pelas diversas Igrejas Particulares, denunciam os recentes desmandos e corrupção do poder político? Nestas ações corriqueiras é que se manifesta a Páscoa de Cristo, vencendo a morte e fazendo brilhar a vida para sempre.
          Santo Atanásio afirmava: “Jesus ressuscitado converte a vida do ser humano em uma festa contínua”. E acrescenta: “a Páscoa rejuvenesce a vida dos fiéis”. De fato, somos “novas criaturas” que entoam o “canto novo” que consiste na “glória de seu nome”. A celebração litúrgica ao realizar a vida de Cristo, no coração da assembleia, lhe permite irradiar a glória do Senhor que não significa outra coisa que torná-lo manifesto ao mundo por meio da fidelidade ao seu mandato e à sua herança: o amor. Amar os irmãos, arriscar-se pela fraternidade universal, que toma forma nos pequenos gestos de carinho e solidariedade locais, revela o Nome de Deus em nós. Este nome é “Cristo”: Cristo em nós, fazendo-nos partícipes de sua ressurreição por causa de sua compaixão para com o gênero humano.
          Há alguns dias alguém me perguntou, se a Celebração Litúrgica na Igreja é lugar de avaliar o Governo? Na medida em que a Palavra de Deus nos interpela a falarmos sobre nossa missão de servidores, e não senhores ou donos dos cidadãos, como é nosso dever colaborar na formação de consciência crítica, ética e de cidadania de nossas assembleias celebrativas. Foi exatamente esta a missão que o Ressuscitado confiou aos seus discípulos e hoje a cada um que se sente cristão comprometido com o Reino de Deus, que é um Reino de Justiça, de Conversão, de Misericórdia e de Amor ao próximo. Enquanto houver um só cidadão de nossa Pátria carente dos cuidados evangélicos que o ser cristão exige, teremos a obrigação de levar nossas celebrações espirituais à vida hodierna, da porta da Igreja para fora. O Governo que é transparente, que não maquia recursos econômicos e projetos de qualquer natureza, não teme que alguém faça uma lúcida, consciente e crítica avaliação de sua atuação.
          Durante a Campanha Eleitoral o discurso é um: promissor! Na diplomação dos Eleitos, o discurso já “amarela” um pouco e depois da posse, o discurso já não é mais nem um e nem outro. A verdade não se deixa burlar, comprar, corromper e nem está à venda por conta de promessas não cumpridas. Só participa da ressurreição do Senhor quem for coerente sempre entre o que pensa, fala e faz! Portanto, é sim missão e serviço à fraternidade e à promoção da Dignidade Humana, da Igreja de Jesus Cristo Ressuscitado, começando por seus líderes e passando por cada um que se atribua a denominação de Cristão. O resto está fadado a ser diabólico, como diabólicas são as deslavadas Mentiras que ocupam nosso vocabulário politiqueiro, todos os dias! Sejamos honestos e transparentes diante de nós mesmos, de Deus e dos outros. Assim não precisaremos temer a ninguém e a nada que tente nos  desestruturar. O que é Deus não cai. A mentira nos trai!
          Desejando-lhes muitas bênçãos e que todos saibamos usufruir dos aromas que exalam do sepulcro vazio, devolvendo-nos a paz que o pecado nos rouba, com ternura e gratidão, meu abraço sempre amigo,
Padre Gilberto Kasper
Ler At 5,27-32.40-41; Sl 29(30); Ap 5,11-14 e Jo 21,1-19.
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Maio de 2019, pp. 27-30 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo Pascal (Maio de 2019), pp. 33-37.


segunda-feira, 29 de abril de 2019

Apolônio de Carvalho

HOJE, VIVER PELO OUTRO, MAIS DO QUE ONTEM

No amor, é saudável para a minha alma, fazer uma competição comigo mesmo. Isto é, cada dia devo procurar amar mais do que no dia anterior, viver mais pelo outro. Amar nunca é perda de tempo. Amando me torno uma pessoa melhor em tudo, não apenas em bondade, porque coloco amor naquilo que faço. Portanto, sou um profissional melhor, um amigo melhor, um cristão melhor, um pai melhor, um irmão melhor, etc. Viver mais pelo outro estando mais atento às suas necessidades; viver pelo outro fazendo melhor o meu trabalho; viver pelo outro colocando essa intenção naquilo que faço, porque tudo o que faço de bom incide na vida das outras pessoas. Viver mais pelo outro vivendo também a autoestima, isto é, o amor por mim mesmo, porque quando estou bem posso amar mais.

Apolonio Carvalho

Bom dia sob a proteção da virgem da Penha, padroeira do Espírito Santo!!!

domingo, 28 de abril de 2019

São Pedro Chanel Mártir

*SANTO DO DIA*

*SÃO PEDRO CHANEL, MÁRTIR*
Lembramos hoje a vida do grande missionário São Pedro Chanel. Nascido em Cuet em 1803, de uma família do campo, Pedro fez sacerdote na diocese de Turim. 
Desde o seminário Pedro se encantava com a leitura sobre Missões. Respondendo ao apelo de Deus, entrou para a Sociedade de Maria e foi evangelizar as regiões e ilhas da Oceania, Atlântico e Pacífico.
Em 1837 partiu em companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. Chegou a conseguir a simpatia dos mais jovens pela sua doutrina e pela sua presença pessoal. 
Por outro lado, levantou a hostilidade dos mais velhos, ciosos de suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Nessa ilha, a guerra estava tomando conta do povo, que estava dividido por duas tribos.
Avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. Foi morto a golpes de "tacape" no dia 28 de abril de 1841. Seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo 
São Pedro Maria Chanel foi declarado padoreira da Oceania em 1954.  
*SÃO PEDRO CHANEL, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sábado, 27 de abril de 2019

Santa Zita virgem

*SANTO DO DIA*

*SANTA ZITA, VIRGEM*
Zita, nasceu em 1218, perto da cidade de Luca e como tantas outras meninas ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela. Zita foi empregada doméstica durante trinta anos. 
A família onde trabalhava não costumava tratar bem seus criados. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém, agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. Aos poucos, Zita conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados. 
Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores" e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos. 
A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo que repousa intacto. 
Santa Zita é a padroeira das empregadas domésticas.
*SANTA ZITA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*  

Apolônio de Carvalho

SERVIR-NOS MUTUAMENTE

Foi esse o exemplo que Jesus, Mestre e Senhor, nos deixou na última ceia quando lavou os pés dos apóstolos e pediu que fizéssemos o mesmo entre nós. Isto é, que nos servíssemos mutuamente. (Cf. 13,14) Quanto mais nós temos consciência de quem somos, mais constatamos que só nos realizaremos plenamente se estivermos a serviço uns dos outros. Esse serviço é amor puro, gratuito. Mesmo o nosso trabalho remunerado deve ser baseado na gratuidade, porque não devemos fazer as coisas somente por obrigação. Devemos colocar amor em tudo, pensando em quem se beneficia do nosso trabalho. Desse modo, estaremos em atitude de serviço permanente. A nossa vida terá um sentido novo e seremos realmente felizes.

Apolonio Carvalho

Bom dia. Feliz sábado!

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Santo Anacleto Papa e Mártir

*SANTO DO DIA*

*SANTO ANACLETO, PAPA E MÁRTIR*
São Anacleto era grego. Seu nome significa “aquele que é chamado”.
Anacleto foi ordenado diácono por São Pedro. Discípulo fiel, Anacleto seguia Pedro por todo parte, desbravando a cidade de Roma e conhecendo a realidade das diversas igrejas cristãs. 
Foi eleito papa em Roma e aproveitou um tempo de paz concedida aos cristãos sob o reinado do imperador Vespasiano para organizar a Igreja que crescia rapidamente. Chegou a ordenar vinte e cinco sacerdotes em Roma. Também foi dele a estranha ordem de que os homens cristãos não deveriam ter cabelos compridos.
Anacleto foi o segundo sucessor de São Pedro e foi o terceiro Papa da Igreja de Roma, governando-a entre os anos 76 e 88. 
Ele mandou construir um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro. 
Com o passar dos anos, a vida de Santo Anacleto confundiu-se em duas: durante muito tempo a Igreja celebrou Santo Anacleto e santo Cleto como dois santos diferentes. No fim, os dois eram a mesma pessoa.  
*SANTO ANACLETO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quinta-feira, 25 de abril de 2019

São Marcos Evangelista e Mártir

*SANTO DO DIA*

*SÃO MARCOS, EVANGELISTA E MÁRTIR*
Marcos era judeu, da tribo de Levi, era filho de Maria de Jerusalém. Segundo os historiadores teria sido batizado pelo próprio São Pedro e fazia parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino viu sua casa se tornar um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Segundo a tradição, foi na sua casa que Cristo celebrou a última ceia, onde instituiu a Eucaristia e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após Sua Ressurreição. 
Mais tarde, Marcos acompanhou São Pedro a Roma, quando o jovem começou então a preparar o Evangelho. Escreveu o Evangelho por volta dos anos sessenta, sendo esse o mais antigo dos quatro. Em Roma prestou serviço também a São Paulo, em sua primeira prisão. 
São Marcos, depois da morte de São Pedro e São Paulo, viajou para pregar em Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram. 
Ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava a missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou São Marcos como padroeiro. 
O evangelista é representado com um leão aos seus pés.  
*SÃO MARCOS, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO PASCAL - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO PASCAL



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
O Segundo Domingo do Tempo Pascal nos introduz no Tempo em que celebramos a ressurreição do Senhor, como único e grande dia, que se estende desde o Domingo da Páscoa ao domingo de Pentecostes. “Os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, como um grande domingo” (Normas Universais ao Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, n. 22).
          Celebramos o domingo da Divina Misericórdia, instituído por São João Paulo II e damos graças ao Senhor por seu eterno amor por nós, disposto a nos perdoar, sempre que nosso coração arrependido volta-se para ele.  Escolhi como lema de minha Ordenação Presbiteral, a quinta Bem-aventurança do Sermão da Montanha de Jesus: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7), justamente porque não obstante meus incontáveis limites, o Senhor me quis Sacerdote, tamanha Sua Misericórdia por mim! Como Tomé, exclamamos maravilhados: “Meu Senhor e meu Deus”.  Desde criança aprendi que a profissão da fé de Tomé seria a ideal, cada vez que fizesse a genuflexão diante do Cristo Sacramentado, seja na Hóstia Consagrada exposta, seja escondida no Sacrário. Por isso, quando coloco o joelho direito no chão, em sinal de adoração ao Senhor presente no mistério de nossa Fé, a Eucaristia, digo com a poesia de meu coração: “Meu Senhor e meu Deus”. Também quando ergo Jesus transubstanciado de um pedacinho de pão em Seu Corpo e de um pouquinho de vinho no Seu precioso Sangue, meu coração remete aos meus lábios a mesma expressão: “Meu Senhor e meu Deus!”.
O primeiro encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos é marcado pela saudação feita por Ele: “A paz esteja convosco”. Por duas vezes o Ressuscitado deseja a paz a seus amigos. Em seguida, os envia em missão, soprando sobre eles o Espírito. Buscar e construir a paz é missão dos seguidores do Ressuscitado, pois o Reino de Deus, anunciado e realizado por Jesus e continuado pelas comunidades animadas pelo Espírito, manifesta-se na paz. Reino de Justiça, Paz e Alegria como frutos do Espírito Santo. O Apóstolo, amigo de Jesus, ressalta que a paz, para ser autêntica, deve ser trazida pelo Cristo. Uma paz diferente da paz construída pelos tratados políticos. Paz (é shalom) significa integridade da pessoa diante de Deus e dos irmãos. Significa também uma vida plena, feliz e abundante. Paz é sinal da presença de Deus, porque o nosso Deus é um “Deus da Paz” (Rm 15,33). Paz significa muito mais do que ausência de guerra. Significa construir uma convivência humana harmoniosa, em que as pessoas possam ser elas mesmas, tendo o necessário para viver, convivendo felizes.
          A comunidade, que abre suas portas, acolhe o Senhor e o segue é enviada pelo Espírito do Ressuscitado a testemunhar o amor do Pai, isto é, a prolongar, no curso dos tempos, a oferta da vida que, em Jesus, Deus fez à humanidade. O reino da vida que Cristo veio trazer é incompatível com as situações desumanas em que vivem mergulhados milhões de seres humanos. “Como discípulos e missionários, somos chamados a intensificar nossa resposta de fé e a anunciar que Cristo redimiu todos os pecados e males da humanidade” (Documento de Aparecida, n. 134).
          O cristão isolado (ausente da comunidade) é vítima do egoísmo e exige provas para crer. É na vida da comunidade que encontramos as provas de Jesus que está vivo. Ser cristão, hoje, requer e significa pertencer a uma comunidade concreta, na qual se pode viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão. Por esta razão, a marca registrada deste Segundo Domingo da Páscoa é a , vivida em comunidade. É em comunidade que se realiza o encontro com o Ressuscitado e a experiência de uma vida nova cheia da Misericórdia de Deus, revelada pelo próprio Vivo entre nós! No tempo da Páscoa, a comunidade cristã tem a oportunidade de aprofundar o evento da salvação, cuja memória desponta de modo pungente na liturgia desse tempo.
          Convém chamar a atenção para o fato de que a vida nova não está isenta de dificuldades. O cristão não é tirado do mundo pelos sacramentos que celebra, mas situado nele de uma maneira especial: como comunidade que aponta e evoca uma realidade nova, mostrando aos demais que a salvação alcançada em Cristo se realiza e se prolonga naqueles que aderem a Ele (). Pela comunhão com os irmãos, pela promoção da justiça e da libertação, pelo cultivo de utopias e esperanças de vida e de inclusão, a comunidade dos fiéis torna-se sinal da Páscoa, sinal da vida nova que Deus quer e preparou para todos. É possível enumerar vários acontecimentos que confirmam a convivência entre a realidade e a realização da Páscoa e os fatos e situações que indicam a direção contrária: violência, medo, fome, miséria, desastres, corrupção e maldade de todo tipo. Contudo, o fiel é chamado a ver além e através dessas realidades: a vitória de Cristo sobre a morte é também vitória sobre o pecado do mundo e seus efeitos. Os males que atravessam a nossa existência se tornam para os que veem, pela fé, sinais da realidade maior e melhor.
          Os sinais da ressurreição alcançam multidões e suscitam a fé. A palavra de Deus nos mostra que o Senhor é presença, permanente na comunidade cristã e ele nos deixa o dom da paz e da reconciliação.
          O movimento de Jesus vai crescendo graças a comunidades generosas e comprometidas. A comunidade fiel a Jesus vive e propaga a paz e a reconciliação. Jesus ressuscitado anima e sustenta a comunidade fiel a ele.
          Em tempos de ofertas religiosas de mercado, os espetáculos e as manifestações milagreiras tendem a desenraizar a experiência de Deus. Valem as “curas”, os choros, os arrepios, as emoções movidas por supostas adivinhações ou “revelações” misteriosas. Ninguém olha para as próprias feridas e para as feridas alheias para reconhecer a vida secreta que nelas habita. Os obstáculos e desafios não servem mais para fortalecer e serem abraçados como cruz do discipulado. São evitados. Aceita-se a indiferença, sem qualquer perspectiva de solidariedade, de profetismo, de luta em vista de uma transformação. A Páscoa nos convida para algo mais: para a luz que brilha na noite, para a palavra que recria, para vida que emerge das águas, para o pão que cria vida ao ser partido. A fé está enraizada na vida; na existência faz seu húmus. A ressurreição eleva aquilo que a encarnação assumiu.
          Acolhamos o dom da paz e do Espírito que nos constitui em artífices de relações novas, reconciliadas e fundadas na justiça e na misericórdia.
          Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
Ler At 5,12-16; Sl 117(118); Ap 1,9-13.17-19 e Jo 20,19-31.
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Abril de 2019, pp. 109-112 e Roteiros Homiléticos da CNBB para o Tempo Pascal (Abril de 2019), pp. 28-32.


Apolônio de Carvalho

HÁ SEMPRE ESPERANÇA EM RECOMEÇAR

É a esperança que nos faz recomeçar cada dia, cada momento, após cada fracasso, após cada recaída nos mesmos erros, até que a caridade triunfe acima de tudo em nossa vida. É a esperança que nos faz recomeçar diante do descrédito dos outros, ou de nós mesmos, e faz triunfar a fé. É a esperança que nos faz recomeçar diante de toda desesperança, diante de tudo o que parece impossível, diante do longo tempo para obter respostas, até que a própria esperança reine soberana em nossas vidas e sejamos luz para mundo. A esperança está no Crucificado Ressuscitado; está no amor que vence a morte; está na vida verdadeira. Quando seguimos o caminho indicado pela luz do Ressuscitado em nós, recomeçamos sempre sem nunca perder a esperança.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

São Fidélis de Sigmaringa

*SANTO DO DIA*

*SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA*
Nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringa, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos. Era particularmente aberto à amizade, amante do belo e da música, hábil no movimento dos dedos sobre vários instrumentos musicais. 
Estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado, em 1601. Recebeu o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.
Aos trinta e quatro anos abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidélis. Cuidava com coragem e caridade daqueles das pessoas atingidas pela peste. Escreveu muito e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. 
Enviado à Suíça para apaziguar as tensões entre católicos e protestantes, foi acusado de espionagem e morto que após celebrar a Missa. Dizem que, ferido por um golpe de espada, pôs-se de joelhos e perdoou aos seus assassinos, rezando por eles esta oração: “Senhor, perdoai meus inimigos. Cegos pela paixão, não sabem o que fazem”.  
*SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

terça-feira, 23 de abril de 2019

Apolônio de Carvalho

O AMOR  CONSTANTE RENOVA A VIDA INTERIOR

A maior vitória que podemos ter não é sobre algum inimigo externo, mas é a vitória sobre nós mesmos. Vencer o egoísmo, sair de si para amar o próximo. Vencer o cansaço, o comodismo, o preconceito, para ir ao encontro do outro. Vencer as intrigas, a maledicência, o julgamento e a condenação, para distribuir o perdão e instaurar a paz nos relacionamentos. Celebrar a vitória do amor sobre o ódio, do bem sobre o mal, na batalha quotidiana dentro do nosso coração. Que a vitória do nosso "homem novo" seja constante e que a derrota do nosso "homem velho" seja para sempre. Porque o "homem novo" é a presença do Ressuscitado dentro de nós. Ele venceu a morte para dar-nos a vida. Ele venceu a morte com o amor, por isso o amor constante renova a nossa vida interior.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Apolônio de Carvalho

TER A CORAGEM DE DAR O PRIMEIRO PASSO

Ter a coragem de dar o primeiro passo para a reconciliação. Lembremo-nos da história do vaso quebrado que é reparado com cola misturada com ouro em pó: permanecerá visível a ruptura, mas o vaso se tornará mais valioso que antes. Ter a coragem de dar o primeiro passo em direção ao novo. Não levaremos desta vida nenhum dos nossos apegos. Levaremos somente o amor que colocamos em tudo o que fazemos: é sobre isso que seremos julgados. Ter a coragem de dar o primeiro passo em perdoar e em pedir perdão: descobriremos a verdadeira liberdade e a felicidade plena. Ter a coragem de dar o primeiro passo em testemunhar o amor ao próximo em todas as circunstâncias: seremos reconhecidos como filhos de Deus.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

domingo, 21 de abril de 2019

Santo Anselmo Bispo e Doutor da igreja

*SANTO DO DIA*

*SANTO ANSELMO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA*
Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033. Seu pai queria projetar seu filho na vida da nobreza e sonhava para ele uma carreira promissora. Quando soube do desejo de Anselmo em fazer padre, opõe-se radicalmente. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, fez a vontade do pai até os vinte anos.
Mas na flor da juventude, Anselmo fugiu de casa, para poder se tornar um religioso. Ele queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. 
Viajou pela França até chegar à Normandia, onde se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo ordenou-se e formou-se teólogo. Logo foi eleito abade do mosteiro e professor.
Passou então a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, começou a implantação de uma grande reforma monástica. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no ocidente. Anselmo defendia a capacidade da razão humana para investigar os mistérios divinos. Propôs a prova da existência de Deus: se temos a idéia de um ser perfeito, a perfeição absoluta existe, logo o ser perfeito existe. A essência da redenção acha-se na união do indivíduo com Cristo na eucaristia. E o batismo abre o caminho para essa união.
Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique Primeiro. Mas, tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor. 
Anselmo morreu em Cantuária, com setenta e seis anos, em 1109 e foi declarado "Doutor da Igreja" pelo Papa Clemente XI, em 1720.  
*SANTO ANSELMO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sábado, 20 de abril de 2019

Santo Antonino Bispo

*SANTO DO DIA*

*SANTO ANTONINO, BISPO*
Antonino nasceu em Florença. O diminutivo de seu nome surgiu por causa de sua estrutura física frágil e pequena. Ainda jovem, com dezesseis anos, resolveu tornar-se dominicano. Fez seus estudos com zelo e cultiva uma espiritualidade profunda. Santo Antonino foi homem de grande cultura e de virtude.
Fez padre na ordem dos pregadores e veio a tornar-se Arcebispo da cidade italiana de Florença. Antes de sua posse, Antonino fugiu para não ter que assumir o cargo, mas foi encontrado e teve que aceitá-lo. Revelou-se um grande arcebispo, cheio de zelo e espírito apostólico.
Mesmo como Bispo, Antonino mantém sua vida de oração e austeridade. Apesar da seriedade com que vivia sua consagração, Antonino era doce e bondoso com todos os que o procuravam. 
Foi ele o fundador do convento de São Marcos em Florença e incentivou a execução dos afrescos de Fra Angélico, marcados por raro valor artístico. O povo costumava chamá-lo de "Antonino dos Bons Conselhos". O convento de São Marcos abriu a primeira biblioteca pública da história
Combateu o paganismo renascentista e defendeu o Papado no Concílio de Basiléia. Sua formação em direito canônico o fez conhecido em Roma como consultor dos bispos. Deixou escritos teológicos de valor. Tal era sua fama de santidade no tempo em que vivia que, certa vez, o Papa Nicolau Quinto declarou que o julgava digno de ser canonizado ainda vivo. 
Faleceu em 1459, sendo imediatamente venerado pelo povo. 
*SANTO ANTONINO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Santo Expedito Martir

*SANTO DO DIA*

*SANTO EXPEDITO, MÁRTIR*
Expedito, era chefe da Legião Romana numa das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque, o imperador Diocleciano, tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.
Santo Expedito estava à frente de uma das mais gloriosas legiões, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. 
"Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam freqüentemente a certas pessoas um apelido, que designava um traço de seu caráter.
Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe Legião Romana, martirizado com seus companheiros no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir. 
Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, Santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes.
Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa em latim "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado, de volta: "Hodie! Hodie!", ou seja "Hoje! Hoje!". E assim agiu.
*SANTO EXPEDITO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

TESTEMUNHAR A ESPERANÇA EM CADA PROVAÇÃO

O maior testemunho de esperança é abandonar-se inteiramente nas mãos de Deus. A única coisa que Deus nos pede diante de qualquer provação é que continuemos a amar, o resto Ele resolve. Quando continuamos a amar diante dos problemas, das provações, temos a luz. E com ela não perdemos a esperança. Não podemos evitar as dificuldades, mas diante de cada uma delas podemos decidir se agir sozinhos ou junto com Deus. Nunca estamos sós quando temos fé, esperança e caridade: quando nos abandonamos nas mãos de Deus; quando temos a certeza de sua intervenção em nossa vida; quando amamos sempre. "Aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar."  (Is 40,31)

Apolonio Carvalho

Feliz dia do aleluia

quinta-feira, 18 de abril de 2019

São Galdino Bispo

*SANTO DO DIA*

*SANTO GALDINO, BISPO*
Galdino nasceu em 1096 e cresceu em Milão no início do século doze. Tornou-se religioso, passando logo a auxiliar diretamente o arcebispo de Milão. Juntos enfrentaram um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV, que era apoiado pelo Imperador Frederico, o Barbaroxa.
Como Milão fazia oposição, a cidade foi simplesmente arrasada em 1162. O arcebispo e Galdino só não morreram porque procuraram abrigo junto ao Papa oficial, Alexandre III. 
Com o morte do arcebispo de Milão, o Papa não teve nenhuma dúvida em nomear o próprio Galdino e o consagrou bispo pessoalmente em 1166.
Galdino não decepcionou sua diocese católica. Praticava a caridade e instigava todos a fazê-lo igualmente. Pregava contra os hereges, convertia multidões e socorria também os pobres que se encontravam presos por causa de dívidas.
Galdino defendia seu povo e sua terra em tudo o que fosse preciso. Morreu em 1176, justamente no instante em que fazia um sermão inflamado contra os inimigos da Igreja e da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, em frente a um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.  
*SÃO GALDINO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

SOLENIDADE DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR - PADRE GILBERTO KASPER

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
SOLENIDADE DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

A Vigília Pascal é a celebração da Ressurreição por excelência. Seu caráter de vigília não se refere à preparação da festa, mas tem raízes na celebração da vigília dominical, presente na origem do culto cristão, em que se começa a celebrar o Dia do Senhor ainda no sábado, desembocando no amanhecer do Domingo. A Vigília Pascal, portanto, não é vigília à espera de uma festa, mas a própria festividade; a mais importante que ocorre no Domingo de Páscoa. A solenidade do terceiro dia do Tríduo Pascal.
          A celebração da Vigília Pascal consta de quatro momentos que costumamos designar como: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
          É verdade que, de modo bem semelhante ao que ocorreu às mulheres diante do sepulcro vazio, os acontecimentos da vida nem sempre nos parecem fáceis de interpretar, de modo que através deles reconheçamos a Páscoa de Cristo nos envolvendo. Ao nos depararmos com a crueza da violência urbana, a rapidez com que as pessoas são destruídas pelo uso do crack nas grandes cidades, a luta interminável dos povos indígenas de nosso país em conseguir seu pedaço de chão para sobreviver, a perseguição daqueles que se põem ao seu lado, a corrupção institucionalizada no setor político-financeiro... Tudo o que contemplamos com nossos olhos não parece testemunhar a vitória de Cristo sobre a morte. Parece que estamos a procurar entre os mortos aquele que está vivo.
          Cristo Ressuscitou. Vida nova se inicia: tristeza e desânimo pertencem ao passado; esperança e otimismo contagiam nossa existência. Jesus venceu a morte e vive para sempre junto à nossa comunidade e a cada um de nós.
          Acompanhemos Maria Madalena ao túmulo e ouçamos dela a alegre notícia: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram” (cf. Jo 20,2).
          Enquanto a humanidade destrói e mata, Deus ressuscita e dá vida. O amor nos faz acelerar o passo na busca dos objetivos. A presença do Ressuscitado provoca vida nova na comunidade.
          O texto de João que proclamamos, na celebração da Páscoa, conjuga o primeiro e o terceiro dia. O Domingo – Dia do Senhor – é ocasião concreta, experimentável para que os cristãos possam descobrir que Cristo Ressuscitou, segundo o testemunho das Escrituras. O Domingo, para os cristãos de todos os tempos, se mostra como uma submissão do tempo a Deus. Mas, na verdade, é uma maneira de designar a submissão do ser humano e todas as demais criaturas a seu criador, uma vez que o tempo não existe em si mesmo, mas se dá nas percepções e inteligência do ser humano. O Dia é uma imagem do ser humano. Portanto, dizer Dia do Senhor é falar do ser humano (e da criação inteira da qual ele é símbolo) como pertença a Deus. Em especial, por causa da Páscoa de Jesus, é uma maneira de colocar no centro das atenções a importância – e urgência – do ser humano redimido. O Dia é uma imagem do ser humano que vive de processos, ritmos e ritos. Do ser humano que se vai construindo. Melhor dizendo, do ser humano que se vai revestindo de glória nas palavras da carta de Paulo aos Colossenses.
          Esta experiência precisa encontrar lugar real e concreto em nossa época. O domingo, como um dia no calendário, não mais responde por aquela ocasião em que as pessoas podem obter o descanso, exercitar a convivialidade com a família e os amigos. É mais um dia de consumo, de produção, de lucratividade. Para a tradição ocidental da qual fazemos parte – por influência da fé cristã – o domingo era um dia para recordar a permanente necessidade de humanização. Mas, dia após dia, tudo é igual e as urgências humanas dão lugar a urgências econômicas.
          Neste sentido, é fundamental reunir-se para celebrar, de modo que os gestos humanos revelem a Escritura e a Escritura lhes confira sentido, reorientando nossa existência. Nesta direção, é muito significativo o convite feito na aclamação ao Evangelho, reiterado, como antífona no canto de comunhão: Celebremos, assim, esta festa, na sinceridade e na verdade. A Páscoa celebrada tende sempre a fazer-se verdade sincera em nossos dias, quer dizer, em nossa vida e em sua trama cotidiana. Sabemos que o cotidiano em si não existe – é algo sem forma. Mas o que lhe poderá dar cor, sabor, contorno, veracidade senão a experiência profunda do encontro com o Ressuscitado que continua a passar fazendo o bem como outrora Pedro afirmou? Assim, o tempo pascal se estende diante de nossos olhos como um único dia, o Dia do Senhor, no qual a pessoa humana se redescobre e redefine como criatura de Deus, enriquecida com o seu Amor que a faz reconhecer-se filha bem-quista e com pleno direito à felicidade num mundo mais justo e mais cheio de paz.
          A Páscoa nos remete ao túmulo vazio de onde exalam os perfumes do Ressuscitado! É desse sepulcro vazio que emana o conteúdo de nossa acolhida, compreendida, celebrada e vivida na relação com Deus, que nos oferece o único Cordeiro Imolado necessário para nossa felicidade plena, seus Filhos, Jesus Cristo, agora vive presente entre nós, por força e obra do Espírito Santo!
          Como discípulos missionários do Senhor, a exemplo de Maria Madalena e dos apóstolos Pedro e João diante do túmulo vazio, nos tornemos testemunhas da ressurreição e experimentemos sua presença de Ressuscitado na pessoa de cada irmão, na comunidade reunida na fé, na Palavra de Deus proclamada e no Pão e Vinho partilhados.
           Deixemo-nos envolver pelos aromas da ressurreição no esforço hodierno de configurarmo-nos cada dia mais com o centro de nossa vida, apaixonando-nos por Aquele que nos move a ser melhores do que somos, Jesus Cristo vivo e ressuscitado no meio de nós!
          Feliz e santa Páscoa a todos! Cheio de ternura, o abraço amigo e sempre fiel,
Padre Gilberto Kasper
(Ler At 10,34.37-43; Sl 117(118); Cl 3,1-4 e Jo 20,1-9 ou nas Missas Vespertinas: Lc 24,13-35. Na Missa do Dia pode-se também proclamar o Evangelho da Vigília Pascal: Lc 24,13-35.

Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Abril de 2019, pp. 90-94 e Roteiros Homiléticos da CNBB para a Páscoa (Abril de 

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Santo Aniceto Papa

*SANTO DO DIA*

*SANTO ANICETO, PAPA*
Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do Papa São Pio I, em 155, no tempo em que Antônio era o imperador romano. Além da perseguição do Império, o Papa Aniceto teve que enfrentar também cismas internos da igreja. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do Papa. Seu maior desafio foi o herege Marcião, que pregava um espiritualismo vazio e histérico, e a questão da data para celebração da Páscoa.
Mas o Papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, o grande Policarpo, que o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu também um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.
Outro auxiliar foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o Papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. 
O Papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja. O seu corpo foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calixto.  
*SANTO ANICETO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

terça-feira, 16 de abril de 2019

Apolônio de Carvalho

SERVIR O PRÓXIMO COM DEDICAÇÃO

Não é apenas indo ao encontro de pessoas necessitadas que podemos servir o próximo. Podemos fazê-lo começando em nossa vida rotineira: em casa, no trabalho e com os nossos amigos. Dedicar tempo a cada membro da família, sentir as necessidades de cada um, estar atento a pequenos detalhes que podem deixá-lo feliz. Fazer o nosso trabalho rotineiro com dedicação, lembrando que cada pessoa que vai usufruir do fruto de nosso trabalho é um próximo que pode e deve ser amado dessa maneira anônima, mas concreta. Fazer-se presente na vida dos amigos, demonstrando com gestos simples o quanto são importantes na nossa vida. Fazer por todos eles o que gostaríamos que fizessem por nós. Depois disso, a nossa sensibilidade se desenvolverá e iremos pelo mundo servindo com dedicação a cada próximo que encontrarmos. Hoje, comecemos pelos próximos "mais próximos".

Apolonio Carvalho

Bom dia!

segunda-feira, 15 de abril de 2019

São Cezar De Bus

*SANTO DO DIA*

*SÃO CÉZAR DE BUS*
César de Bus nasceu em 1544 e desejava seguir a carreira militar, mas foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença. 
Animado por alguns amigos cristãos, entre eles alguns jesuítas e uma camponesa, ele reencontrou a religião e a vida cristã. Não perdeu tempo: tão logo se curou trocou de vida e se pôs a estudar para se tornar sacerdote. Enquanto se preparava começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo.
Fundou, com o auxilio de um primo centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural. 
César de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando uma comunidade que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários. 
Depois de um longo período de sofrimento por uma enfermidade César de Bus, morreu no dia 15 de abril de 1607. 
*SÃO CÉZAR DE BUS, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

domingo, 14 de abril de 2019

Apolônio de Carvalho

ESTAR ACESO NO AMOR A CADA MOMENTO

Quando o homem primitivo descobriu o controle sobre o fogo, fazia um grande esforço para mantê-lo aceso. Isso significava que devia alimentá-lo a todo instante com folhas e galhos secos. Da mesma forma, a centelha do amor que Deus colocou em nosso coração, deve ser alimentada a cada instante para manter-se acesa. O amor se alimenta de mais amor. Quanto mais amamos, mais o fogo do amor aumenta. Esse fogo queima nosso egoísmo, destrói os sentimentos ruins, consome em suas chamas os nossos pecados, deixando intactas todas as virtudes. O amor de Deus é um fogo que forja em nós uma nova criatura. Ele destrói todas as vaidades e deixa em evidência somente o bem, a justiça e a verdade.

Apolonio Carvalho

Bom domingo de Ramos...

Santa Luduina

*SANTO DO DIA*

*SANTA LIDUÍNA* (LUDVINA)
Liduina nasceu na Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. 
Até aos quinze anos Liduina era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Ficou quase morta, com muitas lesões graves. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família. Ela ficaria presa na cama!
Os anos se passavam e Liduina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot. Com conversas serenas o sacerdote lhe recordou que Deus poda a árvore para que ela produza mais frutos. E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para Ele e rezasse sempre. 
Liduina entendeu que do seu leito podia colaborar com a Redenção, ofertando seu martírio para a salvação das pessoas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser este o seu caminho. Diz a história que neste momento, Liduina ficou iluminada por uma hóstia consagrada que apareceu em sua fronte.
Liduina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos, mas que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.
Liduina só se alimentava da Sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida seu sofrimento foi terrível. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito. 
Os devotos a consideram padroeira dos doentes incuráveis. Também é padroeira dos patinadores.
*SANTA LIDUÍNA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*