domingo, 31 de março de 2019

Santa Balbina

*SANTO DO DIA*

*SANTA BALBINA, MÁRTIR*
Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.
É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.
Diz a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente pelo papa e mártir são Adriano, que estava na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram batizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio.
Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao seu voto de castidade.
Balbina sofreu o martírio sob o imperador Adriano II. Viveu santamente e recebeu a glória de ter o nome marcado na história da igreja.
*SANTA BALBINA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sábado, 30 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

PERDOAR NOS TORNA LIVRES

Para reflexão da frase de hoje, reporto um texto de Chiara Lubich, contido no comentário da Palavra de Vida deste mês.  "O perdão não é esquecimento (…), não é fraqueza, (…) não consiste em afirmar que não tem importância aquilo que é grave, ou dizer que é bom aquilo que é mau, (…) não é indiferença. O perdão é um ato de vontade e de lucidez, portanto de liberdade, que consiste em acolher o irmão tal como ele é, apesar do mal que nos fez, assim como Deus acolhe a nós, pecadores, apesar dos nossos defeitos. O perdão consiste em não revidar a ofensa com a ofensa, mas em fazer o que diz Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” ¹.   1) Cf. Rm 12,21; Cf. C. Lubich, Costruire sulla roccia, Città Nuova: Roma 1993, p. 56.

Apolonio Carvalho

Bom dia. Feliz sábado!

São Clímaco

*SANTO DO DIA*

*SÃO JOÃO CLÍMACO*
Nasceu na Palestina em 579, dentro de uma família cristã que passou para ele muitos valores, possibilitando a ele uma ótima formação literária.
Clímaco desde cedo foi discernindo sua vocação à vida religiosa. Diante do testemunho de muitos cristãos que optavam por ir ao Monte Sinai, e ali no mosteiro viviam uma radicalidade, ele deixou os bens materiais e levou os bens espirituais para o Sinai. Ali, com outros irmãos, deixou-se orientar por pessoas com mais experiência, fazendo um caminho pessoal e comunitário de santidade.
Foi atacado diversas vezes por satanás, vivendo um verdadeiro combate espiritual.
São João Clímaco buscou corresponder ao chamado de Deus por meio de duras penitências, pouca alimentação, sacrifícios, intercessões e participação nas Santas Missas.
Perseverou até o fim da vida, partindo para a glória aos 70 anos de idade.
*SÃO JOÃO CLÍMACO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 29 de março de 2019

São Segundo Martir

*SANTO DO DIA*

*SÃO SEGUNDO, MÁRTIR*
Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro.
Profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo.
Entretanto, sua conversão aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.
Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo. Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas.
Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119.
No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti. Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.
*SÃO SEGUNDO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*
  

Apolônio de Carvalho

SER MISERICORDIOSOS CONOSCO MESMOS
Amar o próximo como a nós mesmos é a medida do amor que devemos ter para com os outros, que inclui também a misericórdia. Devemos então lembrar-nos de amar a nós mesmos em todos os aspectos, inclusive sendo misericordiosos. A autocondenação é um pecado, pois com ela assumimos uma prerrogativa que compete somente a Deus: a de nos julgar. Não é sinal de humildade, é falta de confiança na misericórdia divina. Ser humilde é fazer um exame de consciência, reconhecer os próprios erros e recomeçar confiante, acreditando no perdão de Deus. Portanto, se Deus usa de misericórdia para conosco, façamos o mesmo. A autopiedade é uma forma de querer condenar os outros pelos nossos fracassos. Enquanto a autocondenação é querer assumir toda a culpa sozinho. O equilíbrio está em sermos misericordiosos com todos e conosco mesmos. "Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso."  (Lc 6,36)
Apolonio Carvalho

quinta-feira, 28 de março de 2019

Santa Gisela

*SANTO DO DIA*

*SANTA GISELA*
Santa Gisela nasceu em 985. Filha do duque bávaro, Henrique, e de Gisela de Barganha. Em 996 os emissários da Hungria vieram a sua casa, para a alegria de seus pais, pedir sua mão em casamento. Gisela que tinha se consagrado a Deus no íntimo de seu coração não teve como mudar esta situação e assim mudou-se para a corte principesca húngara, casando-se com o rei Estevão.
Porém, sua meta continuava a ser a de levar todo o povo para Cristo. Gisela foi coroada e ungida como primeira rainha cristã dos húngaros e com ela, seu marido Estevão que se converteu ao cristianismo por sua influência.
Gisela ajudou na construção e nos reparos de igrejas, construiu a Catedral de Vezprim para a qual doou ricos feudos. Mandou vir escultores da Grécia para embelezarem as Igrejas. Porém passou por grandes sacrifícios. Perdeu a primeira filha e logo depois, o filho. Outras duas filhas se casaram e jamais as reviu por partirem para terras muito distantes. Seu filho Américo, que deveria sucedê-la ao trono real, também faleceu. Mais tarde ele foi canonizado pela sua santidade.
Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção de Nossa Senhora, dia em que se consagrara anos atrás, seu esposo faleceu, e também foi canonizado. Após tantas mortes passou a receber tratamentos hostis do povo pagão húngaro. Confiscaram seus bens, proibiram-na de se corresponder com parentes de países estrangeiros, prenderam-na e a maltrataram. Depois de vários anos de prisão, foi libertada por Henrique III, em 1042. Voltou a Baviera e se fez beneditina no Mosteiro de Niederburg, o qual Henrique II elevara à categoria de abadia.
Prudente e sábia foi eleita abadessa, governando a abadia até 7 de maio de 1065. Foi enterrada na capela de Parz. Logo após sua morte vinham romeiros de todos os recantos do mundo rezar junto ao seu túmulo.
*SANTA GISELA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS QUARTO DOMINGO DA QUARESMA - LAETARE - PADRE GILBERTO KASPER



COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
QUARTO DOMINGO DA QUARESMA - LAETARE


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

          Na caminhada rumo à Páscoa, atingimos o quarto estágio de nosso grande retiro. À medida que os dias passam, e as festas pascais se aproximam, aumenta nossa alegria. “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações”(Is 66,10s).
          O Senhor nos acolhe e convida a tomarmos parte no banquete do seu amor misericordioso, deixar o nosso coração transbordar de alegria com a música da festa, com as coisas boas que aconteceram na convivência com as pessoas e a buscar no interior de nossa vida motivos para bendizer o Senhor.
          Neste Quarto Domingo da Quaresma ressoa o convite de participarmos na alegria do Pai que, agora, por meio de Jesus Cristo, acolhe e salva os pecadores. O amor e a bondade de Deus libertam as pessoas de suas misérias, da solidão e do desespero. Para que isto aconteça, se faz necessário entrar na lógica do amor e da bondade do Pai que se revelam em Jesus.
          Como filhos pródigos reconduzidos ao aconchego familiar pelo abraço amoroso do Pai, começamos a experienciar o amor de Deus que, na Páscoa de seu Filho Jesus, nos perdoa e nos acolhe com carinho em sua casa. À luz do gesto do Pai misericordioso entendemos melhor que a “fé, que atua pelo amor” (Gl 5,6), torna-se um novo critério de entendimento e de ação que muda toda a vida do homem. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.
          Assim como o povo de Deus celebrou a Páscoa e se alimentou dos frutos da terra após entrar na terra prometida, vamos nos nutrir da palavra da vida, que nos torna novas criaturas em Cristo e nos faz experimentar a acolhida carinhosa do Pai celeste.
          O povo se liberta à medida que consegue o sustento com o próprio trabalho. Elementos básicos da boa convivência familiar são a reconciliação, a alegria e o diálogo. A encarnação de Jesus reconciliou-nos com Deus e nos tornou novas criaturas.
          Celebrando hoje o mistério do amor misericordioso de Deus, vemos que a parábola põe em cena três personagens: o pai, o filho mais novo e o filho mais velho. Três figuras que se transformam em referenciais para o nosso modo de ser e agir.
          O pai é o protagonista da parábola. É apresentado como uma figura excepcional, que conjuga o respeito pelas decisões e pela liberdade dos filhos, com um amor gratuito e sem limites. Esse amor manifesta-se na comoção com que abraça o filho que volta, mesmo sem saber se esse filho mudou a sua atitude de orgulho e de autossuficiência em relação ao pai e a casa. Trata-se de um amor que permaneceu inalterado, apesar da rebeldia do filho. Um pai que continuou amando, apesar da ausência e da infidelidade do filho.
          O filho mais novo é ingrato, insolente e obstinado, que exige do pai muito mais do que aquilo a que tem direito. Da perda dos bens materiais brota a consciência da dignidade perdida e da condição de filho desperdiçada. Aqui emerge a grandeza da relação filial com o pai. Decididamente, o jovem filho empreende o caminho de retorno à casa do pai. É o apelo do tempo quaresmal: “Deixai-vos reconciliar com Deus”! O abraço reconciliador do pai faz o pecador experienciar a alegria do perdão.
          Na cena há alguém que não entende a festa e nem a suporta: o filho mais velho. Ele é o “certinho” que sempre fez o que o pai mandou, que cumpriu as normas e que nunca passou por sua cabeça abandonar a casa do pai. No entanto, seu modo de proceder se pauta mais pela lógica da “justiça” do que da “misericórdia”. Este filho está satisfeito em servir um pai-patrão e incomodado diante do “pai cuja alegria é perdoar”.
          A Quaresma ao mesmo tempo em que nos convida ao retorno à casa do Pai, “deixando-nos reconciliar por ele”, apela à misericórdia solidária: “Jesus Cristo ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é também chamado a ter misericórdia para com os demais”. O ser humano alcança o amor misericordioso de Deus e a sua misericórdia, na medida em que ele próprio se transforma interiormente, segundo o espírito de amor para com o próximo.
          A liturgia deste domingo convida-nos a experimentar a alegria da Páscoa que se aproxima, porque já não há mais lugar para tristezas, pois o amor misericordioso do Pai por nós seus filhos nos torna participantes de seu banquete.
          A parábola do Pai Misericordioso nos sugere os passos do Sacramento da Reconciliação: exigimos a parte da herança que nos pertence, saímos da casa do pai, cuja convivência virou “mesmice”, nem olhamos para trás, deixando o pai falando sozinho. Viramos as costas para ele e nos desvencilhamos dele. Fazemos de nossa vida o que bem queremos. Perdemos a noção de valores e nos afogamos no consumismo, atraindo para nós mesmos um razoável grupo de amigos, que nos ajudam a gastar descabidamente nossa vida. Quando acaba nosso dinheiro, acabam também a fama, o prestígio e os que pensávamos nossos amigos, mas que eram meros interesseiros. Fazemos a experiência da exclusão, da difamação e até da calúnia. Entramos em “depressão profunda”, chegando ao fundo do poço. É neste estágio de nossa vida que nos lembramos do Pai. Numa rápida retrospectiva de vida, fazemos um profundo exame de consciência. Eis os passos da boa confissão.
          Reconhecemo-nos sujos, cheios de pecados. Isso exige humildade!
          Fazemos nosso Ato de Arrependimento ou contrição. Enchemo-nos de coragem para a volta. Aqui é interessante perceber que o Pai não corre atrás do filho. Deixa que vá. Mas fica, cheio de esperança, de olhos fixos na volta do pródigo. E quando o avista, nem deixa que chegue, mas sai correndo ao encontro do filho que resolveu voltar. A alegria do Pai, em avistar a volta do filho é maior do que qualquer pretensão de castigo.
          O filho se diz arrependido e pede o perdão. Também aí o pai nem deixa o filho terminar sua confissão. Abraça-o, sinal de acolhida. Beija-o, sinal de ósculo da paz. O beijo no rosto do filho garante que lhe será restituído a paz que o pecado lhe roubou. Túnica nova: o passado já passou; daqui para frente é vida nova, como nova é a túnica. Quem uma vez foi perdoado pelo Pai, não tem mais o direito de culpar-se de nada. Sandálias para os pés, já que somente filhos de escravos andavam descalços. Os filhos dos Senhores calçavam sandálias. Anel no dedo: volta à condição de príncipe e herdeiro. Mesmo que tenha esbanjado a parte de sua herança, continua sendo herdeiro de tudo o que é do Pai. Novilho gordo, música e festa: A Eucaristia que celebra sempre de novo a Páscoa do Senhor! É lindo demais este riquíssimo Sacramento da Reconciliação!
          Já o filho mais velho não aceita a volta do irmão. Sente inveja porque o Pai acolhe aquele que abandonara a Família. É duro no julgamento, pois ele sempre observou tudo direitinho. Não conhece a dimensão da misericórdia do Pai. Prefere condenar a acolher. Um pouco daquilo que acontece frequentemente em nossas Comunidades. Acontece, também, no Presbitério, na Política e na Sociedade! Somos muito rígidos em nossos julgamentos e nos colocamos no lugar de Deus, já emitindo nossa condenação, geralmente expressa na exclusão do que consideramos mais pecador do que nós.
          Que a Quarta Semana da Quaresma nos ajude na profunda conversão. A qual dos personagens nos identificamos mais: ambos merecem o amor misericordioso do Pai. Porém, o Pai não impõe, mas dispõe da graça do perdão! É necessário que sintamos e queiramos a necessidade do perdão de Deus. Concluo com o que gosto de pensar: justiça + misericórdia = amor com sabor divino!
          Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, meu abraço sempre fiel e amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Js 5,9-12; Sl 33(34); 2Cor 5,17-21 e Lc 15,1-3.11-32)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Março de 2019, pp. 97-100 e Roteiros Homiléticos da CNBB da Quaresma (Março de 2019), pp. 54-60.

Apolônio de Carvalho

AUMENTAR EM NÓS A GENEROSIDADE

A nossa felicidade é proporcional ao quanto somos generosos. É fácil chegar a essa conclusão, pois nunca não vi um egoísta feliz. Está sempre preocupado em ter mais; e quanto mais tem, mais insatisfeito e mais infeliz. O egoísmo não satisfaz, a generosidade sim. Portanto, aumentar em nós a generosidade significa também aumentar a nossa felicidade. Algumas vezes, ouço alguém dizer que não devo ser tão generoso porque algumas pessoas podem se aproveitar disso. Respondo como Madre Teresa de Calcutá: Mas aí, o erro é da pessoa que me explora e não meu que sou generoso. Quem acredita na Providência Divina, que é a generosidade de Deus em ação, doa-se sem medidas para fazer o bem ao próximo, porque está escrito: "Dai e vos será dado." (Lc 6,38)

Apolonio Carvalho

quarta-feira, 27 de março de 2019

Santa Lidia

*SANTO DO DIA*

*SANTA LÍDIA*
Santa Lídia era judia e se converteu ao cristianismo. Foi batizada por São Paulo em Filipos. Comerciante de púrpura era natural de Tiatira, na Ásia. Hoje em dia o fato de ser comerciante pode não significar muito, mas no século primeiro isto significava que ela era uma mulher muito rica.
Entre os anos 50 e 53, os apóstolos Paulo, Silas, Timóteo e Lucas foram a Filipos como missionários. Esperaram o sábado para irem à procura de judeus que provavelmente se reuniriam para ler a Escritura. Foi quando encontraram Lídia, uma negociante de púrpura, em meio a um grupo de mulheres.
Lídia ouviu com tal adoração as palavras de Paulo, que logo usou seus dotes de comerciante, fazendo com que não só ela, como seus familiares pedissem o batismo. Logo os apóstolos foram abrigados na própria casa de Lídia, que abandonou a profissão e foi recolher-se na "prosêuca" - um lugar de oração - com outras mulheres.
No Atos dos Apóstolos lemos o testemunho de São Paulo:
“Quando chegou o sábado, saímos fora da porta, à um lugar junto ao rio, onde parecia-nos haver oração. Sentados, começamos a falar às mulheres que se tinham reunido. Uma delas, chamada Lídia, negociante de púrpura da cidade de Tiatira, e adoradora de Deus, escutava-nos. O Senhor lhe abrira o coração, para que ela atendesse ao que Paulo dizia. Tendo sido batizada, ela e os de sua casa, fez-nos este pedido: ‘Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa’. E forçou-nos aceitar seu convite”. (At 16, 11ss)
Este fato ocorreu por volta do ano 55. Santa Lídia foi uma das primeiras cristãs na Europa.
*SANTA LÍDIA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

MENOS PALAVRAS E MAIS FATOS

"Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha." (Mt 7,24) O nosso primeiro testemunho deve ser com a vida, depois com as palavras. Todos gostam de dar a própria opinião, mas as únicas opiniões que convencem são aquelas que revelam a coerência de vida de quem fala. A fé em Jesus Cristo Salvador nos abre a porta do Paraíso, mas as nossas boas obras são os degraus que nos permitem subir para alcançar essa porta. E ao chegar lá, ouviremos do próprio Jesus: "Eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes me  visitar." (Mt 25,35-36)

Apolonio Carvalho

Bom dia!

terça-feira, 26 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

Paz e bem!

_“Não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai”_ (Jo 15,15).

Aqui está a base de uma amizade sólida: a confiança de comunicar tudo.

Fraternuralmente,
Pe. Nereu

*SENHA DE HOJE:*

Bom dia!

26 de março de 2019

CONSOLIDAR OS NOSSOS RELACIONAMENTOS NA CONFIANÇA

Não ganhamos a confiança de um amigo quando lhe agradamos em tudo. Essa motivação, na verdade, gera desconfiança pela suposição de um possível ganho secundário.
A confiança em uma amizade é consolidada através de gestos concretos e gratuitos.
A motivação de uma amizade verdadeira está em Deus. Devemos amar os amigos porque queremos amar a Deus, isto é, amar e servir os amigos porque sabemos que essa é a vontade de Deus. Dessa maneira, nossos amigos se sentem muito mais amados e valorizados porque percebem que o nosso amor é genuíno.
Amemos nossos amigos para agradar primeiramente a Deus. Descobriremos que desse modo agradamos a ambos.
A confiança e a fidelidade entre verdadeiros amigos devem estar acima dos afetos.
O amigo ama o todo tempo e está presente na hora da angústia. (Cf. Pr 17,17).

Abraços,
Apolônio Carvalho Nascimento

*PALAVRA DE VIDA DIÁRIA – FAZENDA DA ESPERANÇA* (WWW.FAZENDA.ORG.BR)

*QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR?* (Mt 18,21-35)

O perdão não é um jogo nem uma mágica. É uma decisão que, muitas vezes, pode exigir de nós perseverança. Em muitas situações, para perdoar, precisamos assumir o prejuízo que o outro nos causou. Isso só é possível quando vamos além do sentimento. É difícil, mas permite que sejamos livres. Quem perdoa aumenta a sua capacidade de amar e torna-se livre. Perdoar.

São Bráulio Bispo

*SANTO DO DIA*

*SÃO BRÁULIO, BISPO*
São Bráulio nasceu na Espanha, por volta de 585. Vinha de família religiosa e teve dois irmãos também com vocação religiosa. Um deles foi bispo de Saragoça, e a irmã, abadessa. Estudou em Sevilha, teve como mestre e grande amigo Santo Isidoro, que era bastante reconhecido por sua sabedoria. Isidoro dirigia-se ao amigo chamando-o de "amadíssimo senhor meu e caríssimo filho".
Aos 20 anos entrou na abadia de santa Engrácia. Nessa abadia são Bráulio fez os estudos elementares, ajudado pelo seu irmão João, na vida ascética. Dez anos depois foi para Sevilha aperfeiçoar-se com santo Isidoro.
Quando em 631 faleceu o bispo João, foi nomeado arquidiácono e lhe confiaram a administração dos negócios eclesiásticos. E num tempo terrível de pestes, flagelos, carestias, Bráulio, pedindo conselhos e ajuda, foi superando tanta crise. Foi nomeado bispo no lugar do irmão. Participou do quarto, quinto e sexto concílios de Toledo. Correspondia com o Papa Honório I. Sua primeira preocupação foi com a cultura, incentivou os estudos e formou bibliotecas.
Por volta dos anos 650 estava praticamente cego e esgotado e morreu no ano seguinte, provavelmente aos 66 anos.
São Bráulio foi um grande bispo, nascido numa família de santos que ajudou e muito na consolidação da Igreja no reino espanhol.
*SÃO BRÁULIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*
 

segunda-feira, 25 de março de 2019

São Tarasio

*SANTO DO DIA*

*SÃO TARÁSIO*
Santo Tarásio nasceu em 730 e recebeu uma ótima educação cristã e literária; tinha como pai o prefeito de Constantinopla. São Tarásio era de caráter zeloso de tal forma que foi nomeado pelo imperador a um alto cargo imperial. São Tarásio enfrentou em Deus todas as tentações próprias da sociedade cheia de luxo e tentação.
No século VIII a heresia iconoclasta, promovida da pelo imperador Leão, acusa o culto às imagens como uma prática de idolatria. Ao assumir o patriarcado, São Tarásio em comunhão com o Papa combateu e conseguiu condenar esta heresia num Concílio.
São Tarásio foi um grande defensor de imagens na igreja, envolvendo-se na chamada luta iconoclasta. Estavam contra as imagens os imperadores bizantinos e os defensores das imagens eram o monges, opositores do imperio e de suas regalias absurdas. A briga era mais política que religiosa. Usando sua influência, Tarásio conseguiu a convocação de um Concílio para resolver esta questão.
Tarásio, homem de profundo conhecimento teológico e chefe da chancelaria imperial, não temeu defender a posição dos monges. Cuidadoso com suas ovelhas tinha como um grande espírito de serviço, a ponto de dizer ao ser questionado pelo seu especial cuidado para com os pobres: "Minha única ambição é imitar Nosso Senhor Jesus Cristo que viveu para servir e não para ser servido".
Tarásio foi um forte defensor da moral cristã e da indissolubilidade do matrimônio, opondo-se radicalmente ao Imperador Constatino VI, que pretendia estabelecer a possibilidade de divórcio e segundas núpcias.
Nosso santo foi grande devoto de Maria, a quem saudava dizendo: “Salve, ó mediadora de tudo o que há embaixo do céu, salve reparadora do universo, salve cheia de graça, o Senhor está sempre contigo, Ele que existia antes que viesses ao mundo, mas que quis nascer de ti para viver conosco”.
São Tarásio morreu na idade de setenta e seis anos e foi sepultado no santuário de Bósforo.
*SÃO TARÁSIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

AMAR AQUELES QUE NOS CONSIDERAM INIMIGOS

Já ouvi muitos testemunhos de pessoas que fizeram essa experiência de um modo muito concreto. Por exemplo: perdoar os assassinos do próprio pai. Uma característica comum a todos foi sentir uma imensa liberdade após esse ato. Sentiram-se libertos do sentimento de ódio e de vingança. Precisaram ter muita coragem, humildade e convicção no amor de Deus para fazê-lo, mas esse amor invadiu o coração delas e as colocou em um patamar superior à razão puramente humana. Viver o amor nos coloca constantemente diante desse desafio: amar quem nos considera inimigos, fazer o bem a quem nos persegue, orar pelos que nos odeiam, responder ao mal com o bem. É difícil, requer muita humildade e mansidão, mas liberta a nossa alma e o nosso coração, e somos reconhecidos como filhos de Deus.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

sábado, 23 de março de 2019

São Turibio de Mogrovejo

*SANTO DO DIA*

*SÃO TURÍBIO DE MOGROVEJO*
Nasceu em Mayorga, Espanha, em l538, e morreu no dia 23 de março de l606, numa quinta-feira santa. Com um tio cônego que o protegia, Turíbio estudou em várias universidades e preparava, em Oviedo, o doutorado em direito. Também ele recebera a tonsura, sem passar mais adiante no serviço da Igreja. Estava assim já preparado para ingressar naquela burocracia dos "letrados".
Seguindo o processo normal das coisas, recebeu uma nomeação para o Santo Ofício em Granada. Sua vida particular distinguia-se pela clareza, mas não parece ter excedido nunca o simplesmente honesto. Todavia, a indicação de seu nome, por Filipe II, para arcebispo de Lima, deu uma dimensão totalmente nova à sua vida.
Recebeu todas as ordens com a idade de quarenta e um anos, e a partir deste momento nasce um dos maiores apóstolos da história da Igreja. Calcula-se que percorreu a pé, ou a cavalo, mais de 40 mil quilômetros, visitando até os últimos lugarejos de sua diocese, numa das geografias mais difíceis do mundo, desde as quebradas com neve perpétua dos Andes, até os desertos tórridos do Pacífico. Segundo seus próprios cálculos, teria administrado pessoalmente o sacramento da confirmação a noventa mil pessoas.
Obrigou o clero a se instruir, restaurou a disciplina, construiu escolas, igrejas, e fundou em Lima o primeiro seminário da América Espanhola. Ao morrer, fez questão de receber o viático numa Capelinha indígena. Nos últimos instantes de sua vida, pediu que fossem cantados os Salmos 31 e 116.
Como chefe da principal Igreja da América, dedicou-se, inflexivelmente, a aplicar a reforma de Trento. Isto levou-o a enfrentar repetidas vezes os vice-reis, com o Conselho das Índias e com o próprio rei, imbuídos de idéias regalistas. Não cedeu: os dez concílios diocesanos e os três provinciais que celebrou formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Com razão foi chamado "apóstolo do Peru".
*SÃO TURÍBIO DE MOGROVEJO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 22 de março de 2019

São Zacarias Papa

*SANTO DO DIA*

*SÃO ZACARIAS, PAPA*
Filho de pai grego, residente na Calábria, foi eleito Papa em 741 e morreu em 752.
Ao contrário do seu predecessor Gregório III, relativamente a Liutprando, rei dos Lombardos, julgou ser melhor partido inaugurar com ele relações amistosas. Concluiu assim um acordo bastante vantajoso, recuperando quatro fortalezas e vários patrimônios; estipulou também com ele uma trégua de trinta anos. Mas não conseguiu impedir os Lombardos de tirarem aos Bizantinos o exarcado de Ravena.
Zacarias soube tornar favorável à Igreja romana o imperador Constantino V e recebeu mesmo territórios como dádiva. Em 747 aprovou a mudança de regime na França, com a proclamação de Pepino, o Breve.
Foi um bom administrador das terras da Igreja, as quais progrediram no seu tempo. Restaurou o palácio de Latrão e embelezou, no sopé do Palatino, a igreja de Santa Maria Antiga, onde se conserva ainda o seu retrato, pintado quando ele ainda vivia.
*SÃO ZACARIAS, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

DAR O PRIMEIRO PASSO EM DIREÇÃO AO OUTRO

Quem ama toma sempre a iniciativa e dá o primeiro passo em direção ao outro. Às vezes, nas dificuldades de relacionamento, o problema está em mim e não nos outros. Coloco toda a culpa nos outros, quando na verdade basta um passo de minha parte, para que o problema desapareça. Quando experimento dar o primeiro passo, vejo ruir todas as barreiras. Não tenho tempo para os outros somente quando estou muito ocupado comigo mesmo. Dessa forma, perco muitas oportunidades de fazer algo de bom por alguém. Quando olho muito para o passado ou para o futuro, não vejo o próximo que está ao meu lado no momento presente. Dar o primeiro passo em direção ao outro, guiado pelo amor, me faz viver a vida na harmonia dos relacionamentos.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

Sao Nicolau de Flue

*SANTO DO DIA*

*SÃO NICOLAU DE FLUE*
São Nicolau de Flue nasceu na Suíça em 1417 e passou sua juventude ajudando o pai em trabalhos práticos e sempre inclinado a vida religiosa. A pedido do pai, casou-se com Dorotéia que muito o levou para Deus, tanto que juntos educaram os dez filhos para a busca da santidade.
Aconteceu que, aos cinquenta anos e em comum acordo com a esposa e filhos, Nicolau retirou-se na solidão, perto de sua casa, porém com o propósito de se dedicar exclusivamente a Deus, deixando de lado os diversos cargos públicos e administrativo que ocupava na sociedade.
São Nicolau entregou-se totalmente a vida de oração, penitência e jejuns, sem deixar de participar nas missas de domingo e dias santos, além de ter assumido como cama uma tábua, por travesseiro uma pedra e frutas e ervas como alimento até chegar a se alimentar somente da Eucaristia.
Nicolau morreu com setenta anos, e mesmo no eremitério em nada se alienou ao mundo, o qual serviu como conselheiro e interferiu pacificamente nas dificuldades entre Católicos e protestantes ao ponto de ser amado e tomado como modelo de pacificador e pai da pátria. Em 1487, no dia em que completava 70 anos, Nicolau morreu. É o santo mais popular e conhecido da Suíça.
*SÃO NICOLAU DE FLUE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quinta-feira, 21 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

CURAR CADA FERIDA COM O AMOR

As nossas "razões" são como arestas que podem ferir o outro. Às vezes, agimos e falamos de modo muito contundente, para expressar aquilo em que acreditamos. Podemos ferir o outro até mesmo com a fé que professamos, se não lembrarmos que a caridade está acima da razão. As normas e preceitos existem e são válidos se nos ajudam a amar mais o próximo e a Deus. O amor lima as nossas arestas e serve como lubrificante na engrenagem dos relacionamentos. O amor cura as feridas causadas pelas incompreensões, pelos desentendimentos, pelas lutas em defesa das próprias "razões". O amor cura feridas porque nos faz ser tolerantes, compreensivos e a saber dialogar e conviver na paz com as diferenças. Na lógica da caridade, está com a razão quem mais ama.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

quarta-feira, 20 de março de 2019

São Teodósio

*SANTO DO DIA*

*SÃO TEODÓSIO*
São Teodósio nasceu em 424 na Capadócia onde recebeu sua primeira educação cristã na família. Quando jovem, inclinado para os estudos, São Teodósio recebeu a função de leitor na Igreja da cidade. Sempre ficava impressionado com a ordem de Deus para Abraão, pois naquela idade se sentia impulsionado a ir para o lugar onde o Senhor inspirasse.
Teodósio viajou para a Terra Santa onde consagrou-se à vida religiosa num convento próximo à Torre de Davi. Ficou responsável por uma igreja, por causa do seu progresso na vida monástica e na santidade. Devido às numerosas visitas retirou-se Teodósio para a solidão e intensa vida de penitência que durou trinta anos.
O santo realizou seu trabalho com muita sabedoria e humildade, e foi testemunho de uma vida santa e cheia de oração, o que motivou a outros jovens a tornarem-se religiosos.
Acabou organizando o regulamento de uma comunidade que em pouco tempo tornou-se uma aldeia com quatrocentos monges; hospedaria e setores masculinos, feminino, além de um setor para doentes mentais. Entregue nas mãos Providentes do Pai, nada do necessário faltava na comunidade do caridoso e pacífico Teodósio.
Com fama de santidade Teodósio era amigo de São Sabas e outros homens de Deus. Foi nomeado superior dos monges da Palestina e não deixou de combater as heresias e sofrer perseguições. Morreu com 105 anos de idade e teve seu corpo depositado numa gruta escolhido por ele mesmo.
*SÃO TEODÓSIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

PERDOAR A QUEM NOS OFENDEU

"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido." Será que nos damos conta da seriedade do compromisso que assumimos com Deus quando recitamos o pai nosso? É um acordo muito sério: nós concordamos que Deus perdoe nossos pecados na mesma medida com a qual perdoamos os que nos ofenderam. Em outras palavras: quanto mais perdoarmos, mais seremos perdoados. Jesus nos ensinou a orar assim, porque Ele perdoou sempre. A vantagem de perdoar é que libertamos o nosso coração de sentimentos como ódio, vingança, orgulho. A maior vantagem de perdoarmos quem nos ofendeu é que estaremos em sintonia com o coração de Deus e descobriremos o significado da verdadeira liberdade e da verdadeira felicidade.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

terça-feira, 19 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

O BEM NÃO FAZ BARULHO

O bem não faz barulho porque se difunde de coração a coração: uma pessoa quando é amada, por sua vez começa a amar. Às vezes, a pessoa pode estar tão embrutecida pela indiferença, pela influência do mundo, que não reage de imediato a esse amor. Mas o amor tudo espera e tudo vence. O bem não faz barulho para se autopromover. Porém, faz barulho em defesa da justiça e da verdade. Já existe no mundo uma rede do bem, que conecta os corações das pessoas em ações de solidariedade, de oração, de ações concretas de assistência a doentes, crianças, idosos, encarcerados, pobres, etc. Essa rede está decerto conectada diretamente com o coração de Deus. No capítulo 6 do Evangelho de Mateus, Jesus nos dá uma lição de como fazer o bem sem fazer barulho: "Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita." (Cf. Mt 6,3) O bem cresce no silêncio dos corações que amam.

Apolonio Carvalho

Bom dia sob a proteção de São José!

São José

*SANTO DO DIA*

*SÃO JOSÉ, ESPOSO DE MARIA E PADROEIRO DA IGREJA*
Pouco conhecemos sobre a vida de S. José; unicamente as rápidas referências transmitidas pelos evangelhos. Este pouco, contudo, é o suficiente para destacar seu papel primordial na história da salvação.
José é o elo de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas. Para destacar este caráter especial de José, o evangelho de S. Mateus se apraz em atribuir-lhe "sonhos", a exemplo dos grandes patriarcas, fundadores do povo judeu. A fuga de José com sua família para o Egito repete, de certa forma, a viagem do patriarca José, para que nele e em seu filho Jesus se cumprisse o novo Êxodo.
Diz-se que casou-se com Maria aos 30 anos de idade. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.
Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?". Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro.
A missão de José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas. Sua pessoa fica na penumbra, mas o Evangelho nos indica as fontes de sua grandeza interior: era um "homem justo", de uma fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus, alguém que "esperou contra toda esperança".
Sua figura quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse melhor a origem divina de Jesus. Mas já na Idade Média, S. Bernardo, Sto. Alberto Magno e S. Tomás de Aquino lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então, seu culto não tem feito senão crescer continuamente.
Pio IX declarou-o padroeiro da Igreja universal. Leão XIII propunha-o como advogado dos lares cristão. Em nossos dias foi declarado modelo dos operários.
*SÃO JOSÉ, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

segunda-feira, 18 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

PEDIR CORAJOSAMENTE PERDÃO

Nada é mais libertador do que um pedido de perdão. Pedir perdão exige mais humildade do que perdoar, porque devemos reconhecer o nosso erro. Pedir perdão é igual a querer recomeçar, corrigindo os nossos erros e recompondo laços desfeitos por nossas faltas. Mesmo quando pensamos ter razão, desculpar-se é igualmente libertador, pois, em nome da justiça, muitas vezes magoamos as pessoas por julgá-las por um único ponto de vista ou pela aparência, sem levar em conta as suas qualidades. Somos todos iguais, temos defeitos e qualidades, ninguém está acima ou abaixo de ninguém. E ser humilde ao ponto de ter coragem de pedir perdão, reforça as relações trazendo benefícios para todos.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

domingo, 17 de março de 2019

São Patrício Bispo

*SANTO DO DIA*

*SÃO PATRÍCIO, BISPO*
São Patrício nasceu em 380 na Grã-Bretanha. Apesar de ter nascido em família religiosa, Patrício confessa que até os 16 anos não tinha jamais preocupado seriamente com o serviço de Deus. Além disso, desde pequeno, tinha um verdadeiro horror ao estudo.
Com apenas dezesseis anos foi preso por piratas irlandeses e vendido como escravo. O adolescente, vendo-se só e abandonado, no sofrimento, solidão e desamparo, voltou-se para Deus.
Os seis anos de cativeiro de Patrício tornaram-se uma remota preparação para seu futuro apostolado. Ele adquiriu um perfeito conhecimento da língua céltica, na qual um dia iria anunciar as boas novas da Redenção. Como seu senhor era um grande sacerdote druida, ele também se familiarizou com todos os detalhes do druidismo.
Patrício era cristão e depois de muitos descaminhos conseguiu fugir e chegar na França. Na França nosso santo dirigiu-se à abadia de São Martinho de Tours, onde viveu quatro anos, tendo sempre visões divinas que lhe mostravam a Irlanda como o país onde deveria ir semear a Fé. São Patrício formou-se como padre missionário, chegando em missão até na Inglaterra. Agora impelido pelo Espírito São Patrício foi sagrado bispo e destinado para anunciar o Reino aos Irlandeses e conseguiu a conversão de todos na Irlanda.
Sobre são Patrício são contados muitos fatos miraculosos. Dizem que um chefe pagão quis matá-lo à espada. Mas, ao desferir o golpe, seu braço ficou paralisado, só voltando ao normal quando ele, contrito, se converteu. Doou ao apóstolo um estábulo, que foi transformado no primeiro santuário erigido por São Patrício na Irlanda, junto ao qual fundou um mosteiro que se tornaria seu lugar de recolhimento.
Eram tantos o milagres, bênçãos e fatos maravilhosos que acompanhavam o apostolado de São Patrício, que ele mesmo exclama em sua autobiografia: "De onde provêm essas maravilhas? Como os filhos da Irlanda, que jamais haviam conhecido o verdadeiro Deus e adoravam ídolos impuros, tornaram-se um povo santo, uma geração de filhos de Deus”?
Mas o método do Santo bispo, não passou pela política, nem sangue dos mártires, nem pelos milagres e sim pela construção de numerosos mosteiros, fazendo que a ilha passasse a ser conhecida como: "Ilha do Mosteiros". Faleceu na paz, no dia 17 de março de 461, depois de 30 anos de frutuoso apostolado na Ilha dos Santos, deixando atrás de si inúmeros santos formados em sua escola.

*SÃO PATRÍCIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

RECONHECER AS PRÓPRIAS FRAGILIDADES E RECOMEÇAR

Se eu quiser me tornar forte e destemido, devo procurar conhecer as minhas fragilidades, para vencê-las recomeçando sempre a amar. Todos têm debilidades com as quais devem aprender a conviver. E a única maneira de vencê-las é com o recomeçar depois de cada queda, depois de cada fracasso. A resiliência nos ensina a vencer as fragilidades. E o testemunho de pessoas mais experientes nos dá a certeza disso. Quem aprende a recomeçar aprende a superar barreiras, colocando mais amor em tudo o que faz. Uma proposta para o dia de hoje: façamos uma lista de três fragilidades e tentemos recomeçar, fazendo tudo com mais amor e melhor que ontem.

Apolonio Carvalho

Bom domingo dia do Senhor!

sábado, 16 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

RECONSTRUIR OS LAÇOS FERIDOS OU ROMPIDOS

Não ganhamos nada com o rompimento dos relacionamentos. Pensando em castigar o outro, acabamos por ferir a nós mesmos. Nada disso vale a pena. Os rompimentos não nos deixam felizes. A separação às vezes é necessária, mas o rompimento nunca, porque este acontece dentro de nós. Em Mateus 5,23-24, Jesus diz que antes de apresentar a nossa oferta ao altar, devemos ir nos reconciliar com o irmão, pois isso agrada a Deus e dá valor à nossa oferta. Comecemos por reconstruir o que se rompeu dentro do nosso coração, depois vamos ao encontro do irmão e reconstruamos o relacionamento, pois disso depende também a qualidade da nossa união com Deus.

Apolonio Carvalho

Bom dia! Feliz sábado.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

ACOLHER A TODOS

Cada manhã peço a Deus que me dê a mesma abertura do coração de Jesus: saber acolher a todos sem fazer distinções de nenhum tipo. Jesus acolheu os pecadores, os doentes, os pobres, os estrangeiros, as crianças. Enfim, acolheu a todos. Quem se aproximava Dele não se sentia rejeitado. Peço a graça de ter um coração semelhante ao Seu: manso e humilde, para saber acolher e amar cada pessoa como ela gostaria de ser amada. Com prontidão, acolher e dar de comer a quem tiver fome, dar de beber a quem tiver sede, vestir quem estiver nu; acolher e visitar quem estiver doente, preso, sozinho, o idoso desprezado, a criança abandonada. Acolher e escutar um obrigado do próprio Jesus, que toma como feito a si todo ato praticado em favor do nosso próximo.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

quinta-feira, 14 de março de 2019

Santa Matilde

*SANTO DO DIA*

*SANTA MATILDE*

Santa Matilde nasceu em 895. Casou-se aos 14 anos com Henrique, rei da Germânia, com quem teve dois filhos: Oton e Henrique. Matilde aprendeu a ler e escrever depois de casada. Utilizava seu patrimônio em favor dos necessitados, sendo também bastante atuante nas questões políticas. Em 936 morre Henrique, seu marido, e Oton é coroado imperador em Roma.
Santa Matilde dizia aos filhos: "Meus queridos filhos, gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro. Feliz aquele que prepara sua eterna salvação".
A partir da morte do marido o seu calvário começou, ao ponto de ser traída pelos filhos, com a falsa acusação de que estaria esbanjando os bens com os pobres. Ela foi exilada e seus bens confiscados.
Mais tarde, seus filhos a anistiaram e lhe devolveram os bens. Santa Matilde empregou seu patrimônio na construção de hospitais, mosteiros e igrejas.
Retirou-se para um convento onde faleceu a 14 de março de 968, sendo sepultada ao lado do marido.
A imagem de Santa Matilde traz uma igreja e uma carteira nas mãos, representando a caridade para com os pobres.

*SANTA MATILDE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

ESQUECER A OFENSA RECEBIDA

Relembrar os bons momentos passados juntos vale mais a pena do que lembrar as ofensas recebidas. Boas lembranças ajudam a não guardar ressentimentos que enferrujam a delicada engrenagem das relações. Elas nos fazem voltar às origens e a manter viva a genuína motivação de nossos relacionamentos: o amor recíproco. Esquecer as ofensas nos faz lembrar que devemos amar sempre. Na verdade, esquecer as ofensas recebidas talvez nem sempre seja possível, mas responder ao mal com o bem nos faz pensar apenas no bem que fazemos. Perdoar é esquecer ofensas, enquanto que amar deve ser a nossa única recordação.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

quarta-feira, 13 de março de 2019

Santo Rodrigo e Santo Salomão

*SANTO DO DIA*

*SANTOS RODRIGO E SALOMÃO, MÁRTIRES*

Pertenceram ao bispado de Córdova. Rodrigo tornou-se um sacerdote muito zeloso na busca da santidade e cumprimento dos seus deveres, em um tempo onde os cristãos eram duramente perseguidos.
Seus irmãos de sangue começaram uma contenda, a qual tentou apartar. Não compreendendo tal ato, um deles o feriu, deixando-o inconsciente. Aproveitou então para difamá-lo, espalhando que o sacerdote Rodrigo tinha renunciado a fé cristã. Um escândalo foi gerado e o caluniado refugiou-se numa serra, em oração e contemplação, indo a cidade somente para buscar alimentos.
Numa dessas ocasiões, o irmão agressor resolveu denunciá-lo. Ao ser questionado pelo juiz, Rodrigo declarou: “Nasci cristão e cristão hei de morrer”.
Foi preso, e ali na cadeia conheceu outro cristão, Salomão. Ambos transformaram a cadeia num oratório, travando uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram a fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e degolados, foram martirizados.

*SANTOS RODRIGO E SALOMÃO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

TESTEMUNHAR CONCRETAMENTE O EVANGELHO

As palavras do Evangelho devem se tornar vida em nossa vida. São verdades que se demonstram na prática evidente do quotidiano e em todas as realidades da vida. Isso não é apenas um elemento ligado à religião, é uma prática que deve traduzir-se em um estilo de vida, em atitudes concretas, e que deve influenciar o nosso agir em todos os ambientes. Durante a Segunda Grande Guerra, Chiara Lubich dizia às suas primeiras companheiras que deveriam viver de tal modo o Evangelho que, se as bombas destruíssem todos os Evangelhos escritos, deveria ser possível reescrevê-los apenas observando como elas viviam. Cada palavra do Evangelho causa um efeito em nós. E pouco a pouco, revestidos da Palavra que é o próprio Jesus, devemos chegar ao ponto de poder dizer: "Não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim." (Gl 2,20)

Apolonio Carvalho

Bom dia!

terça-feira, 12 de março de 2019

Santo Inocêncio I

*SANTO DO DIA*

*SANTO INOCÊNCIO I, PAPA*

O santo recordado hoje foi Papa da nossa Igreja nos anos de 401 a 417; nasceu perto de Roma. Pertencia ao Clero até chegar à Cátedra de Pedro. Trabalhou na construção de muitas igrejas, no culto aos mártires, elaborou e definiu os livros consagrados e inspirados da Bíblia.
Dentre tantos acontecimentos, que marcaram o pontificado de Santo Inocêncio, foram três os que se destacaram: a luta contra o Pelagianismo; corrigiu um temível imperador; protegeu como pôde Roma dos invasores. Pelágio foi um monge que semeava a mentira doutrinal sobre o pecado original e outras mentiras que invalidavam a necessidade da graça e da redenção do Cristo. Santo Inocêncio, com a ajuda do Doutor da Graça – Santo Agostinho – e de outros mais condenou a heresia pelagiana.
Quanto ao imperador, denunciou a traição deste para com São João Crisóstomo, e com relação aos invasores, que assaltaram Roma, Santo Inocêncio fez de tudo para afastar esses bárbaros da Cidade Eterna. Este grande santo, empenhado pela paz e conversão dos pagãos, é considerado um dos maiores Santos Padres do Cristianismo.

*SANTO INOCÊNCIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

SER PACIENTE

Virtude difícil de adquirir e tão fácil de perder... Quando a perdemos faltamos com a caridade e perdemos a paz. E é uma grande perda, pois nunca a perdemos sozinha, vai-se com ela a clareza dos fatos e a lucidez da razão. Se a caridade é a mãe de todas as virtudes, a paciência é a sustentação de todas elas. Ter paciência com a ignorância para ter pressa em ensinar. Ser paciente no falar para ter pressa em escutar. Ter paciência com a ofensa para ter pressa em perdoar. Ser paciente em saber perder para ter pressa em saber viver.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

segunda-feira, 11 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

TER CONFIANÇA NO NOSSO PRÓXIMO

A grande maioria de nossos temores e suspeitas não se concretizam. Bastaria essa constatação estatística para nos afastar desse tipo de conduta. Existe outro motivo ainda mais forte: Deus nos conhece e sabe de nossas fraquezas, e mesmo assim confia em nós. Façamos o mesmo com o nosso próximo. Substituir os temores e suspeitas por confiança. Confiança que não é ingenuidade, mas amor que flui entre nós do modo como Deus o pensou, quando nos amamos uns aos outros. Apenas apontar os erros não corrige, mas o perdão regenera e corrige eficazmente o outro sem nos levar a  faltar com a caridade e a verdade.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

Quarenta mártires de Sebate

*SANTO DO DIA*

*OS QUARENTA SOLDADOS MÁRTIRES DE SEBASTE*

“Por esta noite de gelo, conseguiremos o dia sem fim da glória na eternidade feliz”, animavam-se os mártires uns aos outros, enquanto permaneciam em um lago congelado como castigo.
Diante do decreto do imperador Licino (320), no qual ordenava a morte dos cristãos que não renegassem a sua fé, os corajosos soldados disseram ao governador de Sebaste (então capital da província da Armênia Menor, na Turquia) que eles não ofereceriam incenso aos ídolos e que se manteriam fiéis a Jesus.
O governador mandou torturá-los e prendê-los em um calabouço escuro. A prisão se iluminou e se ouviu que Jesus os incentivava a sofrer com coragem. Posteriormente, foram levados a um lago com água gelada.
Quando se viram obrigados a se desvestir para entrar na água fria, um deles exclamou: “Ao tirarmos as roupas, nos despojamos do homem velho; o inverno é duro, mas o paraíso é doce; o frio é fortíssimo, mas a glória será agradável”.
Muito perto do lago, havia um tanque com água morna para quem quisesse desistir. Aconteceu que um deles abandonou seus amigos cristãos e entrou na água quente, mas isso lhe causou imediatamente a morte.
A tradição conta que 40 anjos desceram do céu, cada um com uma coroa, mas um anjo ficou a buscar a quem dar o prêmio, porque um deles havia desistido. Um guarda, ao ver que os mártires seguiam rezando e cantando hinos, gritou: “Eu também creio em Cristo”. Terminou também no lago, o anjo se aproximou e lhe deu a coroa do martírio.
Os soldados anticristãos convidavam o mais jovem dos mártires a desanimar, mas sua mãe o incentivava a permanecer fiel. Ao amanhecer, os mártires foram retirados vivos do lago, quebraram-lhes as pernas e os deixaram morrer.
O comandante do exército mandou que os corpos fossem queimados, mas de alguma forma o mais jovem sobreviveu e morreu nos braços de sua mãe. A mulher recolheu todos os que pôde, colocou-os em uma carroça e os levou a um lugar seguro. Impressiona a força espiritual desta mãe, que incentivava seu filho no martírio.
Os cristãos no oriente celebram a festa desses mártires em 9 de março, data em que deram suas vidas, enquanto no ocidente sua festa é em 10 de março. Esta celebração coincide com a Quaresma para encorajar os fiéis no caminho da fé.

*QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

 

domingo, 10 de março de 2019

Apolônio de Carvalho

10 de março de 2019

TER MISERICÓRDIA

O nosso amor misericordioso, para assemelhar-se um pouco ao de Deus, deve ser maior que o nosso pecado, mais forte que a fraqueza do outro e superior à justiça humana.
A misericórdia é tão importante, que Deus a prefere aos sacrifícios. Perdoando-nos mutuamente crescemos espiritualmente e chegamos cada dia mais próximos a Ele.
Em vários momentos no Evangelho, Jesus recomenda-nos a bondade e a misericórdia de uns para com os outros. Ele sabe o valor dessas virtudes e que elas nos servirão como passaporte ao Paraíso.
Quem já praticou misericórdia sabe dos seus efeitos no nosso coração: paz interior e alegria verdadeira.
Quem tem um coração misericordioso leva o amor de Deus ao mundo e torna-se porta do céu para muitos pecadores.
Ter misericórdia é testemunhar a bondade de Deus que, através de nós, continua a ir em busca de quem mais precisa do seu imenso amor.

Apolonio Carvalho Nascimento

sábado, 9 de março de 2019

Santa Francisca Ronana

*SANTO DO DIA*

*SANTA FRANCISCA ROMANA*
Santa Francisca Romana nasceu em Roma, no ano de 1384. Seu pai, Paulo Busa di Leoni pertencia a nobreza romana. Desde sua infância sentiu-se atraída pela pureza e obrigou-se por voto a ser religiosa. Mas, teve de condescender com os desejos do pai, que a deu em matrimônio aos 12 anos ao jovem aristocrata Lourenço de Ponziani. Teve com ele três filhos: Inês, João Evangelista e João Baptista.
A história de Santa Francisca confunde-se com a da Cidade Eterna naquela época. Roma estava dividida em dois bandos que se guerreavam, os Orsíni, que lutavam em favor do Papa, e os Colonnas, que apoiavam Ladislau de Nápoles.
Lourenço ficou gravemente ferido e, perdida a batalha, Ladislau entrou vitorioso em Roma e levou como refém os filhos das famílias mais distintas. Santa Francisca viu-se obrigada a entregar seu filho João Baptista.
Apesar de o marido estar ferido, o filho cativo e o palácio saqueado, Francisca não perdeu a paz de alma, a resignação e o fervor, que a levavam a fazer o bem a todos. Tudo o que caía em suas mãos era em favor dos pobres e doentes.
A sua volta reuniram-se depois outras senhoras, desejosas de imitar seus impulsos generosos. Ela dirigia-as espiritualmente, apartando-as das vaidades do mundo e ensinando-lhes o caminho evangélico da caridade e sacrifício. Assim nasceu a confraria de Oblatas Beneditinas.
Em 1436 seu esposo faleceu, Francisca retirou-se para a casa das suas Oblatas, que a nomearam Superiora Geral, cargo que desempenhou até a morte.
A vida de Santa Francisca se sobressaiu pelas graças extraordinárias, como o poder de fazer milagres e de penetrar nos segredos do outro mundo. Via seu anjo da guarda. Viu o inferno com o seu fogo e os suplícios horríveis, e o purgatório com o seu fogo.
Levada pela mão de Deus penetrou no paraíso no ano de 1440. Em 1608, o Cardeal São Roberto Belarmino junto ao seu voto favorável a declaração de que esta Santa – tendo vivido primeiro em virgindade e depois uma série de anos em casto matrimônio, tendo suportado os incômodos da viúvez e tendo seguido finalmente a vida de perfeição no claustro – merecia tanto mais as honras dos altares, quanto mais podia ser apresentada como modelo de virtude a todos. Francisca foi canonizada no dia 29 de maio de 1608.

*SANTA FRANCISCA ROMANA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 8 de março de 2019

São João de Deus

*SANTO DO DIA*

*SÃO JOÃO DE DEUS*

São João de Deus nasceu no dia 08 de março de 1495, em Montemor, Portugal. Fugiu de sua casa aos oito anos de idade e durante sua vida foi pastor, soldado, vaqueiro, pedreiro, mascate, enfermeiro, livreiro e santeiro. Conta-se que sua mãe morreu de tristeza e de saudade do filho desaparecido, e que seu pai se fez monge. Viajou por toda a Europa, e quando retornou, em 1538 montou uma livraria em Granada, Espanha.
Neste mesmo ano, São João d'Ávila estava em Granada pregando o Evangelho e São João de Deus teve a oportunidade de ouvi-lo pregar. Impressionado com o sermão sobre o mártir São Sebastião começou a gritar pedindo perdão e misericórdia a Deus pelos seus pecados, e decidiu vender tudo o que possuía.
Ficou conhecido como louco, pois andava maltrapilho, e vagava pelas ruas, batendo no peito e confessando seus pecados. Levaram-no à presença de São João d'Avila, que o encaminhou a um hospício da redondeza aconselhando-o a dedicar-se as coisas de Deus. Sua melhora foi logo notada.
Conseguiu sair do hospício em 1539. Passou a ajudar aos outros doentes do hospício, dedicando totalmente sua vida aos desvalidos como enfermeiro. Fundou vários hospitais, onde os doentes eram tratados como seres humanos e como filhos de Deus. Juntaram-se a ele, colaboradores que deram origem aos Irmãos dos Enfermos.
Em 1549 contraiu uma grave doença que escondeu dos médicos com medo que não o deixassem mais trabalhar. Foi descoberto quando já não conseguia mais esconder os sinais da enfermidade, mas mesmo assim só conseguia pensar em ajudar os outros. Morreu em 1550 no dia 08 de março, de joelhos a rezar. Leão XII e declarou "Patrono dos Hospitais".

*SÃO JOÃO DE DEUS, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quinta-feira, 7 de março de 2019

Santa Perpétua e Santa Felicidade

*SANTO DO DIA*

*SANTA PERPÉTUA E SANTA FELICIDADE, MÁRTIRES*
No ano 202 o imperador Severo mandou matar os cristãos que não quisessem adorar os falsos deuses. Perpétua estava celebrando uma reunião religiosa em sua casa de Cartago quando chegou os guardas do imperador e a levou prisioneira, junto com sua escrava Felicidade
Perpétua era uma jovem mãe, de 22 anos que tinha um bebê de poucos meses. Pertencia a uma família rica e muito estimada por toda a população. Enquanto estava na prisão, a pedido de seus companheiros mártires, foi escrevendo um diário de tudo o que ia acontecendo.
Felicidade era uma escrava de Perpétua. Era também muito jovem e na prisão deu à luz uma menina, que depois os cristãos se encarregaram de criar muito bem.
Na prisão escreveu Perpétua: "Fiquei horrorizada, nunca tinha experimentado tal sensação de escuridão. O calor era insuportável e éramos muitas pessoas em um subterrâneo muito estreito. Parecia que ia morrer de calor e de asfixia e sofria por não poder ter junto a mim o meu filho que era de tão poucos meses e que necessitava muito de mim. O que eu mais pedia a Deus era que nos concedesse a graça de sofrer e lutar por nossa fé".
Então chegou seu pai, o único da família que não era cristão, e de joelhos lhe rogava e lhe suplicava que não persistisse em chamar-se cristã. Que aceitasse a religião do imperador. Que o fizesse por amor a seu pai e a seu filhinho. Ela se comovia intensamente, mas terminou dizendo-lhe: “Pai, como se chama esta vasilha que há aí na frente?” "Uma bandeja", respondeu o pai. “Pois bem, essa vasilha deve ser chamada de bandeja, e não de pote ou colher, porque é uma bandeja. E eu que sou cristã, não posso me chamar pagã, nem de nenhuma outra religião, porque sou cristã e o quero ser para sempre".
E acrescenta o diário escrito por Perpétua: "Meu pai era o único da minha família que não se alegrava porque nós íamos ser mártires por Cristo".
Felicidade grávida alcançou a graça que pedia, já que seu filho nasceu antes do martírio. Um carcereiro debochava dizendo: "Agora se queixa pelas dores do parto. E quando chegarem as dores do martírio o que fará? Ela respondeu-lhe: "Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas quando chegar o martírio a graça de Deus me acompanhará, e me encherá de força". E encheu-se de júbilo por poder sofrer o martírio juntamente com seus companheiros.
Batizadas na prisão, Santas Perpétua e Felicidade, foram condenadas pela firmeza da fé, foram lançadas na arena, onde uma vaca furiosa as feriu. Ao ver a jovem mãe atirada de um lugar para outro, e o leite gotejando de seus seios, o povo horrorizou-se, pedindo o fim do espetáculo. Depois disso foram degoladas. O ano era 203.
*SANTA PERPÉTUA E SANTA FELICIDADE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quarta-feira, 6 de março de 2019

Santa Rosa de Viterbo

*SANTO DO DIA*

*SANTA ROSA DE VITERBO*

Santa Rosa de Viterbo, que lembramos neste dia, muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias, coragem e amor ao Senhor.
Nasceu em Viterbo, em 1233, de uma família pobre e humilde. A sua história nos conta que quando tinha apenas três anos fez preces a Jesus para que revivesse uma tia e foi atendida.
Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que foi um meio para começar sua vida de consagração. Diz-se que Nossa Senhora apareceu a ela restituindo a saúde e chamando-a para total entrega de vida.
Santa Rosa, antes mesmo de ter idade suficiente, resolveu vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, Rosa enfrentou os hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades. O próprio Imperador da Alemanha, que protegia os hereges, foi questionado pela jovem Rosa. Sua atitude contra o imperador, fez com que a menina fosse banida da cidade, mas ela não abandonou sua fé e continuou profetizando.
Após a morte do imperador, Rosa voltou, então, como heroína para Viterbo e mesmo sem ser aceita com dezesseis anos pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade até contrair uma doença que a levou com dezoito anos para a eterna morada de Deus.

SANTA ROSA DE VITERBO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!

Apolônio de Carvalho

ENCHER O NOSSO CORAÇÃO DE MISERICÓRDIA

Nós devemos deixar, para quem nos ofendeu, a possibilidade de um regresso; devemos dar uma segunda chance. Da mesma maneira como Deus faz com cada um de nós. Para isso, é necessário encher o nosso coração de misericórdia. A fonte de misericórdia infinita é o coração do próprio Jesus. É Nele que devemos buscá-la. É Dele que devemos aprender. Ele não esperou o arrependimento de seus algozes, mas pediu ao Pai por eles, pediu que os perdoasse pelo mal que lhe fizeram. Ele não condenou a mulher pecadora, mas ensinou-a a amar e a não mais pecar. Ele acolheu com misericórdia o ladrão que morria ao seu lado. Ele nos ensinou a perdoar setenta vezes sete vezes; a oferecer a outra face; a caminhar duas milhas com quem nos pede que caminhemos uma; a dar também o manto a quem nos pede a túnica. Ele nos mandou não julgar e não condenar, mas sermos misericordioso como o nosso Pai é misericordioso. Enfim, ele nos ensinou a encher o coração de misericórdia.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA - padre GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!


          O sagrado tempo da Quaresma caracteriza-se pela vivência profunda do mistério da paixão do Senhor. Na Quarta-Feira de Cinzas, iniciamos a caminhada quaresmal em direção da Páscoa de Jesus e nossa.
          Para as comunidades cristãs, a caminhada quaresmal se apresenta como um tempo de graça em que o próprio Deus, por seu Filho e no Espírito Santo, nos fortalece na fé e nos educa para o verdadeiro sentido da vida, o qual irrompe definitivamente na Páscoa. A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é um tempo litúrgico muito rico e importante que requer ser vivido com o devido empenho pela prática da caridade, da oração e da escuta da Palavra de Deus.
           A Quaresma é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. At 5,31).
          A profissão de fé no Deus salvador é disposição constante do povo fiel ao longo da história da humanidade. O “credo do israelita” é reconhecer a ação libertadora de Deus na história, comprometendo-se com ele. Jesus nos ensina como nos libertar das tentações do dia-a-dia. O “credo do cristão” é aceitar Jesus como o Senhor ressuscitado dos mortos.
          Frutos da terra e do trabalho humano, os bens que recebemos de Deus (emprestados e não como propriedade nossa, motivo pelo qual devemos superar a avareza, o egoísmo, a insensibilidade com os que têm menos do que nós, sem acumular nada do que não conseguiremos levar à eternidade no dia em que nosso nome ecoar na mesma e, muito menos, esbanjar o que poderia enriquecer a dignidade de mais de um bilhão de pessoas que passam fome, diariamente, no mundo) tornam-se pela ação de graças a ele, sinais sacramentais de sua benevolência e promessa de bens maiores e eternos.
          Depois de ser batizado nas águas do rio Jordão e ser publicamente proclamado como o “Filho amado de Deus”, Jesus é “conduzido pelo Espírito ao deserto”. Mais do que lugar geográfico, o deserto é oportunidade de prova e de afirmação da fidelidade à missão. Jesus rechaça as propostas do tentador, ratificando sua determinação de se entregar até as últimas consequências, obediente à vontade do Pai, e de cumprir sua missão segundo o projeto que fora confiado.
          Gosto de pensar que o problema não é o pecado e nem as tentações que diariamente nos são propostas. São-nos apresentadas muito apetitosamente. O problema é ceder ao pecado e às tentações. Elas nos cercam a todo o momento. Percebê-las, constatá-las, e até discerni-las não é nosso problema. Só trairemos a fidelidade para com Deus, na medida em que cedermos ao pecado e às tentações.
          A Quaresma se apresenta como um tempo de sobriedade que favorece a oração, a prática da caridade e a revisão de vida. Ela é tempo de graça de Deus que nos conduz às alegrias da festa da Páscoa.
          Por isso, a caminhada quaresmal pode se constituir para nós num tempo em que somos conduzidos pelo Espírito ao deserto. Uma oportunidade ímpar para avaliar se nossos projetos de vida, nosso modo de ser e agir corresponde ao projeto de Deus, para purificar nossa prática religiosa, por vezes, infantil e interesseira, alicerçada em milagres ou na prática de uma fé sem responsabilidade comunitária; para superar a prática religiosa construída segundo as nossas opções e exigências; e para rechaçar o império do materialismo consumista que cultua o lucro, o acúmulo, o ter e o consumir.
          Naturalmente, a conversão quaresmal só é possível se tivermos a coragem de nos confrontarmos com a Palavra de Deus. Palavra que deve encontrar acolhida e moradia em nós, fazendo calar a voz dos “ídolos” que nos envolvem e atordoam. Conversão que significa nos alienar de nossos insignificantes e confusos projetos para assumir algo mais radical e original que nos conduza à proclamação, com todo o nosso ser, de que Jesus, vencendo as tentações do deserto, triunfará também na definitiva e última tentação da Cruz.
          Assim como Jesus, hoje, nós somos conduzidos ao deserto para uma experiência viva de fé. Caminhando nas areias do deserto, o Espírito nos liberta do “homem velho” e nos amadurece para o compromisso com o “novo”. Que o grande retiro quaresmal alimente nossa fé.
          Finalmente a primeira semana da Quaresma, nos indica pequenos exercícios penitenciais, que tentarão lapidar nossa fé esclerosada, envelhecida, mofada nos porões de nossa intimidade. Saibamos deixar arejar a fé, recebida em nosso Batismo. Uma das tarefas interessantes seria saber o dia de nosso batismo. Renovarmos o propósito de não falarmos mal de ninguém, sendo Anjos uns para os outros. Outro bom exercício para esta semana, seria procurarmos não mentir. Não importa chegarmos ao final do dia e não termos conseguido. No dia seguinte, renovemos novamente tais propósitos, repetindo-os como decoramos a tabuada. Em quarenta dias, haveremos de conseguir mudar, pelo menos, alguma coisinha feia em algo maravilhoso diante de nós mesmos, de Deus tão cheio de Misericórdia e dos outros.
          Desejando-lhes bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço amigo e fiel,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Dt 26,4-10; Sl 90(91); Rm 10,8-13 e Lc 4,1-13)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Março de 2019, pp. 41-44; Roteiros Homiléticos da CNBB da Quaresma (Março de 2019), pp. 39-41.