COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
QUINTO
DOMINGO DO TEMPO COMUM
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
Neste domingo que escutaremos o
evangelho da pesca milagrosa e do chamado dos discípulos, nós celebramos nossa vocação ao seguimento de Jesus como discípulos e discípulas.
O profeta Isaías é chamado, os apóstolos são chamados, o apóstolo
Paulo também é chamado. Diante do toque do Senhor, o profeta responde: “Aqui estou! Envia-me”. Os discípulos deixam tudo e seguem a Jesus. O apóstolo das gentes, o menor dos apóstolos, pregou com coragem
o Evangelho a todos.
Reunidos para celebrar a eucaristia e
ouvir a palavra da vida, queremos, na liturgia deste domingo, fazer experiência
da misericórdia e da santidade de Deus. Somos desafiados a lançar as redes em
águas mais profundas, ir além da simples participação na celebração. Jesus nos
convida a nos comprometer com a missão que ele nos deixou.
Acolhamos a palavra de Deus, a qual nos motiva a dar a resposta da
fé: Aqui estou, envia-me. Ela nos dá forças para viver na graça divina e
avançar sem medo na missão de anunciar o evangelho.
Deus prepara seus mensageiros antes de
enviá-los em missão. Atento às necessidades do povo, Deus nos chama e nos envia
em missão. A fé em Cristo ressuscitado é o fundamento de toda esperança cristã.
Com o pão e o vinho, ofertamos todas
as pessoas que se põem a serviço da comunidade e do reino de Deus, sem medo de
lançar as redes em águas profundas.
Jesus chama os primeiros discípulos ao seguimento e
os transforma em pescadores de gente. Ele convida a
seguir no contexto em que as pessoas estão inseridas, acompanha com a sua graça
e pede adesão plena e generosidade na entrega. Todos são chamados a lançar as
redes nas águas profundas e a pescar para alimentar as multidões e libertá-las
das situações de morte.
O Senhor entra na barca de Pedro, na
vida do povo, na realidade em que vivem as comunidades para fortalecer a fé
posta à prova continuamente. Ele convida a deixar tudo, a renunciar, para
assumir a missão a serviço do Reino. Como Pedro, somos chamados a confiar em Jesus e a obedecer à sua palavra.
Recebemos o chamamento à fé, ao discipulado, à missão de anunciar o Evangelho com ardor
apostólico, como Paulo.
Isaías faz a experiência do chamado de
Deus para ser profeta, no tempo, durante a oração, a celebração. Diante do
apelo do Senhor que pergunta: “Quem enviarei? Quem irá por nós?”, ele responde prontamente: “Aqui estou! Envia-me”. Muitos homens e
muitas mulheres continuam dando a resposta no mais profundo do seu ser,
confiando na graça e na misericórdia do Senhor.
Vocação é dom de Deus. Ele chama. Que o Espírito nos ilumine na escuta do Senhor. Não
obstante nossos medos e limites, que o Senhor nos faça discípulos e discípulas
seus.
Enquanto batizados, tornando-nos
cristãos, filhos de Deus, somos antes de tudo vocacionados ao amor com sabor divino. Depois acontece, ao longo de nossa vida, a vocação específica. O que não podemos
jamais esquecer, que todos independentes da vocação específica, devemos
sentir-nos comprometidos com o anúncio do Reino de Deus, sermos misericordioso como o Pai é misericordioso, manifestando a Fé recebida, como dom gratuito, que deve nortear nossas relações,
sinalizando todo nosso convívio a Jesus Cristo! Falar nele, viver como Ele vive em nós e convencer as pessoas que
olham para nós, através da coerência entre o que pensamos, falamos (rezamos) e fazemos!
Isso, segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Catecismos da
Igreja Católica, a Conferência de Aparecida e o apelo de nossas Comunidades
Eclesiais, precisa ser vivido não individualmente, mas em espírito eclesial, político e
social.
Desejando-lhes
muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço sempre fiel e amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is 6,1-8;
Sl 137(138); 1 Cor 15,1-11 e Lc 5,1-11).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de
Fevereiro de 2019, pp. 46-49 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum
(Fevereiro de 2019), pp. 17-20.
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