COMENTANDO A
PALAVRA DE DEUS
VIGÉSIMO
PRIMEIRO DOMINGO COMUM
VOCAÇÃO DOS
DIVERSOS
MINISTÉRIOS
E SERVIÇOS NA COMUNIDADE
ESPECIALMENTE
OS CATEQUISTAS
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
Com o Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum – Mês Vocacional – agradecemos a rica presença dos diversos
Ministérios e Serviços, especialmente os milhares de Catequistas, na Igreja toda ela
ministerial e missionária! Todos os batizados são sacerdotes e sacerdotisas na Igreja de Jesus Cristo! São belíssimos os ministérios e serviços que conduzem crianças,
adolescentes, jovens, noivos e adultos à presença do Senhor, que se faz alimento da PALAVRA e alimento EUCARÍSTICO às Comunidades comprometidas
com um mundo mais digno e humano! Quão sublime é o Serviço dos Catequistas tão
zelosos, dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, dos
Agentes da Pastoral da Saúde, da Pessoa Idosos e tantos outros em nossas
Comunidades!
É sempre uma graça e uma bênção
estarmos reunidos, celebrando o mistério pascal de Cristo acontecendo em nossa vida e
em nossos trabalhos, especialmente dos Ministros não
ordenados, nossos Agentes de Pastoral com a Igreja Missionária de Jesus. Na Páscoa de Jesus, Deus revelou a sua opção pela humanidade. Jesus venceu, pela cruz, todos os
limites que impedem a vida humana de ser feliz e divina.
No centro do Evangelho deste domingo,
está Pedro, que, questionado por Jesus, o identifica como Filho de Deus. E, falando em nome do grupo, decide seguir Jesus: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós
cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus”.
Damos graças por essa opção de Deus por nós e pela presença da páscoa libertadora. Abrimos o coração à interpretação que Jesus nos faz, como fez a Pedro, e,
a exemplo dos apóstolos, queremos estar com Ele no caminho e na luta por uma
sociedade diferente, nova e fraterna. Ele nos encoraja a abandonar os ídolos,
que nos levam à destruição e à morte.
Há uma pergunta nos bastidores da Igreja e na consciência dos
cristãos: o que significa e implica servir ao Deus verdadeiro, nos dias de
hoje?
É duro admitir que a fé na Eucaristia não seja
unicamente crer na presença de Jesus nas espécies de pão e vinho, mas também no pobre, no aleijado, no
espoliado, no maltrapilho, e que Ele encarna-se na realidade concreta das
pessoas. O que significa ser pão para os outros? Por que muita gente se
escandaliza e cai fora quando mostramos os compromissos da Eucaristia? Aparece hoje
certo “espiritualismo
eucarístico” que esconde e escamoteia a encarnação
de Jesus no contexto histórico.
A fé exige decisão e adesão sem
reservas àquele cujas palavras prometem e comunicam a vida eterna. Jesus é efetivamente o enviado que
Deus consagrou. A escola para segui-lo não suprime a liberdade e não impede a
possibilidade de traição. Seguir Jesus impõe condições que nem todos aceitam. Servir o Senhor da vida é penoso e
exigente, e podemos sucumbir à tentação de “ir
embora” e largar o seguimento.
Hoje existem formas discretas de nos
retirar da caminhada sem dar muito na vista: ficar na comunidade sem assumir ou
sem se importar com o projeto de Jesus, vivendo uma religião como rotina, para ter a consciência em paz;
escolher trechos mais convenientes do Evangelho e fingir não ver as exigências
cristãs da caridade, da justiça e da ação transformadora da sociedade; inventar
um Jesus a nosso gosto, que nos
incomode pouco, ou nada, e faça sempre a “nossa
vontade”.
Será que é possível se dizer cristão,
frequentar a igreja, sem de fato ter tomado uma decisão verdadeira de seguimento
a Jesus e de compromisso com o seu
projeto?
A Eucaristia nos coloca diante de Cristo e nos pede uma opção pronta e decisiva. A Palavra proclamada é luz, e o pão que recebemos é força e alimento, em vista de uma
resposta positiva e responsável.
Gosto de lembrar-me de duas pequenas
estórias que iluminam minha relação com os efeitos da Eucaristia em minha vida: o silêncio e a ternura de um beijo! Em determinada Igreja havia um homem, que diariamente, sentado no
último banco, olhava para o Sacrário, sem dizer uma única palavra. O homem
olhava para Jesus no Sacrário e sentia Jesus olhando para ele. Em outra Igreja,
uma menina de cinco anos de idade, dando voltas pelo sacristão que preparava a
mesa para a celebração da Missa, vendo a hóstia grande na patena sobre o altar,
a ser consagrada na celebração, subiu num banquinho e beijou a hóstia. Ao ver
aquilo, o sacristão disse: “Oh! Menina bobinha. Porque fica beijando esta hóstia na patena,
se Jesus nem aí está?” A Menina replicou: “Eu sei que Jesus ainda não está
nesta hóstia. Mas quando chegar encontrará meu beijo!...”.
Saibamos nós mergulhar no mistério da Eucaristia de tal modo
maduro, e mais do que isso: anunciar Jesus com atitudes decisivas e coerentes entre o que celebramos, dizemos
e fazemos!
Sejamos os Ministros e
Catequistas a serviço de nossas relações sempre! Com
muitas bênçãos, ternura, gratidão e abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler Js
24,1-2.15-18; Sl 33(34); Ef 5,21-32 e Jo 6,60-69)
FONTES: Liturgia
Diária da Paulus de Agosto de 2018, pp. 88-91 e Roteiros Homiléticos da CNBB do
Tempo Comum de Agosto de 2018, pp. 22-26.
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