terça-feira, 31 de julho de 2018

Santo Inácio de Loyola - dia 31 de julho

  • Santo Inácio de Loyola

    Santo do dia 31 de Julho
    Hoje, dia 31 de Julho é o dia de Santo Inácio de Loyola, nascido na Espanha e uma família nobre e cristã no ano de 1491, foi educado para se tornar um fidalgo exemplar. Cresceu apreciando os luxos que a corte oferecia além de ser um excelente cavaleiro.
    Com 26 anos Santo Inácio de Loyola decidiu-se pela carreira no exército, porém após ser ferido em sua perna por um tiro de canhão na defesa da cidade de Pamplona, ficou convalescido por um longo período. Neste tempo Inácio deixou de lado os romances de guerra e começou a estudar a vida dos santos e a Paixão de Cristo, sendo assim tocado pela Graça de Deus.
    Santo Inácio de Loyola se curou, porém mesmo assim largou a vida de militar, e começou se dedicar a Deus. Se dirigiu a uma capela de Nossa Senhora de Montserrat, deixou sua espada no altar, e abdicou da vida da corte e de luxos.
    Por muito tempo viveu como eremita, mendigando, e passando por necessidades como forma de penitência, e nesse período surgiram as bases do livro mais importante de Santo Inácio de Loyola: "Exercícios Espirituais".
    Se mudou para Paris, estudou filosofia e teologia. Com mais seis companheiros fundou a Companhia de Jesus. Nasciam assim os missionários jesuítas, que espalharam-se pelo mundo levando o Evangelho para os povos mais longínquos do planeta.
    Inácio morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.  




segunda-feira, 30 de julho de 2018

Santos do Dia da Igreja Católica – 30 de Julho

Santos do Dia da Igreja Católica – 30 de Julho

São Pedro Crisólogo

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.
Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, freqüentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.
Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.
Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.
Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.
Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.
A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

São Leopoldo MandicSão Leopoldo Mandic

Leopoldo Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais, católicos fervorosos, batizaram-no com o nome de Bogdan, que significa "dado por Deus". Desde pequeno apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos primários na aldeia natal.
Nessa época, a região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso marcado por profundas divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos Orientais com Roma.
Aos dezesseis anos, ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Udine, Itália, adotando o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os estudos em 1890. Sua determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas não em missão definitiva.
Leopoldo foi destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos por causa da saúde precária. Ele era franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos. Com grande espírito de fé, submeteu-se à obediência de seus superiores. Iniciou, assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se tornou "o gigante do confessionário".
A cidade de Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua basílica que repousam os restos mortais de santo Antônio. Leopoldo dedicava quase doze horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes, suas palavras eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor a Cristo. Sua fama correu, e todos o solicitavam como confessor.
Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda a sua agonia alegremente a Deus.
Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo beatificado em 1976. O papa João Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.

Santa Maria de Jesus Sacramentado VenegasSanta Maria de Jesus Sacramentado Venegas

Natividade Venegas de La Torre nasceu em 8 de setembro de 1868, em Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de consagrar-se totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.
Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres, o Hospital do Sagrado Coração. Em 1910, ela emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência.
As companheiras escolheram-na, em seguida, como superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua comunidade numa verdadeira congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo arcebispo de Guadalajara. Na ocasião, madre Nati, como ficou conhecida, e as companheiras fizeram os votos perpétuos; e ela trocou o seu nome para o de Maria de Jesus Sacramentado.
Exerceu o cargo de superiora-geral entre 1921 e 1954, conseguindo conservar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição religiosa. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas co-irmãs, entregou a vida pelos pobres e sofredores, tornou-se um modelo de irmã- enfermeira. Após deixar a direção da sua Congregação, passou os últimos anos da vida, marcados pela enfermidade, em oração e recolhimento, dando mais um testemunho de sua abnegação. Morreu com a idade de noventa e um anos, no dia 30 de julho de 1959.
O papa João Paulo II declarou-a bem-aventurada em 1992. Continuamente recordada e invocada pelo povo, que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes, foi proclamada santa pelo mesmo sumo pontífice no ano 2000.
Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, primeira mexicana canonizada, soube permanecer unida a Cristo na sua longa existência terrestre, por isso deu abundantes frutos de vida eterna, assim discursou o santo padre durante a solene cerimônia em Roma.

Apolônio de Carvalho

TESTEMUNHAR SEMPRE SENTIMENTOS DE FRATERNIDADE
Dar o primeiro passo nessa direção, testemunhar que é possível, favorecer o diálogo e o respeito mútuo. Eis o início desse caminho. Não devo esperar encontrar o caminho já aberto ou iniciado por outros, devo começar por mim mesmo. Porque o sentimento de fraternidade deve estar dentro de mim. Se assim não for, nunca a verei. Devo abrir esse caminho dentro do meu coração e estar pronto para acolher a todos, desejar que sejam meus companheiros de jornada. Com cada pessoa que encontrar durante o dia devo trilhar parte desse caminho. O Movimento Jovens por um Mundo Unido criou um site web: "Fragmentos de Fraternidade". Lá os jovens compartilham algo do que fazem com esse objetivo. Não estamos sozinhos. Somos muitos no mundo inteiro a viver pela fraternidade. Junte-se a nós!
Apolônio Carvalho.

domingo, 29 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

POR EM EVIDÊNCIA A OBRA QUE DEUS REALIZOU EM NÓS
No Evangelho de Mateus, no capítulo 5, do versículo 13 ao 16, Jesus diz que nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Explica que o sal serve para dar sabor e que a luz serve para iluminar. A luz não deve estar em lugar escondido, deve ser colocada onde possa iluminar toda a casa. Conclui dizendo no versículo 16: "Assim, brilhe a vossa luz diante dos homens para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus." Portanto, iluminar sim, mas para dar glória a Deus por essa luz, pois ela provém Dele. É um trecho muito rico de significado. Não podemos deixar de mostrar a luz que temos, mas lembremos que somos apenas instrumentos nas mãos de Deus e que todo o mérito e toda a glória vão para Ele. Testemunhemos o amor, testemunhemos o bem diante de todos, coloquemos em evidência a obra que Deus realizou em nós.
Apolônio Carvalho.

sábado, 28 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

ACREDITAR NA AJUDA DE DEUS
"Até os cabelos de vossa cabeça estão contados." (Lc 12,7) Essa expressão indica o quanto Deus se importa com cada um de nós. Sua atenção é exclusiva para cada um. Nada nos acontece sem a sua permissão e tudo que nos acontece é para nosso maior bem. Mesmo se às vezes isso para nós é um pouco obscuro. Deus nos assiste a todo momento, mas Ele se afasta de quem acredita ser autossuficiente. Porém, quando nos abandonamos a Ele e colocamos tudo em suas mãos, todas as nossas ações são exitosas, todos os nossos planos se realizam segundo a sua santa vontade. Não hesitemos em pedir a sua ajuda neste dia. Não apenas nas grandes necessidades, mas a todo instante, também nas coisas mais simples e rotineiras do nosso dia, pois é Deus quem faz grandes todas as coisas.
Apolônio Carvalho.

Encontro mensal de Volks antigos

Encontro mensal de Volks antigos

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Jardinópolis 120 anos

Jardinópolis 120

Dia do motociclista

Homenagem do motoclubecatolico cavaleiros de Santa Ângela a todos os motociclistas do Brasil

27 de julho dia do motociclista

27 de julho dia do motociclista

Apolônio de Carvalho

FAZER OS PRÓXIMOS FELIZES E SER FELIZ COM ELES
A primeira ideia que nos vem à mente quando pensamos em fazer alguém feliz é: fazer o que a pessoa gosta, dar o que ela quer, proporcionar-lhe alegria e bem-estar. Mas nada disso faz alguém realmente feliz. Nada que é passageiro leva à verdadeira felicidade. Para fazer uma pessoa feliz, devo dar o que ela realmente precisa, devo dar-lhe Deus. Através dos meus gestos, de minhas palavras, do meu compromisso com a verdade e a justiça, através da minha atitude de amor para com todos posso dar Deus ao mundo. O maior tesouro que tenho no coração, eu o recebi de graça e de graça devo dar. E é este tesouro que me faz plenamente feliz. Quando compartilho o meu bem mais precioso com os outros, eu os faço felizes e, ao mesmo tempo, a minha felicidade aumenta. Partilhemos com os próximos a verdadeira felicidade e teremos um tesouro no céu.
Apolônio Carvalho.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

SUPERAR AS NOSSAS DIFICULDADES POR MEIO DO AMOR
Quando nos dispomos a amar, Deus realiza muitas coisas através de nós. Conseguimos também resolver todas as nossas dificuldades, porque, amando, temos a luz e a serenidade, elementos fundamentais para resolver nossos problemas. Tenho uma tarefa difícil? Fazendo-a por amor me torno especialista, pois o amor busca sempre a perfeição. Tenho uma dificuldade de relacionamento? Ajo por amor com aquela pessoa e muda tudo dentro de mim. Uma doença? Desemprego? Incompreensões? Continuo a amar e confio. Verei que tudo na vida tem sentido e de tudo posso aprender uma lição. Desânimo? Cansaço? Amo mesmo assim e me volta a esperança. Amar. Antes de tudo, amar. Diante de tudo, amar. E teremos uma nova visão do mundo, da vida e de nós mesmos. Veremos tudo com os olhos de Deus, que são os olhos do amor.  
Apolônio Carvalho.

26 DE JULHO - SANTA NA E SÃO JOAQUIM

DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!                                          



            Interrompendo a sequência do Evangelho de Marcos, a liturgia nos propõe, nos próximos cinco domingos, o capítulo 6 de João: a multiplicação dos pães e o discurso sobre o Pão da Vida.
          A multiplicação dos pães concentra um simbolismo muito forte, revolucionário, e caracteriza sobremaneira a identidade dos cristãos. Não é apenas uma imagem da Eucaristia, mas revela a intimidade do Reino anunciado e aponta para o banquete messiânico, no final dos tempos, quando todos serão saciados e a morte, vencida.
          Este é o verdadeiro sentido da missão de Jesus, que sente as necessidades do povo e o alimenta com a Palavra e o pão partilhado. O pão é abençoado porque é um presente e alimento de Deus para todos os viventes. Repartir o pão com os pobres significa entrar e viver na dinâmica do Reino. Repartir o pão é participar na comunhão do corpo e sangue do Senhor, entregues para a vida do mundo. É o segredo maior do Reino, por isso nada pode ser perdido, mas recolhido e sempre multiplicado.
          Nossa macro-região de Ribeirão Preto tem um dos lixos mais luxuosos do Brasil. Lixo luxuoso é o alimento manufaturado que sobra nos pratos, nas panelas e é jogado fora. Nos alimentamos mal, comemos demais, depois gastamos com Academias e Regimes Alimentares. A Obesidade, segundo o querido Nutrólogo, Dr. José Eduardo Dutra de Oliveira, é uma questão muito séria, quase que epidêmica em nosso País. Enquanto nos “fartamos”, cerca de um bilhão de pessoas passam fome todos os dias no mundo. Desses, nada menos que 40 milhões são nossos irmãos brasileiros. Não são sempre os mesmos que passam fome. Os que chegam antes aos lixões comem daquilo que jogamos fora.
          O memorial da páscoa do Senhor implica nessa memória da partilha e na profunda solidariedade com todos os que passam fome e são rejeitados e expatriados.
          Celebrar a Eucaristia no contexto da multiplicação dos pães é contestar o sistema de acumulação que domina o mundo e coloca milhões na miséria.
          Jesus saciou pessoas que tinham fome e se revelou o pão da vida eterna, levando em conta a situação concreta e real do dia a dia. O pão, a comida que Ele oferece não é só símbolo do pão sobrenatural. Nos desígnios do Pai, não é possível revelar o pão da vida eterna sem solidarizar-se com as realidades humanas. O amor aos pobres, como o amor aos inimigos, é um teste e um testemunho por excelência da nossa caridade e doação. Reconhecer aos pobres o direito de receber o pão da vida significa engajar-se de corpo e alma nas exigências do amor, e, para o cristão, fazer acontecer uma “nova multiplicação dos pães.
          Se o povo passa fome não é tanto pela pobreza em si, mas pelo fechamento de quem não se importa com os demais. A partilha marcou profundamente as primeiras comunidades cristãs. Ao partir o pão, descobre-se a presença nova do Ressuscitado!
          A salvação trazida por Jesus atinge nossa vida em todas as suas necessidades, em sua totalidade, e não deixa ninguém com fome. Por isso, a atuação e responsabilidade com as questões sociais, econômicas e políticas são sinais da salvação que Deus quer realizar, hoje, através de nós. Como uma cidade do porte de Ribeirão Preto pode suportar tantos bolsões de miséria, onde crianças passam fome e morrem precocemente por falta de sanidades básicas? Sabemos que para muitos convém continuar “favelados”, porque não faltam os que alimentam suas falsas esperanças de que um dia as coisas haverão de melhorar. Nosso povo precisa ser educado como cidadãos de oportunidades e não de migalhas. Migalhas jogamos às galinhas e não aos nossos pobrezinhos, sem perspectivas de vida mais digna e humana.
          Ao multiplicar os pães, Jesus nos oferece critérios evangélicos fundamentais para vivermos a fraternidade, a partilha e a solidariedade. É repartindo, sendo solidários, que realizaremos o projeto de Jesus, banquetes de fartura e de alegria entre irmãos que se amam. O dinheiro, a terra, os bens ou servem para criar a fraternidade ou acabam dividindo e matando as pessoas.
          Jesus ensina que a dinâmica do Reino é a arte de repartir. Somente o dinheiro do mundo não seria suficiente para comprar alimento necessário para os que estão passando fome... O problema não se soluciona comprando, mas repartindo.
          A dinâmica do mundo capitalista é o dinheiro. A filosofia é que, sem dinheiro, nada se pode fazer. Tudo é convertido em moeda. No mundo capitalista, não há espaço para a gratuidade. Tudo tem seu preço! Esquecemos, contudo, de que a vida nos é dada por pura gratuidade de Deus.
          O capitalismo selvagem sobrevive à custa dos miseráveis. São os pobres que alimentam tal sistema, que joga “migalhas de bolsas daqui e dali: Bolsa Família, Bolsa Escola, Esmolas nos portões de nossas residências e nas portas de nossos templos”! É mais fácil dar esmola e ver-se livre do pobre, largando-o à própria sorte, do que comprometer-se com uma verdadeira compaixão que o promova em sua verdadeira dignidade!
          Jesus nos convida ao banquete eucarístico para nutrir nossa fé e fortalecer-nos no amor mútuo. Ele vê as necessidades do povo faminto e, por nossas mãos, quer lhe proporcionar o sustento na caminhada. A eucaristia questiona a falta de alimento em muitas famílias e nos revela que o pão, bênção de Deus, se multiplica à medida que é partilhado.
          Fruto do trabalho humano e da bênção divina, o pão deve ser partilhado para saciar o povo faminto. A palavra de Deus nos chama a acolher-nos uns aos outros no amor e solidarizar-nos com o necessitado.
          Partilhar os bens da criação é característica fundamental da Igreja. Trabalhar pela unidade de todos é outra característica importante sua. Este é o modo desejado por Jesus: uma sociedade sem famintos.
          Na comunhão, Jesus se oferece a todos indistintamente. Ele é o pão que alimenta aqueles que têm fome de seu amor. Por ele, com ele e nele doamos a vida para que todos tenham dignidade.
          Necessitados de força e de sentido para a vida, participamos da ceia do Senhor onde se realiza entre nós a multiplicação dos pães.
          Jesus, o Pão da Vida sacia nossa fome com a Palavra que nos revela o sentido da vida, sacia nossa fome com a ceia eucarística, sacramento da salvação, sinal e antecipação do banquete sem fim a que somos destinados e convocados.
          Ele nos convida a termos compaixão das multidões famintas. Precisamos abrir as mãos e o coração para a partilha e a solidariedade, a fim de vencermos a fome e a miséria do mundo.
          A Eucaristia é o pão que sacia e plenifica o sonho de paz e fraternidade. É o alimento para conservar a vida. É o pão que nos dá forças para superar as atribuições que existem e atormentam a vida. É segurança de que Deus nos ama e a certeza da ressurreição. É Deus-conosco e no meio dos pobres.
          Não poucas vezes nosso lugar à mesa començal da Eucaristia fica vazio. Faltamos com muita facilidade do grande banquete eucarístico, trocando-o por prazeres perecíveis e que nos enfraquecem interiormente. Quem não se alimenta fica anêmico. A alma do mundo anda anêmica, porque vazia do alimento que a sustenta viva, esperançosa e dinâmica na erradicação da fome espiritual, física, material e moral. Por outro lado: como podemos sentar à mesa e alimentar-nos sabendo de milhões de irmãos nossos passando necessidades básicas? Seja a Eucaristia um alimento que nos robusteça na esperança de que poderemos mudar este quadro caótico de fome e de falta de dignidade! Saiamos de nossas celebrações, como Sacrários, Tabernáculos e Porta-Jóias de Jesus Eucarístico. Só assim seremos capazes de alimentar as demais “fomes” que machucam milhões de irmãos nossos, colocados à margem e, quem sabe aguardando, pelo menos alguma migalha, que lhes sobre de tudo aquilo que de graça recebemos e nem sempre partilhamos.
          Sejam sempre muito abençoados. Com ternura e gratidão, o abraço amigo,
Padre Gilberto Kasper
(Ler 2 Rs 4,42-44; Sl 144(145); Ef 4,1-6 e Jo 6,1-15)
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Julho de 2018, pp. 93-96 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum de Julho de 2018, pp. 57-62.
           


Oração dos avós

26/07 dia dos avós

Oração.....

Querido Deus, amado Pai, sabemos que para quem ama não existe uma só data especial a celebrar, mas, esse dia de hoje é especial, não é dia das mãe, nem dos pais, e nem natal, mas, é dia de pessoas que amam intensamente, como jamais puderam amar: os vovôs e as vovós, que são fundamentais em todo lar. Abençoe meu Deus, esses anjos espalhadores de amor, que são os avós. Cuide, Pai querido, de cada um com o mesmo carinho com que eles cuidam dos netinhos. Obrigada Senhor, por me abençoar com tantos avós e avôs, pois, além daqueles que me deu de presente na família, ainda tenho tantos outros que amo muito, que conheci pela vida. Abençoe Senhor, a minha vozinha querida e os meus avôs queridos, que já estão com o Senhor. Abençoe todos os netos e que eles possam amar aos seus avós, como o Senhor nos ama e amou, com tanto carinho e amor, pois é o que eles merecem. Amém!
¸¸`•.¸.•´ ⁀⋱‿✫🍃🌸🍃 *ღ   Ana Paixão`  ღ•✫╭🍃🌸╯¸¸

Dia dos avós- 26 de julho

Dia dos avós- 26 de julho

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

NÃO DESANIMAR POR CAUSA DAS PRÓPRIAS FRAGILIDADES
Quando nos sentimos fracos e incapazes, mas confiamos primeiramente em Deus, Ele age em nossa vida. A consciência de nossas fragilidades pode assustar e nos fazer desanimar, porém, a fé de que nunca estamos sozinhos nos dá coragem e força para seguir em frente. O apóstolo Paulo dizia preferir gloriar-se de suas fraquezas porque, reconhecendo-se fraco, a força de Cristo se manifestava nele. A graça de Cristo era a sua força e isso lhe bastava. (Cf. 2Cor 12,9) Por isso, não podemos desanimar diante de nossas fragilidades, porque, com Deus, quando somos fracos é que somos fortes. (Cf. 2Cor 12,10) Jesus prometeu que, se permanecermos unidos a Ele, faremos as obras que Ele fez e ainda maiores. (Cf. Jo 14,12) É bom reconhecermos as nossas fragilidades, mas sem desanimar, porque confiamos na ação de Deus em nossa vida.
Apolônio Carvalho.

Abraçando São Paulo 11 de agosto

Abraçando São Paulo 11 de agosto

terça-feira, 24 de julho de 2018

BENÇÃO DOS MOTORISTAS - 25 DE AGOSTO SÃO CRISTÓVÃO


BÊNÇÃO DOS MOTORISTAS
Dia 25 de Julho de 2018 – Quarta-Feira
Memória de São Cristóvão, Protetor dos Motoristas!
Diante da Igreja Santo Antoninho
Das 08 às 14 horas!
Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres.
Av. Saudade, 202 – Campos Elíseos.
Ribeirão Preto – SP
Pe. Gilberto Kasper


SÃO CRISTÓVÃO E PERIGO AO VOLANTE!

Pe. Gilberto Kasper

Mestre em Teologia Moral, Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente e Coordenador da Teologia na Faculdade de Ribeirão Preto da UNIVERSIDADE BRASIL e UNIESP S.A., Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Assessor da Pastoral da Comunicação e Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
São Cristóvão viveu em 251 DC e é o patrono dos viajantes e é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia ,na Ásia Menor (atualmente Turquia). Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio. Um dia um menino pediu para ajuda-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse à criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu: “Não fique surpreso! Você não só está carregando o mundo, você carrega o criador do mundo nos ombros”! O menino era Jesus!

Por isso São Cristóvão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. Raramente se vê um taxi ou ônibus sem a medalhinha de São Cristóvão em algum lugar do painel.

Christopher significa "carregador de Cristo". (Christo-phoros).
As sua relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes.
Em algumas cidades é costume os motoristas levarem seus veículos para serem bentos. Sua festa é celebrada no dia 25 de julho.

A existência de um mártir chamado São Cristóvão não pode ser negada visto ter sido suficientemente provada pelo jesuíta Nicholas Serarius em seu tratado sobre "Ladainhas" "Litenutici" (Cologne 1609) e por Molanus em sua historia de pinturas sagradas "De Picturis et imaginibus sacris"(Louvain 1570).  Em 1386 uma irmandade foi fundada sob o patrocínio de São Cristóvão no Tirol, Vorarlberg para guiar os viajantes em Arlberg. Em 1517 a Sociedade de São Cristóvão foi fundada em Caryntia, Styria na Saxônia e em Munique.

Grande veneração popular ao santo é encontrada em Veneza e as margens do Danúbio, Reno e outros rios onde as enchentes causam frequentes danos. Moedas com a sua imagem são cunhados em Würzburg, em Wurtemberg e na Bohemia. Estátuas do santo são colocadas na entrada das igrejas, das pontes, túneis e sua medalha é encontrada nos veículos em geral.

Volto a escrever sobre determinadas e demasiadas Travessias Perigosas na malha viária de nossa cidade. Não poucas vezes meu coração vem à boca, no dia em que celebramos a Memória de São Cristóvão embora o  Perigo ao Volante continue! É bem por isso que oferecemos a Bênção aos Motoristas neste dia, entre 8 e 14 horas diante da Igreja Santo Antoninho, Avenida Saudade, 202, nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto.
Minha reflexão consiste em duas situações: pessoas que conduzem mal e muito perigosamente seus veículos: automóveis, transporte urbano e motocicletas, bem como sinalizações que proporcionam uma imprudência audaciosa de muitos condutores egoístas e profundamente individualistas!
Basta estar atento às notícias de acidentes no trânsito. De muitos já fui testemunha ocular “in loco”. Até hoje, graças ao meu Anjo da Guarda, consegui sair ileso ou se desejarem, chegar ileso ao meu destino. Embora muitas vezes tenha sentido aquele friozinho na espinha de tantos sustos que já levei num trânsito desumano e violento.
Uma condução seja ela qual for, nas mãos de alguém inexperiente, imprudente, egoísta e ousadamente atrevido é, muitas vezes, uma arma letal que mata ou deixa vitimadas pessoas inocentes. São Cristóvão proteja a todos!











São Bartolomeu - 24 de agosto

São Bartolomeu

São Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma uma aldeia pequena a 14km de Nazaré. Este era filho de Tolmai. Além de ser muito amigo de Felipe com quem realizou muitas viagens.
São Bartolomeu era cético, e irônico quanto às coisas de Deus, porém após encontrar Jesus Cristo foi convertido, e se tornou um dos mais ativos apóstolos, sendo muito presente na vida pública de Jesus. Porém ninguém melhor para descrever São Bartolomeu para nós do que as palavras do próprio Mestre: "Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento" (Jo 1:47).
Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda sua missão na terra. Compartilhou do seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu. A tradição informa que Bartolomeu pregou o evangelho na região da Armênia.
Perseguido por aqueles que não aceitavam a Boa-Nova de Cristo, Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado no ano de 51.

Apolônio de Carvalho

ESCUTAR O OUTRO SEM RESERVAS
Escutar o que nos convém ou o que está de acordo com o que pensamos é muito fácil. Devemos dar um passo a mais para saber escutar. Devemos aprender a escutar a todos sem reservas: sem limitar o tempo, sem categorizar as pessoas segundo o intelecto, não pensando em dar respostas antecipadas, deixando que o outro exprima completamente o seu pensamento. Quem aprende a escutar o outro aprende também a escutar a voz de Deus em seu íntimo, pois a quem escuta por amor, Deus se manifesta e lhe doa sua luz. Quem escuta o seu próximo sem reservas é escutado por Deus em suas súplicas e orações. Esvaziar o coração de todo preconceito e de todo julgamento, para acolher o outro e poder escutá-lo em profundidade. Escutar com o desejo sincero de partilha, para que seja um momento de fraterna comunhão.
Apolônio Carvalho.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

IRRADIAR O BEM, AGINDO COM GENEROSIDADE
Quem age com generosidade afasta de si muitos pecados:  a inveja e ao mesmo tempo a cobiça, porque pensa somente em doar; a soberba, porque age sempre com a humilde atitude de serviço; a avareza, porque o seu pensamento é de ter para compartilhar; o egoísmo, por ser justamente o seu oposto; a ira, porque pensa somente no bem do outro. Quem é generoso irradia o bem, pois age motivado pelo amor. Porém, nunca usemos medidas humanas para medir a generosidade. Usemos as medidas do amor. A generosidade máxima está em um gesto simples como dar um sorriso e um bom dia, tanto quanto em doar todos os próprios bens aos pobres. A generosidade não é quantitativa, é algo que vai de coração a coração. Por isso, a irradiação do bem que dela provém é silenciosa, mas eficaz. Fazer o bem, sendo generoso. É o que Deus quer de cada um de nós neste dia.
Apolônio Carvalho.

domingo, 22 de julho de 2018

Santa Maria Madalena 22 de julho

Santa Maria Madalena

Apolônio de Carvalho

OPOR-SE DECIDIDAMENTE A TODAS AS NOSSAS MEDIOCRIDADES
Nós somos feitos para coisas grandes. Não devemos perder tempo com coisas com pouco mérito ou mesmo sem valor. A nossa vida deve ser incisiva, deve deixar a marca indelével do amor na vida das pessoas à nossa volta. A grandiosidade não está no ato em si, mas em quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Às vezes um gesto simples, como a visita a um amigo doente ou em dificuldades, tem um imenso valor para ele. Pode até mesmo mudar a rota de sua vida, pode dar ânimo para que continue lutando. Portanto, para opor-se decididamente a todo tipo de mediocridade, devemos colocar amor em tudo: nas atividades domésticas, no trabalho, na relação com cada pessoa que encontrarmos. O amor não faz coisas medíocres, pois o menor gesto, feito por amor, é grande e tem valor aos olhos de Deus. 
Apolônio Carvalho.

sábado, 21 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

O RELACIONAMENTO CONSTRUTIVO PODE NASCER DAS PEQUENAS COISAS
Gestos simples e pequenos podem ser o início de uma relação construtiva entre duas pessoas. Servir um copo com água, apanhar um objeto caído no chão, são gestos de quem está aberto a acolher o outro, a servir-lo sem esperar nada em troca. O outro, por sua vez, torna-se sensível e começa a dar atenção às pequenas coisas. Na verdade, os pequenos gestos de amor têm um grande valor quando são feitos com a intenção de servir, de dar a vida pelo outro. A relação que nasce do amor é construtiva para as pessoas envolvidas e para todos em geral, pois ela tem consequências sociais imediatas. Se quisermos ser protagonistas de um mundo melhor, teremos que dar valor às pequenas coisas do quotidiano, aos pequenos gestos, que têm em si a potência do ato mais heroico que existe: dar a vida pelos amigos.  
Apolônio Carvalho.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

DOAR UMA AMIZADE VERDADEIRA
Geralmente as amizades nascem de interesses comuns, muitas delas ainda na infância. É algo natural, para o ser humano, a relação com seus semelhantes. É um laço diferente do vínculo familiar. Aliás, devemos criá-lo também no seio da família, porque ele está acima da pertença de consanguinidade. Seja onde for, a amizade deve ser verdadeira. Deve ser doação sincera, acolhida total, presença, amor fiel, comunhão de vida. As amizades que nascem do Evangelho são verdadeiras e duradouras. Unem povos de culturas diferentes, de idades diferentes e de todas as raças. Unem até mesmo pessoas de países que estão em guerra. A força do amor recíproco gera amizades onde o mundo só vê inimizade. Doar uma amizade verdadeira é doar perdão, compreensão, é saber limar as próprias arestas para não ferir o outro. Doemos amizade verdadeira dentro e fora da família. Demos o primeiro passo e sejamos amigos de todos, para termos amigos em todo lugar.
Apolônio Carvalho.

20 de Julho dia do amigo

20 de julho dia do amigo

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Apolônio de Carvalho

COMPARTILHAR DE TODO O CORAÇÃO ALEGRIAS E SOFRIMENTOS
O desejo de fraternidade nos leva a uma partilha plena com os irmãos, fazendo-nos colocar em comum alegrias e sofrimentos.  É interessante ver que a partilha produz um significado diferente, segundo a situação: um sofrimento partilhado, traz a sensação de que o peso foi dividido e tornou-se mais leve: o sofrimento diminui; uma alegria partilhada traz a sensação de que se multiplicou: a alegria aumenta. Para ter o efeito de comunhão, a partilha deve ser feita de todo o coração, com muita sinceridade e espontaneidade. Então não vem em relevo quem doa e quem recebe, pois já somos um só coração e uma só alma. 
Apolônio Carvalho.

Santos do Dia da Igreja Católica – 19 de Julho

Santos do Dia da Igreja Católica – 19 de Julho

São Serafim de SarovSão Serafim de Sarov

Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.
Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.
Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.
Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.
Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".
Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.

Santo ArsênioSanto Arsênio

Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.
A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade, para não se isolarem totalmente dos demais seres humanos.
Mas a paz e a tranqüilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas. Arsênio, então, abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450.
A importância de santo Arsênio na história da Igreja prende-se à importância da época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.