Santo Antônio Maria Gianelli
Antônio Maria Gianelli nasceu no dia 12 de abril de 1789. Aos 19 anos ingressou no seminário e quatro anos depois ordenou-se padre. Foi, no seu tempo e a seu modo, um revolucionário. Fez várias inovações pastorais, criou em sua paróquia um seminário próprio e, preocupado com a formação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio, deu especial destaque ao estudo da Suma Teológica de São Tomás de Aquino. Sob o nome pouco comum de “Sociedade Econômica”, fundou uma instituição beneficente, cultural e assistencial, destinada à instrução gratuita de meninas pobres, entregando-a aos cuidados das “Damas de Caridade”. Essa instituição inspirou e deu origem, em 1829, à Ordem das Filhas de Maria, também conhecida como Ordem das Irmãs Gianellianas, que rapidamente se expandiu, inclusive pela América Latina. Santo Antônio Maria Gianelli criou também uma pequena congregação missionária que colocou sob a proteção de Santo Afonso Maria de Ligório, tendo como objetivo a pregação de missões populares e a organização do clero. Em 1838 ele foi eleito bispo. Ajudado pelos ligorianos, reconstituiu a jovem Congregação com o nome de Oblatos de Santo Afonso, e reorganizou o clero de sua diocese, inclusive removendo e afastando os padres que ele considerava pouco zelosos. Entre os ligorianos um deles abandonou a fé cristã: padre Cristóvão Bonavino, homem de inteligência brilhantíssma, que chegou a escrever várias obras à luz do pensamento racionalista e ateu. Mais tarde, arrependido, Cristóvão voltou ao seio da Igreja Católica, chegando inclusive a prestar testemunho público de devoção a Padre Gianelli. Este, por sua vez, jamais abandonou padre Bonavino, permanecendo a seu lado nos momentos mais difíceis de sua crise espiritual. O “Santo das Irmãs”, como é conhecido na América Latina, faleceu com apenas 57 anos de idade, no dia sete de junho de 1846. Foi canonizado por Pio XII em 21 de outubro de 1951.
Hoje Santo Antônio Maria Gianelli nos presenteia com dois pensamentos: O primeiro é de que não devemos ter medo de inovar, renovar e revolucionar as estruturas vigentes, quando o objetivo for a promoção humana, o bem das pessoas e a maior glória de Deus. O segundo é que a solidariedade e a fraternidade cobrem uma multidão de pecados, por isso, diante dos que fracassam e se arrependem dos seus erros, nossa atitude não pode ser outra se não a da correção fraterna, do coração aberto para perdoar e acolher o irmão.
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