Descobrir a riqueza que existe em cada um.
Muitos anos atrás convivi com um companheiro de comunidade que, do ponto de vista humano, era um verdadeiro desastre. Não tinha uma boa expressão oral e tinha um aparente limite intelectual. A minha primeira impressão sobre ele não foi muito positiva. Depois, observando-o na convivência, vi que era sempre o primeiro a servir nas pequenas coisas: na limpeza da casa, na lavagem da louça, na acolhida a algum visitante ou na disponibilidade em servir cada um individualmente. Não tinha uma atitude servil, mas fazia tudo com uma suprema e discreta caridade, transmitindo sempre uma contagiante alegria. Descobri a imensa riqueza que era a presença daquele irmão na comunidade. Qualquer ausência sua era imediatamente sentida por todos. Um olhar atento, um coração sensível ao amor, descobre a riqueza que existe em cada um.
Apolonio Carvalho
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