COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
VIGÉSIMO-OITAVO
DOMINGO DO TEMPO COMUM
MÊS
MISSIONÁRIO
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Na casa do Senhor habitarei
eternamente” (cf. Sl 22).
No Vigésimo-Oitavo
Domingo do Tempo Comum o Senhor, que põe um fim à desonra de seu
povo, prepara-nos o banquete em sua casa, para celebrarmos sua salvação. A
Igreja em saída compartilha as dificuldades do povo de Deus e anuncia a alegria
do evangelho pelas ruas e encruzilhadas, convidando a todos os que encontra.
Vestindo o traje de festa, tomemos parte na comunidade-esposa de Cristo em
comunhão com a Igreja no Rio Grande do Norte, que neste domingo vê canonizados
seus mártires.
O grande rei é Deus que organiza a festa de núpcias do seu
Filho. A esposa é a humanidade ou a Igreja, santa e pecadora, fiel e
prostituta, livre e presa aos esquemas do poder. Entretanto, Cristo a ama de
mesma forma como sua esposa. Ele sabe que o seu amor terá o poder para
transformá-la, para deixá-la bonita e atraente.
O banquete representa a felicidade dos tempos messiânicos.
Quem acolhe a proposta do Evangelho começa a fazer do Reino de Deus e
experimenta a alegria mais pura e profunda.
Os convidados recolhidos ao longo dos caminhos e pelas
praças, bons e maus, limpos ou sujos, são os homens do mundo inteiro. Isso nos
leva a abrir o coração e as portas das nossas comunidades a qualquer tipo e
pessoa, aos pobres, aos marginalizados, a quem é rejeitado por todos.
Os primeiros convidados não entram na festa. Recusam porque
não querem largar os próprios interesses. Não precisam de ninguém que lhes
ofereça um banquete: têm tudo o que lhes pode garantir uma vida sem problemas.
Estão satisfeitos. Os que não são pobres, os que não querem abandonar as
próprias garantias materiais, os que não têm fome e sede de um mundo novo, não
entrarão jamais no Reino de Deus.
O Evangelho nos faz um convite forte a nos posicionarmos a
favor da justiça do Reino, que é liberdade e vida para todos. A comunidade dos
que seguem a Jesus só será esposa do Cordeiro quando vestir o traje da justiça.
E o Evangelho é um convite a nos posicionar a favor da justiça do Reino que se
chama de liberdade e vida para todos. Paulo na sua Carta nos ajuda a sermos
gratuitos e solidários com os empobrecidos.
Jesus no Evangelho nos faz refletir e entender a nossa
atuação política na sociedade. Não podemos ser manipulados e enganados por
falsas promessas. Acolhendo as palavras de Jesus e fazendo parte da festa de
casamento que um grande rei fez para o seu filho, ficamos com a certeza de que
o Reino é para os pequenos e marginalizados.
Sintonizados e unidos a Jesus, o esposo da nova humanidade
e da Igreja, somos chamados a crescer na aliança com ele e com todos os pobres
e excluídos da terra. Assim, o Papa Francisco nos ensina: “A missão da Igreja
encoraja a uma atitude de peregrinação contínua através dos vários desertos da
vida, através das várias experiências de fome e sede de verdade e justiça”, “à experiência do êxodo contínuo” em
direção das muitas periferias em que se encontram os excluídos de nossa
sociedade.
A missão da Igreja é por isso um constante sair de si
mesma. Como nos lembra a Campanha Missionária desse ano, a Alegria do Evangelho
se realiza quando somos de verdade “Igreja em saída”.
Desejando-lhes
muitas bênçãos, com ternura e gratidão nosso abraço amigo e fiel,
Pe.
Gilberto Kasper
(Ler Is 5,1-7; Sl 79(80); Fl 4,6-9 e Mt
21,33-43).
Fontes: Liturgia
Diária da Paulus de Outubro de 2017, pp. 36-39 e Roteiros Homiléticos da CNBB
do Tempo Comum II (Outubro/2017), pp. 32-36.
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